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Sobre a crucificação

A crucificação é um dos métodos mais excruciantes e penosos de punição já utilizado pela humanidade. A figura de Jesus tornou tal ato famoso e conhecido, mas como exatamente funcionava?

As origens do método não são certas, mas provavelmente se iniciou com babilônicos e assírios no século 6 a.C., tendo sido praticada por diversos povos da antiguidade como gregos, persas e romanos. A crucificação era usada, em sua maioria, a escravos, traidores do império, soldados deserdados e cristãos, sendo considerado um dos métodos de execução mais deploráveis e vergonhosos para época.

O procedimento e características da crucificação variavam para cada povo e época. Geralmente o Condenado sofria flagelos antes de ser levado o local de sua execução o que no final resultava em uma morte mais rápida. A crucificação poderia ser feita em formato de cruz, como conhecemos, mas também eram comuns em mastros verticais ou em formato de Y. Diferente do que vimos nas encenações da morte de Jesus, o condenado não levava a cruz inteira até o local, e sim apenas a viga onde seus braços ficariam presos. No local da execução já haviam diversos mastros exclusivamente para essa função; isso era feito pelo simples fato de que madeira nunca foi um recurso abundante e assim economizavam o uso da mesma.

Ainda no quesito da economia – é preciso apontar que eram crucificadas milhares de pessoas com razoável frequência –  o Condenado Era pregado na cruz apenas nos pés e raramente nas mãos: na maioria das vezes, seus braços eram amarrados . Além de ser mais fácil obter cordas em vez de pregos, era uma forma mais segura de garantir que ficasse realmente preso à madeira. Caso usasse pregos, apesar do que a imagem de Jesus nos mostra, nunca eram as mãos pregadas pois o peso do corpo rasgaria o tecido – e sim os pulsos. Havia também uma placa de madeira entre o prego e os pés da vítima para evitar que o mesmo tentasse puxar os pés.

A crucificação era um método não apenas de punição, as também de advertência para mostrar o que acontecia àquele que quebrasse a lei. O condenado era exposto e tratado de forma vergonhosa: quase sempre estava completamente nu e às vezes uma vara era enfiada em suas artes íntimas. A morte nunca era momentânea e a vítima poderia morrer em algumas horas ou dias. Os romanos sempre tentavam “adiantar” essa morte, pois era obrigação do soldado ficar junto à cruz até que o condenado morresse, portanto muitas vezes quebravam-lhe os joelhos ou perfuravam o coração com uma lança. Quando não era o caso, a morte poderia vir por exposição, desidratação, asfixia (a posição impedia que os músculos da respiração funcionassem), dentre outros motivos.

A crucificação foi proibida por Constantino no século 4 d.C., porém alguns povos perpetuam o método até hoje, principalmente em países islâmicos; além do costume em alguns países em que devotos são crucificados pela própria vontade, por um breve período, a fim de reviver as dores de Cristo. Vale mencionar que esses atos são repudiados inclusive pela própria Igreja.




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