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Pode me ouvir?

Por Dan Cilva


Se ha alguém desencarnado vagando entre nos, manifeste-se!

Quando um ente querido morre e o desespero nos bate a porta da razão, tudo o que resta é uma imersão insone, maldita....

Faz três meses que a Morte levou minha irmã mais nova. Este evento principiou a ruína da minha família, pois logo em seguida meu pai foi internado as pressas em uma clinica para doentes mentais constatado com profundo delírio. 

Não consegui manter minha mãe que por sua vez, sofreu uma overdose de tranquilizantes que usava para matar sua mente e sanar a dor mesmo que por algumas horas.

Já não durmo mais e a vida, esta não me é mais desejosa.

Irmã? Pode me ouvir? Pode me enxergar?

Nessa altura dos fatos, meu corpo é uma sombra pálida da saúde que gozava. Traga-me uma luz, irmã. Qual maldição assolou essa família e destruiu sonhos?

Pode me ouvir? Irmão?
Pode me ver, irmã?

Não há paz na morte, não na minha vida, não entre os meus.

O fim chega como uma pedra sobre o peito e o ultimo som em meus ouvidos é o som do monitor cardíaco em sua linha reta e continua de morte.

Todos estão ao redor da cama, eu me vejo com a sonda em meu nariz, a enfermeira cobre lentamente meu rosto com um lençol branco apos registrar a hora do óbito, todos pranteiam...

Pode me ouvir?





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