Sento-me no cadeirão da minha sala, com um livro do mestre Saramago na mão. Como gosto de ler e absorver toda a sabedoria deste professor e deste profundo conhecedor da vida e do mundo.
Inspira-me e faz-me querer mudar a minha vida… Dar um volta de cento e oitenta graus, apagando todo o meu passado recente.
Por cima das minhas cansadas pernas meto uma manta, e subo os pés para a mesa de centro. De frente tenho a lareira acesa. No braço do cadeirão está o fiel amigo copo de whisky. Estes 4, lareira, livro, manta e copo são os meus fiéis companheiros. São os meus confidentes. Somos uma espécie de D.Quixote e o seu fiel escudeiro Sancho Pança. Eu, D.Quixote claro, o lunático, o sonhador, o maluco. Os outros 4, Sancho. Os que me põem na realidade, os que me acalmam e me aquecem a alma.
Tenho os pés frios como a minha mente, mas esses eu aqueço-os rapidamente com as labaredas do lume. Já a minha mente não aquece por nada.
Leio umas vinte páginas do Ensaio sobre a cegueira. Pouso o livro na mesa à frente e os meus olhos obrigam-me a olhar para o intenso lume.
De repente daquele intenso fogo, vejo nas chamas todos os meus bons momentos e todo o meu fulgor perdido. A minha infância, os meus aniversários, as brincadeiras com os meus pais, os mimos dos meus avós… Momentos que me alegram e finalmente acabam por aquecer a minha, até então, gélida mente.
Já tarde, as chamas acabam por apagar e agora sobra fumo, cinzas e uma cavaca completamente carbonizada. Começo a pensar naquilo que me tornei, naquilo que poderei ser e em tudo aquilo que eu perdi. Todos os bons momentos têm um fim. Mas a verdade é que sempre posso voltar acender o lume e voltar a ver as minhas chamas.
Afinal, a minha vida são apenas chamas fogazes…
Inspira-me e faz-me querer mudar a minha vida… Dar um volta de cento e oitenta graus, apagando todo o meu passado recente.
Por cima das minhas cansadas pernas meto uma manta, e subo os pés para a mesa de centro. De frente tenho a lareira acesa. No braço do cadeirão está o fiel amigo copo de whisky. Estes 4, lareira, livro, manta e copo são os meus fiéis companheiros. São os meus confidentes. Somos uma espécie de D.Quixote e o seu fiel escudeiro Sancho Pança. Eu, D.Quixote claro, o lunático, o sonhador, o maluco. Os outros 4, Sancho. Os que me põem na realidade, os que me acalmam e me aquecem a alma.
Tenho os pés frios como a minha mente, mas esses eu aqueço-os rapidamente com as labaredas do lume. Já a minha mente não aquece por nada.
Leio umas vinte páginas do Ensaio sobre a cegueira. Pouso o livro na mesa à frente e os meus olhos obrigam-me a olhar para o intenso lume.
De repente daquele intenso fogo, vejo nas chamas todos os meus bons momentos e todo o meu fulgor perdido. A minha infância, os meus aniversários, as brincadeiras com os meus pais, os mimos dos meus avós… Momentos que me alegram e finalmente acabam por aquecer a minha, até então, gélida mente.
Já tarde, as chamas acabam por apagar e agora sobra fumo, cinzas e uma cavaca completamente carbonizada. Começo a pensar naquilo que me tornei, naquilo que poderei ser e em tudo aquilo que eu perdi. Todos os bons momentos têm um fim. Mas a verdade é que sempre posso voltar acender o lume e voltar a ver as minhas chamas.
Afinal, a minha vida são apenas chamas fogazes…
