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Comunistas mataram por tudo, menos por causa do ateísmo?




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O trecho abaixo é extraído de meu livro: "Deus é um Delírio?"
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Nos tópicos anteriores vimos que os regimes oficialmente Ateus foram os que mais massacraram pessoas desde que o homem existe na Terra. Os neo-ateus deveriam sentir vergonha em citar a Inquisição e outras atrocidades religiosas para jogar na cara dos religiosos de hoje, já que eles mataram milhares de vezes mais do que todos os religiosos juntos na história. Como Dinesh D’Souza corretamente observou em um de seus inúmeros debates com Hitchens, “os ateus mataram em uma semana mais do que a Inquisição matou em três séculos”[1].

Mesmo assim, a religião ainda é muito mais vilipendiada na concepção popular do que o ateísmo. Dawkins e os demais neo-ateus tem uma carta na manga que é lançada a cada vez que um cristão contrapõe ao argumento de que pessoas matam por religião o argumento de que os ateus já mataram muito também. Eles dizem que os religiosos mataram exclusivamente pela religião, enquanto os ateus não mataram por causa do ateísmo. Em outras palavras, para eles o ateísmo de Stalin, Lenin, Mao Tsé-Tung, Fidel Castro, Hitler, Che Guevara, Pol Pot e o insano da Coreia do Norte é mera coincidência. Um acaso, uma triste fatalidade. Dawkins chega até a afirmar em seu livro que Satlin e Hitler compartilhavam o ateísmo da mesma forma que compartilhavam o fato de terem bigodes. Tudo não passou de uma infeliz casualidade, e a conversa tem que terminar por aí.

Mas será mesmo pura coincidência que todos (vou repetir: todos) os grandes líderes revolucionários socialistas assassinos do século passado tenham sido ateus? Será que é puro acaso que Stalin, Lenin, Mao Tsé-Tung, Fidel Castro, Hitler, Che Guevara, Pol Pot e o comediante norte-coreano compartilhem a crença ateísta? Nós já sabemos que os ateus são aficionados pelo acaso, a tal ponto de rechaçarem o argumento teleológico e de crerem que todo o Universo foi criado do nada. Mesmo assim, façamos as contas. Hoje, o número estimado de ateus no mundo é de 11%. Este número era provavelmente menor em meados do século passado, mas não importa. Trabalhemos em torno dos 10% mesmo, dando um desconto aos ateus.

Listei no tópico anterior o nome de oito revolucionários socialistas que “coincidentemente” eram ateus (mas, segundo Dawkins, apenas coincidentemente!). Qual é a probabilidade estastística de isso ter sido mero acaso?[2] Fazendo as contas, as chances aleatórias de que todos os oito fossem coincidentemente ateus, numa população 10% ateísta, é de 0,07%. Isso significa uma chance contra 1600. Dawkins acha que seus leitores são estúpidos ou no mínimo ingênuos demais – ou aposta alto mesmo na teoria dos universos múltiplos, e este foi o Universo onde eles tiveram o azar de que todos os genocidas revolucionários eram ateus!

Felizmente, nós não precisamos confiar somente nas estastísticas que mostram que as chances de eles serem ateus por coincidência é pífia. Isso porque nós temos inúmeros documentos que ligam estritamente o socialismo com o ateísmo, de modo que, em termos simples, os revolucionários não eram ateus porque “por acaso” ocorreu de eles serem ateus – eles tinham que ser ateus, ou não seriam “revolucionários”. Essa é a prova mais clara de que o ateísmo também pode levar a extremos – e a extremos bem mais desagradáveis do que o extremismo religioso.

