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Editoração de tese, dissertação e artigo

Revisão, edição, layout, impressão e encadernação

Todas essas etapas, em conjunto, constituem a editoração da tese ou da dissertação.

Quando se está prestes concluir um mestrado, em geral, não se tem experiência com os pequenos problemas que se enfrentam para a editoração da dissertação; aqui vou tratar ligeiramente deste processo – o que vale também para a tese, em outra etapa ou para os artigos científicos, em grau menor. A editoração compreende todos os procedimentos de formatação, diagramação, revisão, aprovação (do leiaute ou do conteúdo), impressão e depósito do texto.
O mestrado e os vários artigos publicados vão ensinando os caminhos a serem percorridos, mas, quando chega a hora de concluir o doutorado, a experiência anterior costuma ser de pouca utilidade: tudo já pode ter mudado, as regras, os colaboradores, o orientador. Vamos delinear aqui, segundo nossa experiência de mais de quinze anos com teses e dissertações apresentadas a inúmeras instituições, alguns procedimentos que, na sequência apresentada, podem facilitar a vida dos autores.
Todos os processos envolvendo a editoração de tese e dissertação estão estabelecidos em fluxogramas.
O fluxograma seguinte descreverá as etapas da negociação de forma ideal, vale a pena entender o fluxo proposto. Vale para os textos de tamanho normal, cerca de cem ou duzentas páginas; tenham em mente que trabalhos muito maiores, ou os mais complexos graficamente, poderão requerer mais etapas de revisão e acompanhamento, assim como os mais curtos e simples poderão pular etapas.
Fluxograma de negociação de revisão e formatação.
A primeira coisa que o autor precisa fixar é que esses processos demandam tempo. Tenha em mente que não existe revisão rápida e que revisores têm um limite diário de horas de trabalho além do qual a fadiga compromete a qualidade do serviço. A segunda questão a se ter em mente é que a formatação de um trabalho grande não é algo que se faça sem certa prática e muito conhecimento do programa editor (Word), pois algumas das funções requeridas são do domínio apenas de usuários avançados. Por tudo isso, precavina-se: procure o revisor com antecedência, estude com ele o cronograma (ele precisa estar disponível quando você terminar sua redação), pois você poderá não encontrar nenhum de última hora, ou ser forçado a escolher qualquer um – nem sei o que é pior!

O fluxograma abaixo apresenta algumas etapas sobre as quais farei alguns comentários:

Fluxograma de revisão e formatação de textos acadêmicos.
Texto em finalização – é quando que quase toda a redação está concluída, ou já existe 90% dela aprovada pelo orientador. É então que você já poderá enviar o material ao revisor e formatador e discutir com ele os custos e o cronograma.

Orçamento – você encontrará os mais variados preços ao pesquisar na internet. Recentemente encontrei valores a partir de R$2,00 a mais de R$100,00 por lauda – recomendo fugir de tais absurdos. A “lauda” é outra coisa que vai variar muito: entre 1200 e 1800 caracteres como referência. Importante: solicite amostra da revisão e, exceto por um motivo muito bom, não aceite serviço de alguém que revise em papel ou, menos ainda, que te devolva o texto impresso com centenas de marcas incompreensíveis. Papel é para rabiscos, tese hoje é feita no computador, assim como revisão e todos os processos de editoração.

Conclusão da redação – quando você puser o ponto final, envie para o orientador e espere sua aprovação. Espere mesmo: isso significa que você não Deve Mudar Nada antes de o trabalho ser devolvido a você. Se você mudar algo enquanto o trabalho estiver sob a análise, pode perder tempo tendo que desfazer ou entrar em conflito com alguma orientação recebida. Depois que o orientador devolver, acate as orientações sugestões recebidas e, importante: não envie de novo ao orientador! Senão, nunca terminará!

Revisão primária – agora é entre você e o revisor ou a equipe de editoração. Muito importante: enquanto o texto estiver sob revisão você não deve mudar nada nele. Caso faça isso, poderá haver um dos grandes fantasmas da editoração, o conflito de edições: um muda aqui, outro muda ali, depois não se sabe mais quem mudou o quê ou onde, ficando o problema está instalado. Havendo necessidade de acrescentar ou mudar algo, durante essa fase, envia o material e orientações à equipe contratada, eles deverão fazer isso sem risco de conflito de edições.

Acompanhamento do estado da arte – durante a revisão, são normais as consultas e orientações entre revisor e formatador e o autor. Nós chamamos os textos que estão sendo trabalhados de “estado da arte” – eles são enviados diariamente ao cliente para ele acompanhar o desenvolvimento da formatação, revisão e diagramação. O cliente deverá reservar algum tempo para ver esse “relatório”, pois assim não haverá surpresas e contrariedades ao fim da editoração. São poucos os revisores que fazem assim, a maioria apresenta tudo pronto ao final, normalmente, não havendo mais tempo para discussões aprofundadas ou mudanças de leiaute. Quando revisamos, nós enviamos diariamente o estado da arte; se o autor nos der retorno, é melhor para o trabalho; senão, damos segmento à fase seguinte, considerando que não há tempo a se perder.

Aprovação – o ideal é que o orientador veja o trabalho antes de iniciar a revisão de formatação e depois de ela estar concluída. Se ele tiver tempo e disponibilidade para acompanhar o processo, o recomendável é que não interfira mais no texto – para evitar sempre o conflito de edições. A aprovação final é do autor, o dono do texto.

Impressão e encadernação – leve para a gráfica somente um arquivo em Adobe (PDF): os arquivos de Word costumam desconfigurar a formatação quando se muda de computador! Atenção: a gráfica pode estar sobrecarregada, não deixe para a última hora. Se houver necessidade de encadernação em capa dura, será necessário esperar pelo menos 24h, pois o texto descansa na prensa por esse período.

Depósito da tese – o funcionário que receberá o material na universidade vai verificar tudo! Essa pessoa é, na realidade, encarregada de uma “aprovação” burocrática e o que vale, nesse momento, costuma ser a interpretação que ela der a qualquer aspecto de todas as normas envolvidas, ou a prática que os outros autores têm; qualquer inovação gráfica ou estética que você introduza poderá ser rejeitada, mesmo sem qualquer base normativa que sustente o burocrata: apenas ele não sabe que o que não é vedado é permitido. Procure estar atento para esse detalhe que, algumas vezes, gera estresse à última hora.

Ajustes – durante esse processo, apenas pequenos ajustes são possíveis. Os primeiros ainda podem incluir ou excluir texto, os outros ajustes podem apenas incluir pré-texto ou anexos, se for o caso. Claro que qualquer melhora importante é sempre possível, mas representará atraso.

Pente-fino – esta é a fase da revisão que nunca termina, só acaba porque o autor tem que depositar o trabalho e o revisor tem que partir para o próximo.

Esperamos ter colaborado com essas orientações. Ter tempo para esse procedimento completo certamente evita estresse e dá mais segurança de qualidade ao texto. Espero ainda poder colaborar mais, revisando e formatando suas teses e as de seus orientandos. Estou a seu dispor.


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