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O Planejamento Energético da Organização

A implantação de um sistema de gestão da energia requer método e disciplina por parte da organização e, sobretudo, de sua alta administração. A ânsia por resultados intempestivos, no curto-prazo, deve ser refreada, pois estamos falando, antes de qualquer coisa, de uma mudança cultural que deverá ser semeada individualmente entre os membros da organização. A nova cultura deverá ser, assim, internalizada por cada membro para, então, propagá-la em suas atividades profissionais, bem como junto aos seus familiares, criando uma consciência coletiva que permitirá à organização obter ganhos de escala em produtividade e eficiência. Tal mudança não é possível de ser alcançada sem Planejamento e, dessa forma, o planejamento energético constitui-se em uma das etapas mais importantes na implantação do sistema de gestão da energia.


O planejamento energético deverá compilar em um único documento o conjunto de dados e informações sobre os processos, máquinas, equipamentos e usos finais das várias formas de energia pela organização, fornecendo um raio X que permitirá, através de sua análise, propor ações de melhoria e otimização do seu desempenho energético. Dentre as informações e dados que deverão ser contemplados no planejamento energético citam-se: a legislação e normas técnicas aplicáveis, bem como os demais requisitos aos quais a organização esteja subordinada no tocante aos insumos energéticos utilizados; o perfil energético das instalações e dos usos das formas de energia; os parâmetros-base para referência futura dos diversos usos da energia em seus processos e instalações; a cesta de indicadores energéticos selecionados para monitoramento dos resultados; os objetivos e metas tangíveis e quantificáveis estabelecidos para a melhoria do desempenho energético e o plano de ação elaborado para o seu cumprimento.

Com relação aos aspectos legais e demais requisitos aos quais a organização encontra-se subordinada em razão dos diversos usos da energia em seus processos e instalações, o planejamento energético deve assegurar que estes foram devidamente contemplados no estabelecimento, na implantação e na manutenção do sistema de gestão da energia. Já o diagnóstico energético deve promover uma análise dos usos da energia a partir do registro de parâmetros medidos e/ou estimados, identificando as atuais fontes energéticas, bem como fornecer uma avaliação dos usos das energias e de seu consumo, correlacionando passado versus presente e estimando os usos e consumos futuros. De posse dessas informações, é possível, assim, identificar as instalações, equipamentos, sistemas e/ou o comportamento de colaboradores, além de outras variáveis relevantes, que afetem significativamente o uso ou o consumo dos insumos energéticos. É, ainda, facilmente quantificável o desempenho energético atual dessas instalações, equipamentos, sistemas e processos e a sua relevância em termos de uso e consumo energético para a organização.

O diagnóstico energético deve, também, identificar, priorizar e registrar todas as oportunidades para a otimização do desempenho energético da organização, inclusive, onde aplicável, as fontes energéticas potenciais e a possibilidade de utilização de energias alternativas e o uso de fontes energéticas renováveis. Por sua relevância para o planejamento energético, o diagnóstico energético deve ser, necessariamente, elaborado, registrado e mantido pela organização, assim como atualizado em intervalos regulares de tempo ou sempre que sejam implementadas grandes mudanças nas instalações, equipamentos, sistemas ou processos.

A avaliação dos resultados alcançados com as ações de otimização do desempenho energético apenas será possível se houver um conjunto de parâmetros-base para referência dos usos e consumos energéticos em momento ulterior à sua implementação. Dessa forma, o planejamento energético não pode prescindir de tal informação e, tampouco, pode abster-se de acompanhá-la e registrá-la em uma linha do tempo, correlacionando-a com cada ação executada. Para tanto, um conjunto de indicadores de performance deve, ainda, ser identificado para monitoramento e medição do desempenho energético.

Por fim, o planejamento energético deve estabelecer objetivos e metas consistentes com a política energética, que sejam, ainda, tangíveis e quantificáveis através de medições. O plano de ação deve ser consistente com os objetivos e metas e apresentar, de forma clara e objetiva, a designação de responsabilidades, os prazos e meios a serem empregados para o cumprimento individual das metas, a forma como a melhora no desempenho energético será verificada e o método a ser empregado para a verificação dos resultados.



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