O extremismo cristão matou cinco milhões em seis séculos. O extremismo ateu matou mais de cem milhões em um século. Ao estudarmos os escritos de Lenin, fica na cara que seu ateísmo não era apenas um demarcador social, um acaso ou algo irrelevante na questão da matança, tal como o fato de ele ser calvo. Lenin era calvo mas não matou ninguém por causa da calvície. Mas Lenin era ateu e matou por causa do ateísmo. Se não é assim, é difícil explicar por que ele disse:

“A base filosófica do marxismo, como Marx e Engels declararam, é o materialismo dialético, que assumiu completamente as tradições históricas do materialismo do século dezoito na França e de Feuerbach (primeira metade do século dezenove) na Alemanha – um materialismo que é absolutamente ateísta e positivamente hostil a todas as religiões. Recordemos que todo o Anti-Dühring de Engels, que Marx leu em manuscrito, é uma denúncia do materialista e ateu Dühring por não ser um materialista consistente e deixar aberturas para a religião e para a filosofia religiosa. Recordemos que em seu ensaio sobre Ludwig Feuerbach, Engels reprova Feuerbach por combater a religião não com o objetivo de destruí-la, mas para renová-la, para inventar uma nova, ‘exaltada’ religião, e por aí vai. Religião é o ópio do povo – este dito de Marx é o fundamento de toda a visão marxista da religião. O marxismo sempre considerou todas as religiões e igrejas modernas e cada organização religiosa como instrumentos de reação burguesa que servem para defender a exploração e confundir a classe trabalhadora”[3]

Primeiro, Lenin confirma aquilo que todo mundo já está cansado de saber: que o marxismo é absolutamente ateísta. Nada de novo. Mas ele não diz somente que o marxismo é ateísta, mas diz que é hostil a todas as religiões. E se isso não bastasse, ele vai além e diz também (citando Engels, um dos pais do marxismo) que o objetivo do marxismo não é combater a religião para renová-la, mas para destruí-la por completo. Havia um argumento comunista para o mal da religião (que ele relaciona aos “instrumentos de reação burguesa”), mas também havia um elemento puramente ateísta, que é o materialismo ateísta, que ele menciona no início da citação.

Assim, pela boca do próprio Lenin confirmamos que o ateísmo é a base do socialismo. Os ateus não são ateus por serem socialistas; ao contrário, eles são socialistas por serem ateus. O materialismo ateísta é a base que conduz ao socialismo. Essa é a razão pela qual até hoje a esmagadora maioria dos ateus são esquerdistas, e quase todos eles socialistas, com algumas míseras exceções. E nem estamos falando dos neo-ateus, mas dos ateus tradicionais. Os neo-ateus, por sua vez, são 100% esquerdistas, e se existir uma única exceção é um caso que tem que ser explicado cientificamente. Seria alguém fora da curva, que ou não entende bem o materialismo ateísta, ou não entende bem o socialismo.

O socialismo é, portanto, uma visão de mundo que parte do pressuposto de que não existe Deus. É uma visão de mundo totalmente ateísta. E é exatamente esta visão de mundo que resultou em genocídio no século XX. Obviamente, não estamos dizendo que todos os ateus são culpados pelos crimes do socialismo no século passado – os socialistas que são. Mas é praticamente impossível separar socialismo do ateísmo, porque o socialismo está alicerçado no fundamento do materialismo ateísta. Consequentemente, o socialismo é uma expressão do que o extremismo ateu fundamentalista é capaz de fazer, conduzindo a calamidades muito piores do que o extremismo religioso já fez no mundo.

O socialismo é o ateísmo de Dawkins colocado em prática. Dawkins diz que a religião é um vírus. O que fazemos com um vírus de computador? O exterminamos. Isso é o que se faz com um vírus. Os socialistas apenas levaram adiante esta lógica interna do fundamentalismo ateu. Dawkins diz o que a religião é, a intuição nos diz o que se deve fazer com algo assim, e os socialistas vão lá e colocam em prática esta concepção ao exterminar literalmente todos os religiosos de seus respectivos países, quando detém poder suficiente para isso.

