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AIA 20 - Modus operandi

A INICIAÇÃO DE AGATHA
(Os eventos desta história ocorrem antes do livro OBSESSIVOS: A Revelação Final)

Capitulo 20
Modus operandi

* os trechos entre “[ ]” (colchetes) são reproduções de diálogos em tcheco


O bairro residencial, próximo a represa de Guarapiranga, era bem arborizado e praticamente restrito para circulação dos moradores da vizinhança. As poucas pessoas que circulavam ali se aproximaram para procurar entender o que se passava no interior da casa que amanheceu cercada por carros de polícia, de emergência e demais viaturas nada comuns para o local.

- Investigador Borges – identificou-se para os militares que faziam o isolamento.

A cena o fez lembrar do caso anterior. A princípio, estava Mesmo indicando o padrão de um assassinato que ocorreu há uns meses. Uma jovem garota morta em sua casa em um bairro nobre de São Paulo. O provável assassino deixou uma mensagem sobre o corpo de sua vítima que dizia: "Os ímpios serão exterminados da terra e dela os infiéis serão arrancados." Esta frase é uma passagem do Antigo Testamento da Bíblia em Provérbios, capítulo dois, versículo vinte e dois.

Desde então ele foi apelidado de "Pastor assassino", mas por motivos óbvios essa alcunha ficou limitada aos agentes internos. Se um termo desse chegasse na imprensa iria colocar mais fogo na intolerância religiosa velada que existe no país.

- Salgado – cumprimentou a delegada.

- Oi Borges. Atrapalhei sua refeição?

- Não. A comida estava ruim. O que temos aqui?

Denise Salgado, trinta e poucos anos. O seu uniforme justo ao corpo somado ao coldre apertado destacava a coxa, quadril, cintura e seios, mesmo que não houvesse nada "fashion" que lhe valorizasse seus traços. Os cabelos longos castanhos com mexas louras era um dos poucos sinais estéticos femininos que apresentava, mas logo era perdido diante da pose de poder que a hierarquia lhe impõe.

- Sem arrombamentos, portas destrancadas – apontou com o olhar para que ele a seguisse para dentro da residência.

- Câmeras? – perguntou tentando avistar alguma.

- Nenhuma.

- Deve ter na rua.

- Sim, provavelmente. Depois você verifica.

- Roubo?

- Aparentemente não. Armários, gavetas, tudo normal.

- E a mensagem?

- Encontraram em cima do corpo, na cama.

Chegando no quarto, Borges ficou na porta analisando o ambiente. Um dormitório feminino bem cuidado, aparentemente tudo em seu devido lugar. E o corpo de uma mulher nua com a musculatura em visível tensão espalhada desordenadamente sobre a cama com o olhar arregalado e petrificado de pânico.

- Quem encontrou?

- A P.M. – apontou para um grupo de policiais próximos. – Um vizinho estranhou o portão aberto e nenhum movimento pela manhã inteira, então avisou o C.O.P.O.M.

- Família? – Aproximou-se da vítima.

- Morava sozinha. Seu nome é Lilian Moreno, vinte e três anos. A P.M. identificou os familiares e entrou em contato. Estão lá fora.

Por mais que ele tentasse ser normal diante destas cenas, nunca gostou de estar presente em cenas de homicídio. Mas ficou aliviado quando observou mais atentamente a face da vítima e não reconhecer a Sabrina que anda procurando. Seu sumiço o fazia temer encontrá-la algum dia em uma gaveta do IML.

- Padrão? – a delegada tirou sua atenção.

- Oi!

- Acha que é o padrão do "Pastor"?

Voltou-se para a delegada tentando colocar as evidências em ordem na sua cabeça.

- Provavelmente. Preciso revisar o caso, mas tem muitas semelhanças entre os dois.

É lógico que ele sabia que o padrão era o mesmo, pois tinha ele em sua mente desde então. Foi trabalhando naquele caso, investigando a vítima daquele homicídio, que muito se assemelha a este, incluindo o versículo do Antigo Testamento, uma pista o levou àquele mesmo prostíbulo que, coincidentemente, esteve esta manhã. E por algum motivo que desconhecia, resolveu transar com uma das garotas que se encontravam naquele dia que visitou para sondar. Algo especial nela o atraiu, mesmo estando em um dia que não demonstrasse muito ânimo para lhe agradar.

- Mas o versículo é evidente demais. E isto aqui também – Salgado apontou para o pescoço.

- Sim – afirmou ao ver hematomas de pressão de vários dedos fortes a direita abaixo da orelha. – Esganadura. Já conversou com o legista?

- Falei com ele rapidamente, mas foi isso que observou. E que, aparentemente, não há outro sinal de "causa mortis" a não ser a asfixia mecânica.

"O 'pastor' voltou e eu ainda não encontrei a Sabrina. E nem sei se ela ainda está viva."

- Ok. Vou dar mais umaolhada no local e conversar com as pessoas. Ver o que eu consigo extrair. 

continua...


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"imaginei que eu era normal, mas descobri no que me tornei..."
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