Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Seria a Maestria na Liderança um pensamento Utópico?


Em toda a minha vida profissional tenho trabalhado em industrias na liderança de pessoas, em especial na melhoria contínua dos processos, que além dos aspectos técnicos, envolve muito treinamento das pessoas em todos os níveis hierárquicos, na busca pela excelência.
Certa vez, em uma palestra sobre Desenvolvimento de lideranças segundo os padrões classe mundial, no final da mesma um dos participantes me perguntou: “Tudo isso que você acabou de expor é realidade ou não passa de uma utopia? ”
Confesso que fiquei preocupado com a pergunta, pois pensei, “Será que estou enganando as pessoas falando sobre utopias? Coisas irrealizáveis? “.
Mas o que sereia pensar a excelência em liderança de maneira utópica?

Poderíamos pensar a utopia como algo que nos estimula a seguir em frente, como se fosse um facho de luz nos guiando para onde queremos ir.
Mas muitos dirão que nunca atingiremos a excelência, pois sempre que alcançarmos um nível, a excelência se desloca para frente, criando novos desafios e necessidades a serem satisfeitas e, portanto, a maestria na liderança passa a ser qualquer coisa que nós sempre perseguimos.
Porém para pensar de forma utópica, antes de mais nada é preciso conhecer o estágio de evolução em que você se encontra.
Quem não conhece o nível em que se encontra é louco e não utópico, ou seja, a pessoa tem que refletir profundamente sobre a realidade em que se encontra, para então em seguida imaginar a realidade que quer.
Portanto, a maestria na liderança como pensamento utópico está no continuum entre a reflexão sobre a realidade que se encontra e a imaginação do que deseja ter.
A maioria dos líderes e organizações estão em busca da excelência, mas se eu perguntar em uma palestra quem está satisfeito com os padrões de liderança nas organizações especialmente no Brasil, poucos se manifestariam como satisfeitos, no entanto, falamos em excelência das lideranças como se fosse uma coisa real, onde na verdade os nossos padrões de liderança são uma grande utopia.
É importante salientar que se encararmos a excelência da liderança como utopia, ou seja, ser visionário, existe em contrapartida os saudosistas que não visualizam o futuro, mas somente o passado, dizendo via de regra, “No meu tempo é que existiam líderes de verdade, as escolas preparavam verdadeiramente os profissionais”.
Bem, maestria na liderança é na verdade uma utopia sim, principalmente em dois aspectos, onde os princípios de liderança prometeram ser universais e gratuitos, mas se analisarmos bem essa promessa não foi cumprida.
Em primeiro lugar a liderança não é universal, pois hoje no Brasil temos um sério déficit no nível de desenvolvimento dos líderes e também não é gratuito.
Portanto, dizer que o acesso à liderança é universal e gratuito é uma utopia! Durante a revolução industrial os conceitos de liderança prometiam igualdade de oportunidades, mas não as cumpriram.
A liderança como a conhecemos hoje é uma herança dos séculos XIX e XX, onde havia igualdade para assumir posições de liderança a quem cumprisse e fizesse cumprir ordens sem muitos questionamentos.
Hoje percebe-se claramente que essa igualdade de oportunidades para os líderes não se mede pelo que se dá, mas sim pelo que se recebe, ou seja, não adianta dar a todos os candidatos a líder a mesma fórmula de liderança, sabendo que cada um é uma individualidade com limitações de capacidade para absorver, usar, utilizar e integrar aquilo que lhes é dado.
Nunca foi tão importante em termos de liderança, falarmos de valores, de utopias, na busca da excelência em liderança.
Assim, afirmo que para a evolução neste século XXI as utopias são reais e úteis, pois fazem o mundo e as pessoas saírem de suas zonas de conforto, passando a serem os protagonistas do futuro que desejam.
Para ajudar você a compreender melhor o meu pensamento, vou apresentar cinco utopias relacionadas a maestria na liderança classe mundial.
A primeira utopia é a de que “As oportunidades de liderança sejam para todos e para cada um”, ou seja, sem dúvida o desenvolvimento das lideranças deve ser a nível mundial, mas também o desenvolvimento das lideranças deve ser para cada um, onde cada candidato a líder deve receber em seu treinamento a atenção e o respeito necessário para o seu desenvolvimento em função do seu nível de capacidades e habilidades.
Não se justifica mais ter programas de desenvolvimento de líderes de forma massificada, mas sim métodos atentos às necessidades de cada candidato a líder, seja este formal ou informal.
A segunda utopia é a de que o desenvolvimento de mestres na arte de liderar segundo os padrões classe mundial, seja centrado na pessoa e na aprendizagem.
Aqui quero enfatizar que os antigos métodos de treinamento de liderança focavam em metodologias que em quase nada contribuíam com o desenvolvimento da excelência destes, estimulando atos, reuniões, relatórios, atenção aos perfis e mais uma infinidade de coisas que o líder tem que fazer, mas que efetivamente não melhoravam os resultados.
A grande pergunta a ser respondida em um treinamento bem-sucedido de liderança é “Qual é o ‘core business’ de um mestre na liderança que atenda aos padrões classe mundial? ”
Portanto nos treinamentos de liderança devemos estar mais preocupados com a aprendizagem, precisamos de um processo centrado no aprendiz.
A terceira utopia é a do desenvolvimento que confie no aprendiz a líder.
Em geral os treinamentos convencionais, assumem que os aprendizes são preguiçosos, sem inteligência, procuram ensinar pelo lado mais difícil ao invés de facilitarem a aprendizagem.
