Por Daniel da Silva
Penosa era a solidão que roubava do meu seio aquela que amo e Nunca encontrei.
Prostrado estava a resistir da violenta tempestade que incessante, enfeitava a dor de viver sem você.
Teodoro era meu nome desde que me lembrava.
Meus pais nunca perguntaram o que de errado havia comigo.
Quieto, sem gosto pelos deleites da infância, a única beleza que vivia era o luar e a companhia das estrelas.
Nesta noite, meus corpo tremia, com a possibilidade de não mais vê-la e com isso me contorcia no leito sem conseguir prantear e tal dor engasgada tornava-me desejoso o sono eterno.
O que eu não derramava, os céus choravam por mim. Eu era jovem mas pela dor, definhava como um idoso.
Em meio ao assovio da tempestade, ela surgiu , flutuando sobre meu leito.
Tudo em volta ficou mais claro. Eu sentia o calor aconchegante do seu sorriso. Aos poucos, era como se eu levita-se também.
Ousei tocar sua mão e fui presenteado com seu carinho.
Puxei-a para Junto de mim como promessa de nunca abandonar, de nunca esquece-la.
Enrubesci quando o rosto da estrela tocou o meu. Pudera aquele momento não ter fim.
As lágrimas deslizavam por minha face enquanto eu a sentia viva junto ao meu peito.
Meu coração batia como que abrindo espaço desesperadamente para encontrar o dela.
A luz que projetava de seu corpo não deixava rastro de sombra e a medida que se intensificava, a estrela ficava mais leve.
O ser de luz sumia diante dos meus olhos. Eu tentei gritar mas não havia palavras que pudessem urrar o que eu sentia.
Delicadamente, a estrela acariciou meus rosto, soterrou-me com a paz de seu beijo e disse junto ao ouvido.
-Para sempre.
Da mesma forma que veio, sem explicação desapareceu e levou consigo meu coração.
Termino esta carta descrita com esperança.
Tornei-me cosmonauta e amanhã vou rever o único amor que tive.
Sinto saudades.