O problema do ateísmo é que 99% dos ateus que eu conheço (e que tenho certeza que você também conhece) não são pessoas que só tem ausência de crença. Embora o ateísmo em si nada mais seja do que a ausência de crenças, o ateu está cheio de crenças, tanto quanto o cristão. O típico ateu é também um materialista, darwinista, humanista e socialista. Pergunte a quantos ateus você conhecer, e você verá que a esmagadora maiora deles concorda com estas quatro premissas, pois elas fluem naturalmente do ateísmo. E estas premissas, por sua vez, são crenças, que – sendo verdadeiras ou não – já está mais do que provado que podem levar a extremismos e resultar em genocídio.

É por isso que todos os neo-ateus parecem ter a missão na Terra de “destruir a religião”. Não se impressione ao se deparar com um deles. Eles estão apenas seguindo Lenin, que, concordando com Engels, disse:

“Engels insistiu que o partido dos trabalhadores tenha a habilidade de trabalhar pacientemente na tarefa de organizar e educar o proletariado, o que levaria à morte da religião, e não se jogar à aposta de uma guerra política à religião”[4]

É verdade que o ateísmo em si, como conceito teórico, não implica na destruição da fé alheia, da mesma forma que o Cristianismo em si não implica em matar os hereges na fogueira. Mas é totalmente possível que este ateísmo flua para uma forma mais agressiva de ateísmo (o neo-ateísmo), a qual está cheia de implicações, crenças e pressupostos que podem muito bem levar um ser humano a ser muito mais fanático, extremista e radical do que a maioria dos religiosos, matando tantas pessoas quanto o comunismo ateu matou.

Marx não era apenas um comunista comum, mas um fervoroso militante ateísta e propagandista antirreligioso. É dele a frase: “a religião é o ópio do povo”[5] (uma droga), o que na época representava mais do que dizer nos dias de hoje que “Deus é um delírio”. Marx perseguiu a religião cristã por toda a vida, e seus seguidores fizeram o mesmo depois dele, com ainda mais firmeza. Ele dizia:

“Nos períodos em que o Estado político enquanto tal nasce violentamente da sociedade civil, quando a auto-emancipação humana aspira por realizar-se sob a forma da auto-emancipação política, o Estado pode e deve seguir em frente até à abolição da religião, até à aniquilação da religião, porém assim o faz apenas na medida em que avança até à supressão da propriedade privada, até ao máximo, até à confiscação, até ao imposto progressivo, tal como vai adiante até à supressão da vida, até à guilhotina[6]

Marx sustentava que “a luta contra a religião implica a luta contra o mundo do qual a religião é o aroma espiritual”[7]. Ele era claro em afirmar que “o comunismo começa onde começa o ateísmo”[8], e, para ele, “quanto mais o homem coloca realidade em Deus, menos resta de si mesmo”[9]. Marx ia além e chegava até mesmo a declarar que “o comunismo abole as verdades eternas, abole a religião e a moral”[10].

É como Dinesh disse sobre Dawkins:

“O infeliz é um ignorante sobre História. Tudo o que é preciso é estudar Marx, e você verá que o ateísmo não acontecue por acaso. O ateísmo é o ponto central de todo o esquema”[11]

Já o ateu e comunista Lenin, em sua fúria contra a religião, escreveu, em 1922, uma carta na qual ordenava roubar as propriedades da Igreja Ortodoxa russa “com a mais agressiva e brutal energia”:

“Agora e somente agora, quando o povo está se devorando em áreas atacadas pela fome, e centenas, se não milhares, de corpos jazendo pelas ruas, nós podemos (e portanto devemos) buscar o confisco das propriedades da igreja com a mais agressiva e brutal energia e, sem hesitar, derrotar a menor oposição. Agora e somente agora, a vasta maioria dos camponeses estará de nosso lado, ou pelo menos não estarão em uma posição de suporte em qualquer grau decisivo a este pequeno grupo do clero dos Cem Negros e à pequena burguesia reacionária urbana, que está ávida e capaz de tentar se opor a este decreto soviético com uma política de força. Nós devemos buscar o confisco das propriedades da igreja por quaisquer meios necessários para assegurarmos um fundo de várias centenas de milhões de rublos (não esqueçam a imensa riqueza de alguns monastérios)”[12]

