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Onde investir em novembro: Como pilotar a curva de juros reta

Tags: curva juros reta
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Onde investir em novembro: Como pilotar a curva de juros reta

A vida não é uma estrada reta, se fosse qual seria a graça? Pois de longe já daria para ver a linha de chegada. Aproveite as curvas.

As pistas da Fórmula 1 são uma série de curvas intercaladas por trechos retos mais ou menos longos. A primeira lição a se aprender para pilotar bem é que erros cometidos nas curvas são pagos com a perda de um tempo precioso numa categoria em que qualquer milésimo de segundo faz diferença.

Segundo o próprio tricampeão Ayrton Senna, de uma maneira simples, é possível dizer que toda curva é feita da mesma maneira: entra-se por fora, aproveita-se toda a pista para ir para sua parte mais interna (momento mais lento) e a saída -quando o carro volta a andar em linha Reta e ganha velocidade- também é feita por fora, passando próximo ou mesmo sobre a zebra. O traçado ideal então é a curva mais aberta – ou a linha mais reta – possível entre os pontos de entrada, tangência e saída. Mas, claro, há diferenças para cada tipo de curva.

No nosso artigo de hoje vamos falar sobre como pilotar esta curva reta de Juros atuais… mas antes uma histórinha de mercado.

Onde investir Novembro

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Histórias do Mercado

O dia que Warren Buffett errou.

Quando o bilionário fez seu primeiro milhão -com M- de dólares, usava uma estratégia conhecida como “Guimba de charuto” onde, o investidor apostava em ações extraordinariamente baratas de empresas que não tinham necessariamente grandes perspectivas de negócios, esperando dar os últimos “tragos”. Essas empresas “guimbas de charuto” são frequentemente companhias em declínio, com problemas estruturais, em processos de falência.

Mesmo assim, elas podem dar um último salto ou uma última “baforada”. Daí vem a analogia de pegar charutos descartados e dar as últimas tragadas.

Depois, se desfazia dessas ações rapidamente, em uma negociação de curto prazo, diferente do buy and hold que pratica nos dias de hoje. Ele dizia “O tempo é amigo dos bons negócios e inimigo dos negócios medíocres”. “Você pode perder dinheiro no curto prazo, mas precisa do longo prazo para ganhar dinheiro.”

A Berkshire era uma fabricante têxtil atolada em um negócio terrível. O setor têxtil passava por transformações. E a Berkshire, por uma variedade de razões, era incapaz de mudar de rumo. Em dezembro de 1962 comprado as primeiras ações da Berkshire. A ação estava à venda por US$ 7,50 – um grande desconto para o seu valor contábil, que era de US$ 20,20. Era como se ele tivesse comprado um charuto descartado que continuava a queimar. E, embora, seja feio tragá-lo, o sopro é livre. Uma vez que o prazer momentâneo fosse aproveitado, no entanto, não haveria mais o que aproveitar.

Em 6 de maio de 1964, a Berkshire Hathaway, era dirigida por um homem chamado Seabury Stanton, que lhe perguntou por qual preço ele venderia sua participação e ele disse: US$ 11,50. Ao que ele retrucou: certo. Então temos um negócio fechado!

Mas aí a carta chegou oferecendo US$ 0,125 a menos. Buffett se irritou profundamente com o comportamento dele e não vendeu. Foi uma decisão absurdamente estúpida.

Com a empresa em situação terrível, ao menos por um tempo, ele teve sorte. A empresa emendou dois anos de bom funcionamento e melhor ainda: seus lucros naqueles anos estavam livres de imposto de renda devido aos resultados desastrosos dos anos anteriores. Mas, em seguida, a lua de mel acabou. Durante os 18 anos seguintes, a partir de 1966, lutaram incessantemente por resultados. Todos sem sucesso.

Mas a teimosia – ou seria estupidez – tem seus limites. Em 1985, ele finalmente jogou a toalha e fechou a operação têxtil.

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curva de juros até 1 novembro 2021

A curva de juros que virou uma reta e seus  investimentos

Os especialistas frequentemente falam de curva de juros. É um jargão para se referir à diferença da remuneração conforme a mudança do prazo de vencimento dos investimentos de renda fixa.

