Zero apneia
por meio desta informar que o narrador desaparecerá no segundo parágrafo
pois será necessário expirar o corporal da linguagem ao nível intermediário
para que começemos a cronometrar os zeros nos silêncios do não ter
ao nutrir dois aéreos orfãos as coisas em espírito com as coisas das
profundezas dos hidrogênios mal compreendidos de onde as núvens recém
formadas nunca descenderiam da engenharia chucra que vêm sendo
cravada nos barrancos por essa lama primária sempre revestida por casas
por cimas e por achos para respirar em apneia mantendo lúcida a
profundidade celular com a logística do complexo de golgi no grande
pensamento problematizado pelo nervoso do sistema que trabalha cedo
para acordar na dependência das antecâmaras os dejetos do aparelho
inspiratório pensam mais que o cérebro pensa que pensa seguindo os
ariscos na lembrança desempregada por caminhos espalhados em outros
vestígios desumanos como patas chifres rabos focinhos e bicos mas as
aves verdadeiras são as únicas ideias nunca passáros opostos ao corpo
nos ossos subjetivos ao fêmur da rarefação servem para encolher setenta
e cinco por cento as cabeças até o extrato vir caber numa caixinha toráxica
nas costelas os ventos anteriores às gaiolas que reverteram o que libertou
os corações mais albatrozes vão ser felizes em quilômetros na estratosfera
dos sem ressentimento com plexos solares aguçados e prontos para a
boa e velha ultra violência entre as glândulas pinel e timo a densidade da
indiferença vai ao desencontro ou de encontro com uma emoção maior do
que uns dezoito minutos e trinta e dois segundos sem desesperar com o
impacto dos meteoritos no começo do mundo já que era o princípio da luz
dos anos tal como hoje nos desconhecemos em cada dinossauro alado
petrificado que cuspindo sonhos e flatulando arco íris desconstruídos com
as cerejas jamais vistas nas rotinas terrestres nem sob defeito de rivotril ou
qualquer outra vertigem psicotropical à quem desinteressar possa
Zero apneia
J.L.M.M