E isso efetivamente foi feito. McGrath afirma que, “em seus esforços de forçar a ideologia ateísta, as autoridades soviéticas destruíram e eliminaram sistematicamente a grande maioria das igrejas e dos sacerdotes entre 1918 e 1941. As estatísticas apresentam um quadro terrível. A violência e a repressão foram empreendidas na busca de um programa ateísta: a eliminação da religião”[13]. Os ateus comunistas destruíram completamente 41 mil das 48 mil igrejas existentes na Rússia entre 1917 e 1969, incluindo a Catedral do Cristo Salvador, um marco de Moscou construído para comemorar a derrota da Invasão Napoleônica. Pastores e padres eram assassinados no altar e no púlpito, e perseguidos nas casas e nos lugares de esconderijo.

McGrath acrescenta ainda que “a história da União Soviética está repleta de incêndios e explosões de inúmeras igrejas”[14], e conclui dizendo que “a contestação de que o ateísmo é livre de violência e opressão, as quais Dawkins associa com a religião, é simplesmente insustentável e sugere um significativo ponto cego. A visão ingênua e pueril de que os ateus nunca cometem crimes em nome do ateísmo tropeça nas cruéis pedras da realidade”[15].

Lenin não apenas ordenava a destruição das igrejas de forma agressiva e brutal, mas também o assassinato do clero ortodoxo, que deveria ser feito “com tal brutalidade que eles não esquecerão disto por várias décadas”:

“Então, eu chego à indisputável conclusão que nós devemos precisamente agora esmagar o clero dos Cem Negros decisiva e brutalmente e demolir toda resistência com tal brutalidade que eles não esquecerão disto por várias décadas”[16]

Em sua cólera, o psicopata Lenin dava instruções sobre como este “julgamento” do clero deveria ser feito:

“Deve ser conduzido em grande rapidez e não deve terminar de outra forma senão no fuzilamento do maior número dos mais influentes e perigosos dos Cem Negros em Shuia e, se possível, não somente nesta cidade mas até mesmo em Moscou e outros centros eclesiásticos”[17]

A ordem era clara: fuzile o máximo de clérigos, não somente naquela cidade, mas em todas as outras que tenham alguma igreja!

Lenin ainda dizia:

“O marxismo é o materialismo. Por este título ele é tão implacavelmente hostil à religião, quanto o materialismo dos enciclopedistas do século XVIII ou o materialismo de Feuerbach”[18]

E também:

“Devemos combater a religião. Isto é o a-b-c de todo o materialismo e, portanto, do marxismo”[19]

E também:

“Nossa propaganda compreende necessariamente a do ateísmo”[20]

E também:

A essas massas é necessário que se forneça o material mais variado relativo à propaganda ateísta, familiarizando-as com os fatos dos mais variegados domínios da vida, abordando-as, dessa ou daquela forma, a fim de dinamizar o seu interesse, despertando-as da letargia religiosa, sacundido-as sob os mais variados aspectos, por meio dos mais variados métodos”[21]

E por fim:

A guerra contra quaisquer cristãos é para nós lei inabalável. Não cremos em postulados eternos de moral, e haveremos de desmascarar o embuste. A moral comunista é sinônimo de luta pelo robustecimento da ditadura proletária”[22]

Se isso tudo não for suficiente, eu não sei mais o que é. Essa é a verdadeira, nua e crua doutrina socialista, pautada essencialmente pelo ateísmo agressivo, ressuscitado no início do século pelos neo-ateus.