Intuitivamente, é razoável imaginar que os juros das aplicações de longo prazo sejam maiores do que as de curto prazo. Isso porque é mais fácil estimar as condições econômicas e financeiras para os próximos três, seis ou doze meses do que para prazos maiores, de dois ou cinco anos.

o que acontece a um país com trajetória de alta em seu endividamento público ao abandonar sua grande âncora de credibilidade fiscal? Isto foi o que a área política do Governo parece ter resolvido conduzir em tempo real: um experimento macroeconômico mais típico de laboratório

O resultado da quebra do teto de gastos não deveria ser surpresa: a desancoragem das expectativas de inflação de médio prazo e alta generalizada em prêmios de risco. Nesse contexto, o esperado é que o Banco Central reaja reforçando a única âncora que restou ao sistema: a monetária.

E que o aperto das condições financeiras leve a uma significativa desaceleração ou possível contração do crescimento econômico. Este é um bom roteiro para entender o que está ocorrendo nos mercados financeiros brasileiros nesse fim de ano. Nossa avaliação é que esse movimento de reprecificação do risco Brasil ainda está em curso e seguimos posicionados defensivamente no país.

As Taxas de juros futuras subiram e a diferença entre a remuneração das aplicações mais longas e de prazo mais curto praticamente desapareceu.

Na figura, percebemos 2 coisas: toda a curva de juros futuros subiu e a curva virou uma reta mostrando um diferencial mínimo de juros nos diversos vencimentos.

Existem duas interpretações para essa configuração da curva de juros.

A mais otimista é que as políticas de combate à inflação começarão a dar resultados e os juros de longo prazo começarão a cair. Apesar de factível, poucos apostam nesse desdobramento no atual momento.

A visão pessimista, que é a que possui mais adeptos,  é que, como a situação fiscal atual exige cuidados, a preferência dos investidores é reduzir os prazos das aplicações para evitar riscos desnecessários.

 A maior alocação sugerida desde julho, em pós-fixado provou-se mais uma vez acertada, além da modificação feita no início do mês de outubro para vértices mais curtos na curva de juro real (IPCA+) ter reduzido o choque nesse momento intenso de abertura de curva.

Com o achatamento da curva de juro (real e nominal), ainda enxergamos maior eficiência de alocação e pontos de entradas na parte curta da curva.

Com o custo de oportunidade mais alto, precisa ter muita convicção para tirar o dinheiro do porto seguro da renda fixa pós-fixada.

Sem norte fiscal, títulos públicos e fundos com papéis prefixados e de inflação longos sofrem com atualização a mercado. Diante da incerteza, prefira papeis pós fixados, ou de juro real mais curtos, mesmo arcando uma tributação mais elevada, pois lembrando que daqui 1 ano, ainda vem uma nova eleição imprevisível.

 As aplicações de perfil mais conservador seguem apresentando a melhor performance relativa dentre as diversas estratégias pela sua menor volatilidade e participação de ativos pós-fixados.

Há de se falar também que existem exceções: pois o índice de BDRs teve +12% de alta além das criptomoedas que foram a melhor aplicação do mês: o bitcoin, valorizou +50% com a expectativa e o lançamento do ETF nos EUA e voltou a ocupar a primeira posição no ranking das aplicações, agora no mês de outubro.

Independentemente do nível de câmbio, é importante ter um projeto de diversificação que abranja ativos internacionais, como BDRs, ETFs e fundos internacionais.

 Não existe coisa mais otimista que um ativo pode fazer além de subir. Veja os gráficos do SP 500, do Google, Microsoft, do Nasdaq.. E você sabe que na B3 temos ETfs que replicam esses indices e BDRs destas grandes empresas americanas.

 Se você nunca presta atenção no que eu escrevo, pelo menos lembre-se disso.

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No âmbito global, é hora de encarar o tapering- compra de títulos pelo banco central americano é uma forma de injetar dinheiro na economia ou seja diminui os estímulos monetários pelo Fed.

