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Dissertação ou tese sem lágrimas

Redigir dissertação ou tese parece tarefa esmagadora. Realmente, não é simples, mas também não é problema insuperável. É trabalho de produção de texto e vai requerer revisão profissional.

Sabe-se que pode ser assustador se imaginar escrevendo um trabalho de duzentas páginas ou mais e, depois, submetê-lo aos ilustres doutores cuja opinião sobre sua inteligência e talento vai depender do que você concluiu.
A dissertação e a tese são cartões de visitas. São portas de entrada para a academia. Lembre-se: o maior obstáculo para a conclusão é psicológico. Com certeza, uma dissertação envolve muito mais pesquisas que você já fez antes. Mas, quando você começar a sua dissertação, você já terá escrito inúmeros ensaios, relatórios, artigos e apresentações de conferência. Uma dissertação é, no final, simplesmente uma compilação (não uma cópia!) de trabalhos de seminários e outros textos anteriores – claro: revisada, formatada e consolidada para fornecer a unidade conceitual e a coerência de um Texto longo. Em seguida, tenha em mente: completar a dissertação ou a tese, é principalmente questão de perseverança.
A adoção de critérios já bem
estabelecidos evita transtornos
desnecessários.
Primeiro de tudo, significa que você deve escolher um tópico pelo qual você esteja apaixonado. Como já se disse: “Se há um livro que você realmente queira ler, mas que não foi escrito ainda, então você deve escrevê-lo.” Se existe uma questão inquietante para a qual você não encontre explicação – ou a explicação encontrada não satisfaça – eis o tema de sua dissertação ou mesmo da tese! Também escolha um tema que seja capaz de ser desenvolvido, um assunto sobre o qual possa haver alguma conclusão (provisória sim), que possa ser “amarrado” com os recursos e o tempo disponíveis. Um tema para boa dissertação é claramente delimitado. Um tópico de tese é mais abrangente, mas não pode deixar de ser delimitado. Um tópico que é excessivamente amplo, excessivamente ambicioso ou vago é receita para o fracasso. A única boa dissertação é a dissertação concluída. A única tese boa é aquela que pode ser defendida!
Organize sua dissertação em capítulos, em torno de perguntas substantivas, conceituais e metodológicas. Então veja o que outros estudiosos disseram sobre estas questões e considere os aspectos em que você concorda ou discorda deles.
Anime-se. Qualquer orientador acadêmico sabe: os primeiros capítulos de um projeto são sempre desastrosos; ninguém espera genialidade. Espera-se que haja algo no papel, projeto, rascunho, esboços, versões preliminares. Então, você e seu orientador podem trabalhar juntos para transformar o texto sucessivamente até que ele seja apresentável. Também se pode contar com o apoio do revisor de textos. Atualmente, revisores não são apenas corretores ortográficos (isso o Word faz “sozinho”); revisores são assessores especializados em textos; procure localizar um revisor competente para seus artigos e textos iniciais e conte com ele durante a redação.

Por que não se concluem as dissertações

  • A tarefa parece esmagadora. – A solução: quebrar o projeto em unidades de pequenas e gerenciáveis.
  • Existem prazos esmagadores. – A solução: trabalhar em subseções que podem ser concluídas em tempo previsível de, de preferência hoje.
  • Estar dominado por pensamentos negativos. – As soluções: silenciar seu crítico interno; ignorar ou reprimir pensamentos autodestrutivos; superar os sentimentos de inadequação; fugir do ao perfeccionismo.
  • Insegurança sobre o resultado do que vai escrever. – A solução: colocar o texto em papel antes julgá-lo.
  • Preocupação com as reações do orientador. – A solução: ser profissional. Dar cada capítulo ao orientador para comentários.

Para terminar a dissertação e concluir a tese

  1. Construa seus argumentos em uma única frase. Se puder explicar sucintamente sua dissertação, você pode escrevê-la. “Espero demonstrar neste capítulo/artigo/tese/livro que…”. Identifique as questões básicas ou questões que se dirige e como seu trabalho se relaciona à literatura contemporânea.
  2. Defina metas pequenas. Dê passos curtos. Não tente “escrever o capítulo dois” – em vez disso, decomponha-o em tópicos capaz de serem feitos de uma sentada; depois, poderão ser refeitos ou desfeitos.
  3. Lembre-se: você não está escrevendo um livro, mas juntando cinco tópicos sobre a pesquisa. Não se assuste. Escreva sua dissertação em segmentos manejáveis.
  4. Capítulos da dissertação em ciências humanas são normalmente de vinte a quarenta páginas com espaçamento duplo, nas teses os capítulos podem alcançar o dobro desse tamanho. As teses das ciências médicas têm menos da metade desse tamanho. Em cada área se espera uma cesta quantidade de texto, mas costuma haver regra quanto a isso, apenas um costuma.