O mundo já havia superado esta visão horrenda, quando chegaram Dawkins e companhia, revivendo o discurso e preparando o caminho para um novo ditador esquerdista colocá-lo em prática, como os socialistas do século passado fizeram em larga escala. Não, o socialismo não é um regime neutro que respeita a religiosidade dos indivíduos. É um regime oficialmente e abertamente ateu, que nos mostra com toda a clareza possível até que ponto que o fanatismo ateísta é capaz de levar alguém. O fanático Richard Dawkins foi até o ponto de dizer que a religião é um vírus. Os fanáticos socialistas dão apenas um passo a mais e colocam em prática o que se faz com um vírus.

Isso se viu largamente nos campos de concentração e nas prisões soviéticas onde os pastores e religiosos em geral eram confinados durante o regime socialista ateu. O pastor Richard Wurmbrand, que foi duramente torturado pelos comunistas na Romênia, percebeu na prisão que a crítica ao capitalismo era somente um pretexto, uma causa secundária, e não a causa principal e mais importante dos comunistas. Da prisão, ele percebia que a luta e o ódio dos comunistas era, em primeiro lugar, contra Deus e a fé. O capitalismo entrava em segundo plano. Marx sempre deixou claro que seu objetivo era destronar Deus e o capitalismo. A prioridade era Deus, e para isso o capitalismo era usado como um meio.

O filósofo Olavo de Carvalho discorreu sobre isso, dizendo:

“A primeira preocupação de Marx não era o capitalismo, era Deus – isso desde os 17 anos. A ideia de ‘destronar Deus’ era uma ambição que ele tinha desde pequeno. Depois ele percebeu que a cultura cristã era uma superestrutura e que embaixo dela tinha o capitalismo. Então, para quebrar a autoridade de Deus no mundo, precisava destruir o capitalismo primeiro. Mas destruir o capitalismo era o meio, pois a finalidade última era instituir a completa terrestialização do pensamento. Você fecha a humanidade numa redoma onde ela não pode conceber nada além da existência terrestre”[23]

Ele cita também o testemunho do pastor Wurmbrand, que notou da prisão que toda a lavagem cerebral que eles sofriam não era contra o capitalismo, era contra a religião. O capitalismo era o pretexto. Eles estavam mais interessados em tornar o sujeito ateu do que torná-lo anticapitalista. Eles torturavam de preferência os sacerdotes: pastores, padres, rabinos. Estes eram os primeiros a serem torturados. Eles tinham a obsessão de extirpar a fé religiosa do coração das pessoas, muito mais do que acabar com o capitalismo.

Wurmbrand mostrou em seu livro “Era Karl Marx um Satanista?” evidências incontestáveis de que Marx era, confessadamente, um satanista. Poucos sabem disso, mas Marx antes disso era cristão. Ele não era um cristão comum, mas um cristão consciente. Sua primeira obra escrita não foi nenhuma crítica ao capitalismo, mas foi, acredite, uma obra cristã com o título de “A união dos fiéis com Cristo”. Neste livro ele escreveu:

“Através do amor de Cristo, voltamos nossos corações ao mesmo tempo para nossos irmãos que intimamente são ligados a nós e pelos quais Ele deu-Se a Si mesmo em sacrifício”[24]

O mais curioso de tudo é que o mesmo se deu com Engels, seu parceiro por toda a vida. Engels era cristão, tão ou mais firme e consciente que Marx. Ele compunha poemas cristãos em sua juventude. Um desses poemas de Engels dizia:

1. Senhor Jesus Cristo, Unigênito Filho de Deus, Desça do Teu trono celestial, E salve minha alma para mim. Desça em toda a Tua bem-aventurança, Luz da santidade de Teu Pai, Conceda que eu possa escolher-Te. Adorável, esplêndida, sem mágoas é a alegria com que elevamos A Ti, Salvador, nosso louvor.

2. E quando eu der meu último suspiro, E tiver de suportar a angústia da morte, Que eu possa estar seguro em Ti; Para que quando meus olhos de trevas se encherem E quando meu palpitante coração for silenciado, Em Ti possa eu morrer. Lá nos céus irá meu espírito louvar Teu nome eternamente, Desde que em Ti permaneça seguro.