É preciso entender que qualquer aprendiz evolui através de patamares de competências e todos os aprendizes possuem responsabilidades.
O que não se pode exigir é que todos os aprendizes em todas as circunstâncias tenham a mesma capacidade e as mesmas responsabilidades.
Portanto podemos e devemos confiar nos aprendizes, na sua forma de organizar, de aprender, na sua seriedade e solidariedade e sair do pedestal de que o instrutor ou facilitador conhece e os aprendizes nada mais fazem do que tentar enganá-los para conseguir um diploma ou mesmo um certificado.
A quarta utopia é que um programa de desenvolvimento de líderes seja um espaço de liberdade e de cidadania, precisamos talvez de algo muito simples, precisamos que os programas de treinamento ensinem menos e façam mais, ou seja, os treinamentos precisam ser congruentes no que dizem e fazem, como por exemplo, quando ensinam sobre cidadania, mas quando existe um conflito durante o treinamento, o facilitador acaba agindo segundo outros princípios que não os da cidadania, ou seja, é preciso ser o exemplo, é preciso viver os valores ao invés de só falar deles.
Finalmente a quinta utopia é uma metodologia de desenvolvimento de mestres em liderança comprometido com a criatividade e a sustentabilidade.
Fala-se muito sobre desenvolvimento e estímulo à criatividade, mas muitas vezes é deixado para segundo plano os erros do dia a dia, achando que eles são problemas, mas que na verdade são terreno fértil para o desenvolvimento da criatividade, procurando entender porque esse erro foi cometido e qual sua causa primordial, pois a princípio todo ser humano procura agir no seu melhor a cada momento.
Não julgue o efeito, busque antes entender a motivação da causa.
As utopias podem ser traduzidas se o assim deseja como sonhos de realização.
Para transformar essas utopias ou sonhos em realidade existem três caminhos fundamentais a seguir:
O primeiro deles é uma metodologia de desenvolvimento de mestres em liderança altamente eficaz, com foco nos aspectos práticos e operacionais, pois via de regra os desenvolvimentos de liderança não são centrados nos problemas das organizações no aspecto sistêmico e também não são centrados nos problemas dos aprendizes.
Os líderes de certa forma já possuem uma formação acadêmica, principalmente nos aspectos técnicos de suas áreas de atuação, mas que para desenvolverem a excelência, precisam de outro tipo de apoio para o desenvolvimento profissional.
O segundo caminho fundamental é o apoio, ou seja, como é possível desenvolver um líder que precisa de apoio, sem fornecer esse apoio?
Muitos alegam “Eu não sei se esse funcionário é indicado para cargos de liderança pelas dificuldades que apresenta”.
Ora, se esta pessoa possui talentos em potencial, isto o torna naturalmente um candidato ao desenvolvimento, para exatamente abordar erros, dificuldades e eliminá-los, ou melhor, nenhum talento pode ser deixado para trás, onde isto é muito importante para o desenvolvimento dos futuros mestres na liderança classe mundial.
Os treinamentos de desenvolvimento de liderança classe mundial, não podem deixar para trás nenhum talento, correndo o risco de serem rotulados como incompetentes.
E agora abordando um pouco sobre liderança informal que muitos ainda classificam como métodos alternativos para as organizações atingirem seus objetivos, quero lhe alertar para prestar atenção a este suposto método alternativo de gestão que se devidamente implantado pode espalhar de forma viral aos subordinados os conceitos de excelência classe mundial.
Este conceito de liderança começa a tomar vulto, utiliza em grau muito forte os valores da confiança, da ética e da congruência entre o que pensa, fala e faz, fazendo-nos pensar sobre o real sentido de continuarmos a utilizar métodos que não mais geram os resultados esperados ou se devemos pensar fora da caixa e pensar nos métodos rotulados como alternativos, mas que na prática funcionam. Presta atenção nos movimentos ascendentes da liderança informal aliada ao intraempreendedorismo, que estão demonstrando ser as janelas para a criação do futuro que se deseja.
Se pensarmos em termos de comportamento humano, podemos identificar três tipos de pessoas:
Um tipo são as pessoas acomodadas e resistentes às mudanças e que são difíceis de se modificar tais posturas de vida.
Outro tipo de pessoas são as que aceitam ouvir ideias novas e que podemos conversar, mas que só se moverão se encontrarem uma razão muito forte que lhes garanta segurança e benefícios para as mudanças necessárias.
E o terceiro tipo de pessoas são as insatisfeitas com a situação e que se movem em busca de alternativas aos problemas, como por exemplo você que está lendo este artigo, caso contrário já o teria abandonado.
As utopias pertencem a quem se move e não àqueles que esperam que as soluções caiam do céu.
Só quem ativamente espera, pode encontrar o inesperado, a inovação e criar o futuro.
Portanto é preciso ação para conquistar a Maestria na Liderança Classe Mundial.
.

Este Blog está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-Não Comercial-Sem Derivações 4.0 Internacional, baseado no trabalho disponível em www.enghuman.blogspot.com.br.
Maestria na Liderança Classe Mundial


This post first appeared on EngHuman - Coaching Organizacional Para Desenvolvi, please read the originial post: here

Share the post

Seria a Maestria na Liderança um pensamento Utópico?

×

Subscribe to Enghuman - Coaching Organizacional Para Desenvolvi

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×