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25 anos da Fantástica Imagem "Ponto Pálido Azul"


Há 25 anos foi fotografada a famosa imagem “Ponto Pálido Azul” (em inglês – Pale Blue Dot) pela sonda Voyager 1.

Após finalizar sua missão primordial no dia 14 de fevereiro de 1990, a sonda recebeu um comando para se virar e fotografar os planetas que havia visitado. Três dos reconhecidos nove planetas não foram possíveis de se localizar, Marte e Plutão estavam muito escuros (A União Astronômica Internacional rebaixou Plutão ao status de "planeta anão", em 2006, em uma decisão que permanece controversa hoje.) e Mercúrio encontrava-se muito próximo ao Sol.


Em 14 de fevereiro de 1990, a Voyager 1 da NASA tomou uma série de fotografias do sol e dos planetas, gerando um sistema solar "retrato", que inclui Vênus, Terra, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Crédito: Nasa / JPL Caltech.

Uma destas imagens era da Terra, cerca de 6,4 bilhões de quilômetros de distância, mostrando-a como um “pálido ponto azul” na granulada imagem.

Segundo Carl Sagan, a famosa fotografia que mostra  a Terra acima da lua tirada durante a missão Apollo 8, nos forçou a olhar a Terra apenas como uma parte do universo. No espírito desta realização, Sagan disse que pediu para que a Voyager tirasse uma fotografia da Terra do ponto favorável que se encontrava nos confins do Sistema Solar. Essa foto acabou servindo de inspiração para Sagan que escreveu o livro Pálido Ponto Azul em 1994.


Trecho de seu livro:


“Olhem de novo esse ponto. É aqui, é a nossa casa, somos nós. Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um sobre quem você ouviu falar, cada ser humano que já existiu, viveram as suas vidas. O conjunto da nossa alegria e nosso sofrimento, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas confiantes, cada caçador e coletor, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e camponês, cada jovem casal de namorados, cada mãe e pai, criança cheia de esperança, inventor e explorador, cada professor de ética, cada político corrupto, cada "superestrela", cada "líder supremo", cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali - em um grão de pó suspenso num raio de sol.

A Terra é um cenário muito pequeno numa vasta arena cósmica. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, na sua glória e triunfo, pudessem ser senhores momentâneos de uma fração de um ponto. Pense nas crueldades sem fim infligidas pelos moradores de um canto deste pixel aos praticamente indistinguíveis moradores de algum outro canto, quão frequentes seus desentendimentos, quão ávidos de matar uns aos outros, quão veementes os seus ódios.


As nossas posturas, a nossa suposta auto importância, a ilusão de termos qualquer posição de privilégio no Universo, são desafiadas por este pontinho de luz pálida. O nosso planeta é um grão solitário na imensa escuridão cósmica que nos cerca. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de outro lugar para nos salvar de nós próprios.A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que abriga vida. Não há outro lugar, pelo menos no futuro próximo, para onde a nossa espécie possa emigrar. Visitar, sim. Assentar-se, ainda não. Gostemos ou não, a Terra é onde temos de ficar por enquanto.


Já foi dito que astronomia é uma experiência de humildade e criadora de caráter. Não há, talvez, melhor demonstração da tola presunção humana do que esta imagem distante do nosso minúsculo mundo. Para mim, destaca a nossa responsabilidade de sermos mais amáveis uns com os outros, e para preservarmos e protegermos o "pálido ponto azul", o único lar que conhecemos até hoje.”

Via:  Space.com



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