Quando se fala em aumentos das receitas fiscais, aqui ou na maior parte dos países do Ocidente, fala-se num aumento dos impostos sobre o trabalho e sobre o consumo, e cada vez menos nos impostos pagos pelas grandes multinacionais e pelas grandes empresas.
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Os paraísos fiscais existem, e são aproveitados por quem pode, e estão situados em sítios exóticos, mas também em países que muitos julgavam insuspeitos, como o Luxemburgo, a Irlanda, a Suíça, a Holanda, ou a britânica ilha de Man, e Malta, para mencionar apenas alguns.
Quando os políticos nos dizem que não existe disponibilidade orçamental para a saúde, para a educação, não nos dizem porquê, nem nos dizem o que têm feito a nível internacional para acabar com os paraísos fiscais, ou com a fuga ao fisco. Sabe-se que existem empresas com sede nesses paraísos fiscais, que beneficiam de medidas públicas apoiadas com dinheiros também públicos.
Estima-se que a evasão fiscal em Portugal seja da ordem dos 20 mil milhões de euros anuais, e isso é mesmo muito dinheiro, meus caros, e os cálculos até são de uma entidade do reino Unido, por isso sem qualquer conotação política.