(Imagem: Pinterest / Angel Boligan)
A uma semana da eleição, anotei os dois primeiros algarismos do número que identifica os Candidatos por agremiação política. Pretendia com isto identificar, entre os mais de 400 candidatos a vereador em Juiz de Fora, a quais partidos e coligações os pretendentes ao legislativo municipal estavam filiados.
Fui ao site do TRE-MG. Ali naveguei exaustivamente sem dar com a relação dos candidatos. Enviei e-mail àquela repartição, solicitando que me informassem o caminho para Chegar à tal Lista, já que a mesma só estava então disponível com facilidade aos assinantes ou a quem se dispusesse a adquirir um exemplar do jornal local.
A resposta veio logo, acompanhada do link para alcançar o que eu pretendia. Mesmo exigindo certo nível de experiência com a internet (o site do TRE-MG não oferecia uma aba com atalho para se chegar facilmente aos candidatos), consegui chegar aos nomes.
Apesar desse relativo sucesso, não foi possível copiar a lista em formato legível. A única maneira de fazê-lo a quem não fosse experiente na matéria era exportando o arquivo, com extensão que truncava o texto, triplicando e embaralhando os nomes.
E tudo isto para saber quais os cidadãos que se propuseram a disputar uma vaga na Câmara de Vereadores... Algo que deveria estar ao alcance de todos com facilidade. Lista afixada em locais estratégicos, públicos e privados, facílima de ser consultada também por qualquer um na internet, independente do nível de habilidade do interessado.
Curioso país o nosso, onde o amadurecimento e a educação política do cidadão parecem incomodar profundamente os que alimentem outros objetivos de natureza pessoal. Mais ‘produtivo’ deixar as coisas como estão, tendo o voto obrigatório como a cereja do bolo.
Considerando-se a chatice do horário político, do lero-lero dos discursos, da sujeira das ruas e do descaramento nas promessas, entre outras formas de terror, continua menos desafiador e mais cômodo escolher em quem não votar.