Anoitece na Cidade, e nada se ouve a não ser o último carro do senhor que saiu mais tarde do trabalho, ou o caminhar torto e tosco de um embriagado que depois de um dia de jorna entrou numa qualquer tasca e bebeu. Bebeu desalmadamente, como se precisa-se daquela dose diária de álcool para se manter vivo na selva urbana. Esperemos que não incomode ninguém… Com gente neste estado não nos convém arranjarmos zangas. Entretanto ouve-se mais uma porta a bater, de mais uma loja a fechar.
Mas, há agora um outro barulho que se ouve… é o ritmo dos meus sapatos que me levam pela rua fora. Acompanhado pelo meu chapéu-de-chuva, sigo com ele aberto, debaixo de uma poeira de chuva, que nem aquece nem arrefece. Caminho, para me distrair, retirar todos os pensamentos de mim na tentativa de esquecer os piores.
É agora mais tarde. Completamente escuro. Os candeeiros da pequena baixa da cidade estão todos acesos, como se fossem os pirilampos deste meio. Que saudades tenho de caminhar pela rua e ouvir o tão conhecido gri gri, que me aconchegava o coração, na minha infância, naquela aldeia.
Já ninguém anda na rua, apenas se ouve o clique dos interruptores das casas para desligar as luzes. A cidade dorme, mas eu não. Não consigo dormir. Insónias constantes que me perturbam o sofrimento.
Todo este momento sôfrego, não é atenuado por este passeio. Sinto o cheiro de um emaranhado de roupas molhadas estendidas nas varandas que me provoca náuseas. O barulho de bares onde homens pernoitam e bebem sem significado… Talvez fossem mais felizes que eu.
Arrependo-me deste passeio rapidamente e vou para cara, tão rápido, como se estivesse a fugir daqueles pobres assaltantes.
Chego a casa. Sento-me e bebo o meu vinho, mas suficiente para continuar sóbrio. Já sentado, todos aqueles odores, sabores e barulhos infestam-me a cabeça. Mas, estou aliviado. Pelo menos, já não estou ao pé deles.
Mas, há agora um outro barulho que se ouve… é o ritmo dos meus sapatos que me levam pela rua fora. Acompanhado pelo meu chapéu-de-chuva, sigo com ele aberto, debaixo de uma poeira de chuva, que nem aquece nem arrefece. Caminho, para me distrair, retirar todos os pensamentos de mim na tentativa de esquecer os piores.
É agora mais tarde. Completamente escuro. Os candeeiros da pequena baixa da cidade estão todos acesos, como se fossem os pirilampos deste meio. Que saudades tenho de caminhar pela rua e ouvir o tão conhecido gri gri, que me aconchegava o coração, na minha infância, naquela aldeia.
Já ninguém anda na rua, apenas se ouve o clique dos interruptores das casas para desligar as luzes. A cidade dorme, mas eu não. Não consigo dormir. Insónias constantes que me perturbam o sofrimento.
Todo este momento sôfrego, não é atenuado por este passeio. Sinto o cheiro de um emaranhado de roupas molhadas estendidas nas varandas que me provoca náuseas. O barulho de bares onde homens pernoitam e bebem sem significado… Talvez fossem mais felizes que eu.
Arrependo-me deste passeio rapidamente e vou para cara, tão rápido, como se estivesse a fugir daqueles pobres assaltantes.
Chego a casa. Sento-me e bebo o meu vinho, mas suficiente para continuar sóbrio. Já sentado, todos aqueles odores, sabores e barulhos infestam-me a cabeça. Mas, estou aliviado. Pelo menos, já não estou ao pé deles.
