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Toxicidade e riscos de produtos químicos

Atualmente, lemos e ouvimos muito a respeito dos perigos dos “produtos químicos”: resíduos de pesticida nos Alimentos, medicamentos de uso controlado (perigosos) etc.
 

Nossa vida não é livre de riscos: todos nós enfrentamos Riscos a cada dia. Algumas pessoas preferem usar bicicleta a usar carro, mesmo
sabendo que com ela a possibilidade de acidente fatal é dez vezes maior por quilômetro percorrido. Outras pessoas decidem fumar cigarros, mesmo sabendo que assim aumentam em 50% a probabilidade de contrair câncer. Diariamente fazemos julgamentos e tomamos decisões que afetam nossa vida.
 
A carne preparada numa churrasqueira contém
agentes cancerígenos denominados hidrocarbonetos
aromáticos policíclicos. Será que é seguro comer
esta carne?

Mas e a respeito dos riscos que corremos usando “produtos químicos”? Para avaliar esses perigos, usam-se Animais de teste (geralmente ratos).
Os pesquisadores expõem os animais a diferentes produtos químicos e monitoram os seus efeitos. A fim de acelerar os estudos e diminuir
os gastos, as quantidades administradas são de 100 a 1000 vezes maiores do que aquelas que um ser humano normalmente ingere. Os dados obtidos com os experimentos em animais são submetidos a várias considerações. Uma substância prejudicial a um animal determinado será obrigatoriamente prejudicial a um ser humano? Como uma dose grande para um animal pequeno pode ser convertida em uma dose pequena para um ser humano de massa muito maior?


Já no século XVI o químico e médico suíço Paracelsus afirmava: “A dose faz o veneno”. Todas as substâncias, inclusive água e sal de cozinha, podem ser tóxicas a alguns organismos em uma certa quantidade, e a diferença entre a substância ser benéfica ou perigosa depende da quantidade.
O método-padrão de avaliação acurada da toxicidade de produtos químicos consiste em determinar um valor DL50: dose de uma substância, em gramas, por quilograma de massa corpórea, que é letal (mortal) a 50% dos animais (DL50: dose letal para 50% dos animais).
A tabela a seguir mostra as DL50 de algumas substâncias:

Nossa reação aos riscos é fortemente influenciada pelas informações que recebemos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a detecção de 0,000 000 01% de clorofórmio na água de uso residencial causou grandes manifestações populares em várias cidades, embora o clorofórmio tenha uma toxicidade menor que a da aspirina, que é usada normalmente.
 
Diversos alimentos contêm ingredientes naturais Muito Mais tóxicos que aditivos sintéticos de alimentos ou resíduos de pesticidas, mas esses ingredientes são desconhecidos porque os alimentos nos são muito familiares. A manteiga e a pasta de amendoim, por exemplo, contêm pequena quantidade de aflatoxina, um agente cancerígeno muito mais potente do que o ciclamato de sódio, um adoçante artificial cujo uso já foi proibido em alguns países, devido ao seu risco.
 
Todas as decisões envolvem uma comparação entre os riscos e os benefícios. Será que os benefícios do uso de um pesticida que aumenta a produção de alimentos compensam os riscos à saúde de uma pessoa entre 1 milhão de pessoas expostas aos resíduos desse pesticida? Será que os efeitos benéficos de um medicamento novo são mais importantes que os perigos potenciais de seus efeitos colaterais para um pequeno número de usuários? As respostas não são fáceis, nem óbvias, porém é evidente a responsabilidade dos legisladores e dos cidadãos em responder a esses problemas com base em fatos.

Extraído do Livro de Usberco e Salvador. Vol. único. Ed. Saraiva.


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