Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Simplesmente... renascer em ti em cada amanhecer!


Por Roberto Ramos

Minha Amada,

...(Ir) para o Além não há empenho, posterga-o, pois, já é meu lar, de onde venho. Para além, há somente uma solidão árida... sem cor! Para além, há marcos que transbordam velhas cicatrizes de dor.

(...)

Nesse meu deserto sôfrego, pedras se movem ao acaso, apenas meu coração quebra o silêncio... me recuso crer!

Folhas rasgadas e pisoteadas encontradas pelas longas jornadas foi meu alento. Alimento d´alma e esperança, em fio. Exalavam perfumados aromas de amor... me fazendo respirar vida e sentir novamente o pulsar do cerne.

Neste manto branco de pétalas ao chão, pequenos fragmentos perdidos do teu âmago, formaram-se caminhos (...) Agora, aqui vieram me deixar, rasgada pelo destino... Segurar minha mão nessa escuridão!? Pois, caminhei sem certezas lançando-me em teu vasto oceano de sonhos, e minhas expectativas incertas... Leio Poesias melódicas feitas a tua imagem. Em meio a tudo, há verdade e nela me afogo.

Abriste a porta porque meu coração bate. Abriste a porta e meu coração congelou... Vislumbro tamanha Musa, que nem o amor comporta. Amor e beleza externando luz e vida por onde alcança seus raios áureos de menina flor.

Ah... Como é maravilhosa essa fonte renovar meu sangue. Sentir o calor percorrer minhas veias... Meu coração bate tão forte que empurra o vento em tua direção... Sim! É parte de mim, soprando tua face onde nasce a beleza. Meu coração pulsante, vibra e vibra notas entre notas musicais que só o silêncio dança numa valsa juliética...

O transformar não existe, pois, já és... Mais feminina impossível, perfeição é teu nome. Teu ser é a própria essência Mulher... perfume fatal! Apenas teu âmago reclama-te teu eu. Aceita! Teu obstinado íntimo suplica meu néctar a matar tua ressequida sede. O inevitável por vir ... E tu nada pode contra o implacável destino!

Olha de novo... E de novo... Mais uma vez! Vê!? Tu és tão bela que tua nudez peca. Formosura que meus olhos não merecem... Sou pecador porque mortal. Sou pecador ao ler-te. Acertando teu olhar, então, pergunto, minha Amada: - (...) como tê-la em mim, senão em sonhos poéticos?... Os selos que há clamor e suplicas da minh´alma são suspensos babilônicos de jardins do éden.

Damasco teu precioso segredo, agora juntam-se aos meus, nossas custódias. Tua fonte eterna de amor, tua trilha sedenta, onde o ciúme é apenas um capricho para meu ego numa perfídia alucinógena do irreal.

Me curvo diante a porta aberta...

(...)

Suplico teu grito. Sou a chave desse calabouço valsal... Delicado, doce, envolvente, erudito som que exala teu íntimo cheiro... Embriaga-me! Na tua leveza, guio-te sobre pétalas onde não há chão... Derrama teus encantos nesse bailar, teu sublime resplandecedor e ofusca o sol... alimenta meu viço ser.

É como tocar teu corpo desnudo, é como tocar tua alma, teu espírito... Ler tua poesia. Minha bela Musa, minha menina Poetisa... Ler-me agora e sinta meu calor afago. Meu pulsar em teu âmago flor. Tuas pétalas transbordam mel que me alimenta... Sente teu sabor em minha boca, decorosa de sedentos e sonoros... SIM!

Na escuridão que a noite esconde, a lua me resgata... Mas sei que és tu. Teu brilho cósmico vem refletido nela e toca-me. Ergue-me. Me segura firme num aperto, num abraço demorado e afável... tempo, te suplico agora, acorrenta os ponteiros... Eu preciso, necessito dessa eterna e colossal paz, transbordando gritos de... (...) Amooor! Beijo... sufoca-me... deixa-me escapar todo ar! O suspiro vem a galope na trama vival desse ato a bailar.

Furacão enfurecido de outrora, pois, espinhos transpassaram meu peito num açoite vil... Covarde! Faz-me brisa de verão nesse inverno, como sentimentos quentes que aquecem frios abismos, a brisa de inverno nesse verão... Conforto que afaga teu calor intenso. Sou domado pelo teu olhar, teu cheiro, tuas curvas sinuosas e sorriso esfuziante... Liberta-me dessa dor.

Vivia a muito na escuridão, num deserto ensolarado onde não há sombras... Agora... Não sei mais como viver nesse clarão de amor... Ensina-me a caminhar novamente. Ensina-me a viver... Porque renasço a cada movimento letral nesse oceano infinito de vida, infundindo em meu cerne o pulsar lunar das marés... Vai e vem... Idas e vindas... Aspirar e respirar... Quando bate o coração viril, sinto o puxar e empurrar em meu peito, todo esse amor queimando minhas veias contaminadas pelo tempo.

Beleza nobre, cartilha rica, letras suaves, palavras cultas... Teu ser. Neste mundo sou aprendiz e teu servo, pois, há tempos logro fitar tais crepúsculos... Há tempos sofro em perfídias, são sombras negras nessa insolação. E tu? Dizes-me tu agora? Quero fechar meus olhos diante de ti... Mas não quero sentir adagas brasais perfurar-me, de encontro ao peito. Quero apenas relaxar em teus eternos deleites, acalmar minh´alma e respirar teu ser.

Apenas responde-me com teu toque, mareia murmúrios onde meu cerne pulsa por ti... E faz-se amanhecer!

Beijos mil!

Roberto Ramos


This post first appeared on TECHWARE BRASIL, please read the originial post: here

Share the post

Simplesmente... renascer em ti em cada amanhecer!

×

Subscribe to Techware Brasil

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×