Ok, me Leve de volta ao começo.
Eu errei feio, mas quero consertar.
Nunca foi fácil, nem poderia.
Muito embora, valesse a pena...
Se soubesse o trajeto e o endereço,
Eu mesmo, regressaria.
***
Com passadas firmes,
Outras mais vacilantes...
Percorri um caminho,
Onde vez ou outra, em delírio
Desejei voar,
Entretanto não seria certo fugir dos espinhos.
***
Por isso, calcei chinelos de sola rígida,
Que me fizeram feliz, por um instante.
Pisei os espinhos e amassei-os com avidez.
Já mais a frente em um leve declive,
Meu corpanzil não contive, estatelado, fiquei em chão firme.
Que fora feito do excesso de confiança e altivez.
***
Ok, me leve de volta ao começo,
Se tens o poder sobre tudo,
Ao menos por um instante.
Para eu poder sentir hoje,
O que não sentia há tempos atrás.
Por assim, que eu faça o que faz os larápios amantes.
***
Que olham com apreço,
Brilhos de falsificados diamantes.
Por fora regozijam-se e festejam...
Para tornar os olhos dos que o cercam,
Também admirados, por algo que no fundo é ninharia.
Enquanto, por dentro lamentam o objeto, que outros agora desejam.
***
Ok, me leve de volta ao começo,
Numa viagem calma e tranquilizante.
Nem que seja só para observar.
Que no fundo todos os meus erros.
Foram consequência de impensados atos,
E que outros, igualmente, com propriedade, irão errar.
***
Quer saber? Não me leve de volta.
Parto eu, daqui mesmo.
De onde estou, para novas vivências.
Está claro agora, que levar a vida com valor,
É saber terminar o que carece de fim e começar coisas novas.
Isto é sabedoria alcançável a todos. E que todos, disso, tenham ciência.
Silvio A. C. Francisco
Ipeúna / SP
18.01.2017
15:17h.
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