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Por trás da Cara de um Anjo - As Guardiãs - I

Uma das coisas que muito me apraz fazer quando escrevo um romance, para além de imaginar toda uma trama, obviamente, é pesquisar sobre algo que vai preencher essa estória. Neste romance foram as mulheres extraordinárias que já tivemos na nossa História. E, acreditem, que foi bem difícil escolher as que iriam ficar. Vou dar-vos, em alguns posts seguintes, exemplos de algumas. A primeira que escolhi para figurar no romance como uma das Guardiãs do Diário de Maria Madalena, foi... Hipácia de Alexandria. Hipácia viveu entre os anos de 355 e 415 d.C e é apontada como a primeira mulher cientista. Possuía um alto nível de inteligência, alcançando a posição de directora da Academia de Alexandria aos 30 anos, onde lecionou filosofia e astronomia, além de ter escrito diversos textos sobre geometria e álgebra. Era procurada por solucionar problemas matemáticos de forma notável. A ela são creditadas as invenções do astrolábio e de um instrumento para destilar a água. Quando lhe perguntavam porque nunca tinha casado, dizia ser ‘casada com a verdade’ pois dedicava todo o seu tempo aos estudos. Era pagã, e conhecida por tratar as pessoas de forma igual, independentemente da sua origem ou religião. Não é de estranhar que a Igreja a tivesse perseguido, pois não aceitava mulheres solteiras dedicadas á ciência, muito menos aquelas que defendiam que as ‘religiões dogmáticas não deviam ser aceites por pessoas com autoestima’. Hipácia, depois de muito resistir, foi atacada por uma multidão de cristãos enfurecidos, e arrastada violentamente pelas ruas de Alexandria. A cientista foi cruelmente torturada numa igreja, onde acabou por morrer, sendo depois atirada para uma fogueira. Dela ficaram frases de ensinamento, sendo esta uma das mais importantes para mim: «As fábulas devem ser ensinadas como fábulas, mitos como mitos, e milagres como fantasias poéticas. Ensinar superstições como se fossem verdadeiras é terrível. A mente da criança aceita e acredita nelas, e somente com muita dor, e talvez tragédia, ela pode se livrar delas ao longo dos anos.»


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