 O mês de novembro pode ficar marcado pelo provável anúncio formal da redução do programa de compra de ativos por parte do Banco Central americano, em linha com as sequências falas dos membros do comitê. O evento já é esperado, mas deve continuar alimentando a discussão sobre a data de uma elevação da taxa de juro por parte da autoridade, reflexo de uma inflação pressionada e que seguirá assim ao longo de 2022.

Mais um mês de forte volatilidade para os ativos locais, com mais uma depreciação e descorrelação dos ativos globais. O mercado brasileiro vive um momento ímpar, marcado por irracionalidades e disfuncionalidades nos mercados de ações, câmbio e juros. Escolhas, trocas, mudanças na estratégia tornam-se especialmente complexas em cenário como este, pois preço, fundamentos, sazonalidade são deixados de lado por uma saída a qualquer preço.

Em outubro de 2021, verificamos o movimento no modo  risk-on nos mercados desenvolvidos, com foco em Estados Unidos e sua temporada de resultados, dissipando apenas parcialmente os impactos dos riscos domésticos.  Apesar dos bons resultados divulgados, muitas empresas em suas conferências com investidores citaram problemas de logística, matéria-prima e preço como obstáculos para vendas maiores. Assim, chega-se a conclusão que temos um mercado que apesar de ainda conviver com um certo otimismo, seria prudente ter um tom de cautela e acompanhamento do sentimento do mercado em relação a este tema, e como isso poderia influenciar em decisões futuras.

COMMODITIES: Estoque em baixa, demanda consistente.

Outubro foi mais um mês positivo para boa parte das commodities, principalmente aquelas ligadas ao fornecimento de energia, como carvão, gás natural e petróleo. Esse movimento de alta foi justificado por alguns fatores, dentre eles a falta de investimentos nos últimos anos para a produção de carvão, gás natural e petróleo.

A preocupação não está concentrada apenas na evolução do preço de energia e dos impactos dos custos dos atrasos nas cadeias produtivas, mas de itens menos voláteis e mais persistentes, como o caso dos preços de habitação e de saúde. A continuidade da aceleração dos salários e a dificuldade em encontrar mão de obra (dado a taxa de abertura de vagas) continuará como temática no início do próximo ano e deve manter a inflação rodando num patamar acima dos 2%.

O fornecimento restrito de semicondutores está prejudicando os setores automotivo, de máquinas e equipamentos, equipamentos domésticos e uma fração dos setores de eletrônicos (bens intermediários ou finais que incorporam semicondutores). A normalização da demanda na indústria de eletrônicos de consumo, combinada com a entrada em operação de novas capacidades, deve aliviar as tensões até 2022.

China ainda enfrenta suas disfuncionalidades. Nossa visão de 4T21 para China não foi alterada, com uma fraqueza do setor imobiliário ainda bastante presente, sobretudo com queda dos preços e das vendas.

No Brasil os desafios fiscais ficaram maiores do que antes. O ambiente doméstico voltou a se deteriorar em outubro, mas de uma forma mais intensa do que nos meses anterior. A criação do novo programa social e a intenção de uma renda de pelo menos R$ 400 para 17 milhões de beneficiados demandará um espaço adicional no teto dos gastos. Como tal espaço não existia, está sendo criado por meio da alteração da regra e aumentando a incerteza do “arcabouço fiscal”, com o próprio COPOM apontou em sua última reunião.

A consequência disso é uma nova realidade de juros: ciclo de Selic será mais intenso . Esperamos aumento da incerteza inflacionária nos próximos meses por conta de uma pressão do lado fiscal, bem como uma depreciação maior da moeda. A Selic deve encerrar o ano em pelo menos 9,25% e pode já atingir 10,5% no primeiro trimestre do próximo ano. Uma coisa é furar o teto, gastar ‘x’ mais, o valor não é tão alto, mas a questão é a sinalização de onde isso acaba. É como se fosse uma reforma de casa, faz isso, faz mais aquilo e não tem fim. Sempre que começa um ciclo de alta [dos juros], nunca se sabe onde vai terminar, costuma surpreender para cima.”

Rendimento em outubro de 2021

Veja como foram os investimentos em outubro de 2021:

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