Evite os erros que outros já cometeram

  • Escolher um tema chato ou excessivamente amplo e ambicioso. – Um tema de boa dissertação tem foco claro e limites circunscritos.
  • Falta de foco. – Cada capítulo deve ter um foco claro, uma pergunta abrangente ou assunto que ele aborda.
  • Perder as referências de cada citação ou dado. – Anote imediatamente cada fonte, cada referência e cada citação adequadamente. Use um programa para isso. Até o Word faz, é só aprender a usar. Além de coletar dados ou citações, olhe como outros estudiosos (ou mesmo os jornalistas) lidar com seu tópico.
Faça o brainstorm e, em seguida, organize as ideias. Depois de identificar ideias-chave, organize-as em uma estrutura e, em seguida, trabalhe com as ideias, uma de cada vez.
Escreva quando você não quer escrever. Quando não estiver conseguindo escrever, reescreva algo. Aperfeiçoe um argumento da seção. Trabalhar na introdução. Analise algumas das suas provas, verifique s dados. Trabalhe sobre a revisão de literatura. Anote mais ideias. Faça o que fizer, não pare de escrever.
Separe as coisas. Esqueça as outras responsabilidades e obrigações na hora de escrever. Encontrar o período de tempo em que você pode trabalhar – proteja aquele horário.
Encontre alguém a quem você pode falar sobre o que escreve. Diga a essa pessoa o que você fez a cada dia, seus argumentos e os desafios encontrados. O ouvinte não só ajudará você a formular e esclarecer as ideias, também vai ajudar você a torná-los mais sofisticados, lógicos e convincentes.

Mitos e equívocos que desencorajam a produção do texto

Mito 1: Escritores experientes escrevem sem esforço. — Todo autor fica ansioso e perde o foco. A regra básica é manter-se na cadeira. Esforçar-se em avanços pequenos, diariamente, ao invés de tentar fazer tudo de uma só vez. Só não há maneira de escrever: tudo de uma vez. Quem faz pequenos avanços iniciais, habilita-se a progressos maiores em seguida.
Mito 2: Escritores escrevem textos fluentes. — Não há nada de errado com o debate de ideias. Na verdade, a escrita inicial é uma bagunça. Não é um processo linear. Escrever é pensar. É durante o processo de escrita em si que você vai se encontrar com suas melhores ideias.
Mito 3: Existem duas fases para o processo de escrita: escrever um rascunho e depois revisá-lo para corrigir gramática e eliminar erros de digitação e palavras estranhas. — Não há escrito acabado, apenas um eterno texto a se reescrever. A reescrita requer reorganização significativa e repensar. Reescrever não é revisar: a revisão do texto requer alteridade, trabalho de outra pessoa. A revisão do texto pode contribuir muito na reescrita.

Conselho geral sobre a escrita

  • A escrita é “dialógica”. – Não escreva no isolamento. Quando você escreve, você entra em uma conversa, um debate, uma controvérsia. Portanto, você deve primeiro entender e identificar um debate existente. Então, você pode intervir e contribuir para esse debate.
  • A dissertação não é a pesquisa. – Ela borda um problema ou uma pergunta que geraram uma pesquisa. Uma dissertação avança um argumento.
  • O argumento deve prender a atenção do leitor. Desmascarar um mito, corrigir um equívoco, entrar em um debate ou desafiar uma interpretação comum. Esteja preparado para explicar a importância do tópico você aborda convincente e sucintamente.

Segredos da argumentação por escrito

Quais são os segredos? Eles são uma série de fórmulas que garantem o pensamento por complexos.
  • Você deve explicar o significado de cada tópico: “Estudei para descobrir o que/por quê/como a fim de ajudar o meu leitor entender..”.
  • Você deve se envolver outras pessoas que estudaram o tema: “Acredito que que Fulano está enganado porque…”.
  • Você deve efetivamente integrar citações em seu argumento: os dados nunca falam por si. Dados sempre precisam ser interpretados e explicados. As interpretações não são a descrição em texto das informações encontradas nas tabelas, mas as conclusões que se obtém dos números.
  • Use citações e dados de outros para seus próprios fins: “Eu concordo com Fulano e gostaria de acrescentar que…”
  • Torne seu texto e o argumento mais sofisticado, explicando como você concorda ou discorda das ideias alheias.


A tese é uma posição distinta na discussão

Tenha um ângulo de abordagem, um ponto de vista, uma posição teórica, uma inclinação que dá seu foco ao texto. Como se faz isso? Use a fórmula mágica: torne-se parte de uma conversa mais ampla ou controvérsia:
Refute um argumento;
Refine um argumento;
Revele uma lacuna;
Preencha uma lacuna.
Um argumento acadêmico deve ser justo e equilibrado, com base em provas e tendo em conta as interpretações alternativas e contra-argumentos.

Escrever com clareza e concisão

Quebre as frases em orações curtas, mais fáceis de entender. Simplifique. Corte o excesso substantivos, adjetivos e advérbios. Corte artigos e pronomes indefinidos desnecessários (um, uns…). Corte bordões e frases feitas (ou seja, isso é, a nível de…).
Use verbos ativos e que descrevam diretamente a ação. Evite nominalizações — ações expressas por substantivos: fazer a análise em vez de analisar; fazer um estudo é estudar.
Use frases de transição e palavras de transição: “Começarei por…” / “Antes de dizer o que há de errado com…, eu vou…” / “Neste ponto, precisamos considerar a seguinte objeção…”. Apesar de eu ter aparecido…, ainda preciso… Palavras de transição: além disso, também, porque, tendo em conta, desde que… Para concluir um argumento: portanto, daí, por conseguinte.

A revisão do texto deve ser interativa e demanda tempo

Há muito além disso, mas aqui já estão boas dicas. Concluindo, reserve tempo para a revisão do texto. Contrate um profissional experiente e tenha tempo para dialogar com ele, para discutir seu texto e as intervenções que serão feitas. Sem isso, depois, você se verá diante do problema de encontrar alguma mudança em seu texto que não seja de seu agrado. Pior se a banca encontrar um problema que o revisor introduziu por equívoco. Esteja atento e participe da revisão!


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