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Jo sémen tira

                                                                                                                                                                                                      Por Dan Cilva


Contei-me aos outros como sendo um bom moço, bom, muito bom. Era difícil esconder meu rosto por baixo da carne fria da mentira. José dizia que com o tempo e dedicação eu poderia enganar qualquer um e que aí residia o verdadeiro poder dos homens. 


José me disse que mentir faz bem, você não se expõe e tudo pode acontecer no largo espaço da Mentira. Enquanto vivesse com José eu deveria mentir sobre qualquer coisa e muitas vezes José se tornava repetitivo: Nenhuma forma de Verdade é perdoada, nem meia verdade, a omissão, nem mesmo a minha versão da verdade era aceitável. 

"A verdade não te cai bem!"

Uma vez contei para uma velha que seu marido havia morrido naquela manhã, não deu outra,a frágil senhora definhou de tristeza e ao fim da tarde, quando seu marido também velho chegou em casa, viu o corpo frio de sua delicada mulher morta, consequentemente, pelo choque, o idoso também obtou.

Foi uma verdade prematura ou uma mentira disfarçada de verdade?

Faz tanto tempo que nem sei mais. 
Hoje com trinta e poucos, José ainda caminha a minha sombrame vigiando. 
Quer saber se me tornei um mentiroso verdadeiro ou uma verdadeira farsa. 






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