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Onde investir em Novembro: sem erro crasso

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“Na vida, às vezes a gente erra, às vezes a gente acerta, mas aprendemos sempre.” – Crasso Santiago

Onde investir em Novembro: sem erro crasso

Prezado leitor,

Que coisa boa, no próximo natal já poderemos usar a roupa da cor que quisermos, mas antes ainda teremos a Copa do Mundo de Futebol para abraçarmos e torcermos com nossos entes queridos depois de uma eleição extremamente polarizada.

convite ao leitor

Para o mercado, a corrida eleitoral mais apertada reduz o risco de políticas mais ao extremo e aumenta a probabilidade de ambos os candidatos caminharem ao centro. Nosso país é um presidencialismo de coalização. Negociações políticas sempre serão necessárias, quer você queira, ou não.Naturalmente, os mercados aguardam com ansiedade a decisão sobre o novo Ministro da Economia.

Com a expectativa de que a democracia prevaleça, que o ambiente de transição não seja de ruptura e que os aspectos fiscais sejam colocados de forma importante, o fluxo externo vem para cá, pois todos os ativos estão muito depreciados.

Mas como o Brasil antecipou seu ciclo de aperto monetário, qualquer sinalização em direção à responsabilidade fiscal e uma equipe econômica pró-mercado a partir de 2023 pode engatilhar novas entradas de recursos externos.

Até aqui, o comportamento do capital externo na bolsa local foi bastante pragmático, com a entrada de quase R$ 80 bilhões, melhor desempenho desde 2016. Como outros emergentes se tornaram mercados não investíveis, caso de China e Rússia, e mesmo alguns pares latinos, o Brasil pode se beneficiar do fluxo de fundos dedicados.

Então pegue uma carona nesse fluxo de capitais entrando no brasil e não cometa o erro crasso de se emocionar com o noticiário.

Por falar nisso, você conhece a história do erro crasso?

Em 59 a.C, o poder em Roma foi dividido entre três figuras: Júlio César, Pompeu Magnus e Marcus Licinius Crassus.

Enquanto os dois primeiros eram notáveis generais, que ampliaram os domínios romanos, Crasso era mais conhecido pela sua riqueza do que por seu talento militar: César conquistou a Gália (França), Pompeu dominou a Hispânia (Península Ibérica) e Jerusalém, por exemplo. Crasso tinha, assim, uma idéia fixa: conquistar os Partos, um povo persa cujo império ocupava, na época, boa parte do Oriente Médio – Irã, Iraque, Armênia e outros.

À frente de sete legiões, ou 50 mil soldados, confiou demais na superioridade numérica de suas tropas. Abandonou as táticas militares romanas e tentou atacar simplesmente – na ânsia de chegar logo ao inimigo, cortou caminho por um vale estreito, de pouca visibilidade. As saídas do vale, então, foram ocupadas pelos partos e o exército romano foi dizimado – quase todos os 50 mil morreram, incluindo Crasso.

Os erros grosseiros teriam ganhado esse nome em referência aos graves equívocos de estratégia militar cometidos por Crassus ao perder em 53 a.C. a batalha de Carras, que lhe custou a vida.

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E agora vamos aos outros quinhentos…

Como já dissemos há algum tempo, as taxas de juros de longo prazo do Brasil (5,74% no final de outubro, contra 5,73% no f inal de setembro e 5,8% no final de agosto) têm implicado um grande risco eleitoral/político há algum tempo. Com as eleições finalizadas, e assumindo que Lula anuncie políticas econômicas responsáveis, vemos espaço para que o risco político diminua e as taxas de longo prazo caiam.

Com as ações locais sendo negociadas em valuations atraentes, a queda das taxas de longo prazo poderia ser um gatilho para o Ibovespa. Além disso, o Brasil está no fim de seu ciclo de aperto monetário, a inf lação está desacelerando, o país não tem grandes problemas de energia e está geopoliticamente isolado dos conflitos na Europa.

O Ibovespa está negociando em 9,9x P/L projetado de 12 meses (ex-Petrobras & Vale), entre um e dois desvios padrão abaixo da média histórica, e o prêmio para deter ações é de 4,4%, quase dois desvios padrão acima da média, apesar das taxas de longo prazo ainda elevadas.

Quais os setores beneficiados e prejudicados?

Vários gestores entendem que o juro já fez o pico e vai começar a ver em 2023 a redução das taxas, e então rebalancearam sua carteira de empresas de pequena e média capitalização na bolsa para setores que poderiam ser beneficiados por um novo mandato de Lula, a exemplo da construção civil para a baixa renda, com eventual reativação do programa de habitação popular, e o de educação, pelo viés do incentivo público para inclusão das classes menos favorecidas.

As empresas de serviços financeiros tendem a se sair bem independente de quem esteja no cargo.As chances são muito baixas/zero de que a privatização da Eletrobras seja revertida, pois o dinheiro e o capital político necessários para isso são imensos, além do fato de um Congresso de centro-direita dificultar este processo.

Talvez a situação mais preocupante seja a renovação das concessões das distribuidoras, que no final das contas é uma decisão do governo federal. A maioria dos participantes do mercado espera uma decisão técnica e uma renovação não onerosa. A renovação das concessões de distribuição é tecnicamente complicada e regras mais duras podem torná-lo ainda mais desafiador. E a verdade é que tudo pode acontecer aqui.

O setor de Educação é um setor que a maioria das pessoas espera se beneficiar de um governo Lula, baseado no antigo programa FIES, que financiava o acesso ao ensino superior em condições muito atrativas. O problema é que o programa não funcionou, deixando uma conta gigantesca para os contribuintes. O mercado está cético de que o novo governo venha com algo minimamente semelhante ao FIES, especialmente considerando a falta de espaço no orçamento.

e na renda fixa?

A incógnita em relação aos rumos da economia, em especial sobre a política fiscal, permanece por enquanto. Há, inclusive, a possibilidade de que o presidente eleito realize anúncios ainda nesta semana – o que reduziria a incerteza, mas tem potencial para elevar ou reduzir os juros, a depender da direção que o novo governo tomar.

Se o cenário se concretizar de acordo com as expectativas, devemos continuar com taxas prefixadas dos títulos de renda fixa pagando por volta de 11,7% (ou em torno de IPCA + 5,7%) ou um pouco abaixo – o que teria potencial de valorização dos títulos.

No entanto, não se pode descartar o risco de elevação na curva de juros caso o cenário seja mais alinhado com os receios do mercado – traduzindo-se em potencial aumento considerável das taxas na renda fixa.

Veja aqui os melhores investimentos de Outubro de 2022:



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