Tempo Estreito
Com mão tremente
reabro a polvorenta valide das
lembranças afundo no passado
quando tudo parecia doce e
apaixonante e o ânimo era
Primavera florida.
primavera muito Depressa ó
quão depressa acabada
e vão foi implorar:
pàra, és bela!
É nessas ações perdidas entre
papéis sobre a mesa, relembro
que a história sobre noit e dia,
eram mentiras de autores
desenhados em livros de ninar.
Nossa canção não se toca mais,
pois o tempo e estreito e, nele foi
se perdendo a essência dos
versos entre notas ou nos
livros de Cecília Meireles...
É no pedido de Adeus, que o
sempre vai se repetir todos os
dias, enquanto não houver
conversas estreitas no tempo.
E a menina de quinze anos que
levavas, luminoso, o mesmo
nome que ainda está,
enferrujado, permanece em
minha porta.
Dá-me teus poemas
tem confiança no meu
julgamento.
Dá-me teus poemas menina
tem confiança nesse amor que te
prende junto a min, que guardou
escondidos sob o pó dos
volumes poeirentos dos anos em
que éramos crianças e da alma
de poeta.
-Carolina Quick.S