Meu Amor, terminou... Nada há mais
que a ti ou em ti me prenda. Desculpa, é já hora!
O amor me sufocando no peito Hoje morre,
agonizante, lento... Não me serve mais.
E de que me serviria? E alguma vez, de fato, me serviu?
Doeu-me... Doeu-me nas suas medidas,
de extrapolado e farto, de tão guloso de si mesmo.
Quão insaciável, quão ávido, meu Deus,
quão premente ele não era!
Forte e garboso, venceu-se e hoje é caído por terra.
Meu amor, queria dizê-lo, morreu.
Afinal, amanhã será Primavera, novas e inebriantes
paixões se levantarão, mágicas como o pólen
que brotará na angiosperma.
Mas e o sorriso teu e a lembrança tua que não cessam?