Ouça atentamente, ainda sou perigoso, os tempos são outros, mas a noite continua fria como antes.
Dúzias de palavras inconsequentes traduzidas em promessas envolvem seu coração, no entanto a velocidade com que passamos o sinal vermelho não ofereceu o espaço necessário para confrontar- nos.
Agora possuo segredos horríveis. Fecho as cortinas e desisto de você por horas até dormir.
Não durmo bem, não amo bem, não estou torcendo por você.
Passei por outras despedidas, queimando minha alma e confuso com as luzes vermelhas do clube, eu lhe disse adeus trancado em um banheiro sujo com uma estranha rendida aos meus desejos.
Com um bom drinque em mãos e uma tristeza que desde a tenra idade persegue- me, escuto a dor de um rosto sem nome antes que venho a desmaiar em um colchão no meio de uma sala.
Avise- me quando pousar e colidir com a sua decisão, essa será o meu limite, adiante é com você.