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Onde Investir em Dezembro: Pega na Mentira

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“Zico tá no Vasco, com Pelé
Minas importou do rio, a maré
Beijei o beijoqueiro na televisão
Acabou-se a inflação
Barato é o marido da barata
Amazônia preza a sua mata
Tá tá tá

Pega na mentira
Pega na mentira
Corta o rabo dela
Pisa em cima
Bate nela
Pega na mentira”

Pega Na Mentira. Erasmo Carlos 1981

Onde Investir em Dezembro: Pega na Mentira

Zico, o ídolo flamenguista definiu a experiência de vestir a camisa do rival na despedida do amigo Roberto Dinamite, em 1993. “-Vestir a camisa do Vasco da Gama é um orgulho para qualquer jogador“-Zico

Prezado leitor,

A singela homenagem ao falecimento do –meu amigo- Erasmo Carlos, não é à toa e nem fora de contexto.

Explico: era muito amigo de seu filho precocemente falecido Gugu (Carlos Alexandre Sayão Lobato Esteves) e algumas vezes assistia partidas do Vasco junto com a família Esteves. Erasmo tinha outros 2 filhos flamenguistas. Algumas partidas foram memoráveis, como o chocolate aplicado num domingo de páscoa, de 5×1, em cima do Mengão, no qual tomei um pito do próprio Erasmo : ” -Bicho, futebol aqui é uma coisa muito séria, ninguém sacaneia ninguém. A gente sabe que o outro vai ficar muito chateado, então, um respeita o outro. Só assim não dá briga!”. Lição aprendida, meu irmão camarada!

A música Pega na Mentira foi escrita em 1981 e já na época havia preocupação como fatos bem atuais ainda hoje: como a inflação e o desmatamento da Amazonia. Imagine se ela fosse feita no ambiente atual em que proliferam as fake news e algoritmos de programas de computador viciados.

E Voltando ao Mercado

O respiro logo após o resultado das urnas, com a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um novo mandato, foi de curta duração. A tensão aumentou à medida que as primeiras sinalizações do futuro governo foram de aumento de gastos sem que uma contrapartida fiscal seja ainda conhecida.

A incerteza é o nome do jogo:

Em um momento em que o Governo Eleito negocia com o Congresso um gasto extra antes mesmo de anunciar quem vai comandar a economia.

Nesse último mês, o mercado todo foi impactado pelo aumento de riscos fiscais: Bolsa brasileira, câmbio e a curva de juros foram pressionados .

O mercado continua preocupado com as seguintes questões:

  1. Quem fará parte da equipe econômica do novo governo eleito, e
  2. Qual será a agenda fiscal, principalmente, em relação ao teto de gastos.
  3. Como esse aumento de gastos será financiado?

Até o momento, o novo governo é evasivo na resposta. Mas dado a dificuldade de cortar outros gastos, existem apenas 2 caminhos: ou vamos aumentar a carga tributária ou endividar ainda mais o país.

Com sinais ainda mistos, investidores têm ficado cada vez mais preocupados. Com isso, o Ibovespa caiu 3,1%, bem abaixo das bolsas globais que tiveram forte alta de +7,6%. O Real também foi a única moeda dentre as principais moedas que se desvalorizou frente ao dólar.

Em política monetária, riscos de juros maiores voltaram.


A alta do prêmio de risco é consequência de incertezas que tendem a persistir nesta virada de ano, com as discussões para o orçamento de 2023 e de qual instrumento deve ser colocado no lugar do arcabouço fiscal atual. No Brasil, há mais sinais negativos em relação à política fiscal e economia vindos do novo governo eleito.

O nível de incerteza sobre a trajetória dos Juros futuros aumentou, o que motiva um posicionamento ainda neutro nas classes de ativos, com peso concentrado em ativos pós-fixados e na proteção para a inflação – que pode voltar a acelerar para 2023. Vemos taxas atrativas em ativos prefixados, subclasse em que ajustamos a posição para nos alinharmos com a nossa visão estrutural, mas sem elevação forte dado a incerteza para a trajetória da Selic em 2023.

Globalmente, os riscos de recessão permanecem altos, com potencial para novas revisões de ganhos. 

No ambiente global, China continua gerando volatilidade. Por um lado, apresenta medidas mais construtivas para uma reabertura, reduzindo tempo de quarentena, mas por outro aperta a política de Covid Zero para enfrentar a pior onda de casos desde o início da pandemia e enfrenta protestos por parte da população.

A economia norte-americana continua a dar sinais de desaceleração. Indicadores imobiliários, industriais e o consumo de duráveis já dão sinais de arrefecimento, mas o mercado de trabalho continua em níveis bastante sólidos. O que parece mais provável é que a inflação desacelere mais rápido que a própria atividade econômica, o que pode até mesmo evitar uma recessão em 2022.

E o Brasil?

O Brasil continua com um desempenho superior relativo aos mercados globais em grande parte por conta dos níveis de valuation ainda bastante atrativos.

O cenário de corte de juros para 2023 começou a ser questionado, o que segue presssionando as Small Caps. Devemos continuar a ver riscos políticos afetando o desempenho de empresas estatais, como Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3).

Com juros reais superiores a 6%, o valor considerado justo para as empresas na bolsa também foi revisado, com ações sendo negociadas muito abaixo da média histórica.

Isso ocorre porque a taxa de desconto usada para calcular o valor justo das companhias listadas leva em conta os juros de longo prazo.

Atualmente, o Preço/Lucro (P/L) projetado do Ibovespa se encontra em 6,7x, um desconto de 40% em relação à média dos últimos 15 anos em 11,1x. Mesmo quando retiramos as empresas de Commodities, ou somente a Petrobras e Vale, o P/L vai para 9,7x e 9,1x, respectivamente – ambos menores do que suas próprias médias históricas. E quebrando o Ibovespa setorialmente, vemos que todos os setores no Brasil estão com seus múltiplos negociados abaixo ou próximos às médias de longo prazo.

Renda fixa:

A Discussão de retomada de ciclo de juros continua reforçando a classe de pós-fixada como o melhor risco e retorno para o momento e seguimos com alocação estrutural e tática elevada.

Em relação a Renda Fixa, as ações brasileiras também continuam mais atrativas. 

O Prêmio de Risco, que compara rendimento de renda variável com as taxas de juros reais, mostra que as ações brasileiras estão baratas mesmo considerando o alto nível das taxas de juros locais. O nível atual de Prêmio de Risco está em 8,9%, superior à média histórica.

Cabe notar, por outro lado, que o final de ano tem sazonalidade positiva para os ativos de maior risco, o que poderia ser amplificado pela discussão de reabertura de China ou desaceleração de alta de juros pelo Fed.

Veja A Evolução das Aplicações Financeiras em novembro 2022

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