3. Oh, quisera eu que se aproximasse aquele tempo feliz; Quando no teu seio de ternura Possa receber o frescor da nova vida, E com gratidão a ti, ó Deus, abraçar aqueles que me são queridos, Sim, vivendo, vivendo para sempre Contemplando a ti, face a face, Numa vida nova e florescente.

4. Tu vieste para libertar a raça humana Da morte e infelicidade, para que pudesse haver Bênçãos e ventura em toda parte. E então, na tua próxima vinda, Tudo será diferente; E a cada homem darás a sua parte[25].

Em uma carta escrita a amigos, Engels declarou:

“Lágrimas me vêm aos olhos enquanto escrevo. Sou jogado de um lado para outro, mas sinto que não ficarei perdido. Eu irei a Deus, por quem toda a minha alma anseia. Este também é um testemunho do Espírito Santo. Com isto eu vivo, e com isto eu morro. O Espírito de Deus me dá testemunho de que sou um filho de Deus”[26]

E não era só isso. Engels, na época de cristão, chegou inclusive a dizer que Marx era possuído de dez mil demônios em sua luta contra a fé cristã. A respeito de Marx, ele havia dito:

“A quem está perseguindo com esforço selvagem? Um homem negro de Trier (o lugar onde Marx nasceu), um monstro notável. Não anda nem corre, salta sobre os calcanhares e se endurece, cheio de ira e como se quisesse agarrar a vasta tenda do céu e lançá-la sobre a terra. Estende os braços no ar; o punho perverso está cerrado, ele se enfurece sem cessar, como se dez mil demônios fossem agarrá-lo pelos cabelos”[27]

Engels descreveu bem as intenções de Marx: agarrar a vasta tenda do céu e lançá-la sobre a terra. Destronar Deus sempre foi o objetivo dele. Destronar o capitalismo era um meio para se chegar a isso. Alguma coisa aconteceu para que estes que antes eram dois grandes cristãos abandonassem a fé de uma forma tão abrupta e inesperada, e passassem a militar contra Deus em um ateísmo agressivo que precedeu Dawkins em mais de 150 anos. Para a época de Marx, dizer que a religião é o “ópio do povo” (uma droga) era mais forte do que Dawkins dizer hoje que Deus é um monstro.

Sim, nós sabemos a verdadeira história. Sabemos o que infelizmente aconteceu com Marx e Engels, que os transformou de maneira tão repetina. Richard Wurmbrand nos enche de citações da boca do próprio Marx e de inúmeras evidências incontestáveis de que eles se venderam ao satanismo e passaram a militar pelo outro lado. Eu não vou passar nenhuma citação aqui, pois meu objetivo é que aqueles que se interessam por isso que leiam o livro dele, que é muito completo e esclarecedor, muito mais do que eu poderia fazer aqui em poucas páginas.

O ponto principal, que temos que deixar claro de uma vez por todas, é que o comunismo é antes de tudo uma militância ateísta contra Deus, e somente em segundo lugar um ataque ao capitalismo. Essa é a questão. O comunismo é a expressão máxima dos extremos que o ateísmo também pode levar, ao ponto de conduzir dois ateus a declarar guerra contra a religião e a inspirar diversos líderes revolucionários do século seguinte a torturar pastores, queimar igrejas, perseguir religiosos e dizimar cristãos, numa medida infinitamente mais ampla do que qualquer religioso já tinha feito no passado em nome de uma fé religiosa.

O pastor Wurmbrand nos conta em seu livro “Torturado por amor a Cristo” a crueldade com a qual os comunistas ateus tratavam especialmente os religiosos como ele. As descrições são fortes, e talvez se você não tem estômago forte será melhor não ler. O horror era tão grande que ele diz:

“Nós, crentes, éramos colocados em caixões apenas um pouco maiores do que n


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