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Ao som dos tambores

Os drummer boys, ou meninos dos tambores, se tornaram uma referência para diversas músicas, histórias e pinturas, além de tópico para os entusiastas da Guerra Civil americana. Afinal, a vida desses meninos era realmente heróica como ouvimos hoje?

Os percussionistas de batalhas existiram por bons séculos, com registros desde tempos medievais, e ficaram conhecidos principalmente pelo seu papel nas batalhas européias dos séculos XVIII e XIX e na Guerra Civil americana onde há mais relatos sobre os mesmos. A maioria desses “meninos” não eram crianças, e sim adolescentes, porém há casos registrados de rapazes de apenas 7 anos de idade participando de batalhas. A imagem ideológica da frente de Batalha atraiu meninos no ensejo de lutar pelo país, o que fez com que Muitos deles, inclusive, fugissem de casa. Usar meninos para esse serviço permitia que mais soldados em idade ativa pudessem estar disponíveis para a luta.

O objetivo principal dos Drummer Boys era claro: elevar a moral da tropa, principalmente em momentos de marcha ou antes das batalhas mas principalmente repassar ordens para todo o batalhão. Com exércitos de milhares de soldados, o ressoar do tambor de um que era repetido pelo próximo, poderia ser ouvido por todos. Havia uma combinação de batidas para cada ordem sendo a de ataque a mais emocionante onde os percussionistas simplesmente tocavam em seus tambores sem intervalos de forma uníssona.

Percurssionistas do regimento de Rhode Island.

Ao começar a batalha, os drummer boys se dirigiam até a parte de trás do batalhão já que os mesmos não andavam armados e seriam alvos fáceis. Em alguns exércitos, porém, os meninos permaneceram na frente de batalha até onde poderiam resistir. O fato de muitos serem crianças desarmadas não impediram diversas mortes por exércitos inimigos. Uma vez atrás da batalha, eles ficavam encarregados de retirar feridos do campo e de ajudar nos cuidados médicos. Nos intervalos dos combates, muitos também serviam como assistentes dos comandantes e havia a possibilidade de serem promovidos a verdadeiros soldados.

Os percussionistas foram aos poucos sendo substituídos por corneteiros, pois os sons dos tambores eram confundidos com os sons das armas quando essas evoluiram, além da corneta ser um instrumento de maior alcance e mais fácil de carregar. Muitos meninos não aguentavam a incumbência da guerra, que na maioria das vezes consistia em longas caminhadas carregando tambores pesados e o trauma psicológico ao perigo que eram expostos.

Morte de Joseph Bara, Charles Moreau-Vauthier. Século XIX.




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