Carregou consigo uma nobreza atrelada a simplicidade,
Ainda que nem sempre a demonstrasse,
Todos reconheciam nele a presença do contraste.
Todos reconheciam nele a presença do contraste.
Mesmo quando a tristeza, insistente companheira,
Ocupava seu espaço e papel, potente e derradeiro...
Divertia a si e aos outros com juvenis brincadeiras.
Divertia a si e aos outros com juvenis brincadeiras.
Tinha conhecimento de que já cabia em si um novo sentimento,
Num espaço a Ser Preenchido, tratou de colocar esperança solar.
Esta, desejou, logo daria lugar a algo bom, trazido pelo vento de algum lugar.
Brincou olhando no espelho,
Seu reflexo ostentava um sorriso bobo com sutil safadeza.
Lembrava da plateia que sorria de suas brincadeiras.
A pasta branca que cobria a pele envelhecida,
Escondia tudo aquilo que não deveria aparecer.
Era como se a velhice não conseguisse o envelhecer.
Depois, o entorno dos olhos ganhavam cores vivas.
A boca ganhava contorno vermelho, acentuando a alegria.
Uma peruca colorida escondendo a calvície dava-lhe harmonia.
Num dia qualquer de espetáculo,
Tudo aconteceu como o esperado
Despediu-se curvando e reverenciando a plateia, já aliviado.
Olhou para um garotinho que sorria e saltitava.
Era mais efusivo que os demais que ali estavam.
Como estava próximo, piscou para o menino... Era o faltava.
Num súbito movimento o garoto pulou para dentro do picadeiro.
Abraçou o velho palhaço que retribuiu o carinho,
Carregando o menino todo faceiro.
Deixaram o picadeiro juntos, aplaudidos pela multidão,
Atrás, na coxia um homem de olhos lacrimejados os esperava.
Quando o palhaço o viu sentiu percorrer pelo o corpo um grande calafrio.
"- Pai este é seu neto!"
Disse o homem apontando para o menino inquieto.
O velho palhaço abraçou e carregou o menino esperto.
Não há mágoa que não possa ser dissolvida, transformando-se em esperança.
Não há dores que diluídas não possam ser superadas com confiança.
O palhaço já sabia disso, mas quem aprendeu sobre perdão, foi a pequena criança.
Um pai e um filho que há muito não se falavam,
Engoliram as diferenças e as rusgas que trocaram.
Um ser pequeno no tamanho, mas gigante na nobreza, extinguiu a tristeza.
No fim, o palhaço, pai e agora avô, estava certo
Sobre o espaço para o novo sentimento.
Havia um lugar em seu peito aguardando ser preenchido a qualquer momento.
Tudo em si estava repleto.
O velho palhaço sentia-se completo.
O espaço que tinhas para um novo sentimento, fora preenchido pelo amor de neto.
Além de tudo, o menino restaurou o equilíbrio familiar.
O elo rompido veio a se restaurar.
Hoje o palhaço faz sorrir, mas também permite se alegrar.
Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
11.04.2016.
09:51h.
Esta, desejou, logo daria lugar a algo bom, trazido pelo vento de algum lugar.
Brincou olhando no espelho,
Seu reflexo ostentava um sorriso bobo com sutil safadeza.
Lembrava da plateia que sorria de suas brincadeiras.
A pasta branca que cobria a pele envelhecida,
Escondia tudo aquilo que não deveria aparecer.
Era como se a velhice não conseguisse o envelhecer.
Depois, o entorno dos olhos ganhavam cores vivas.
A boca ganhava contorno vermelho, acentuando a alegria.
Uma peruca colorida escondendo a calvície dava-lhe harmonia.
Num dia qualquer de espetáculo,
Tudo aconteceu como o esperado
Despediu-se curvando e reverenciando a plateia, já aliviado.
Olhou para um garotinho que sorria e saltitava.
Era mais efusivo que os demais que ali estavam.
Como estava próximo, piscou para o menino... Era o faltava.
Num súbito movimento o garoto pulou para dentro do picadeiro.
Abraçou o velho palhaço que retribuiu o carinho,
Carregando o menino todo faceiro.
Deixaram o picadeiro juntos, aplaudidos pela multidão,
Atrás, na coxia um homem de olhos lacrimejados os esperava.
Quando o palhaço o viu sentiu percorrer pelo o corpo um grande calafrio.
"- Pai este é seu neto!"
Disse o homem apontando para o menino inquieto.
O velho palhaço abraçou e carregou o menino esperto.
Não há mágoa que não possa ser dissolvida, transformando-se em esperança.
Não há dores que diluídas não possam ser superadas com confiança.
O palhaço já sabia disso, mas quem aprendeu sobre perdão, foi a pequena criança.
Um pai e um filho que há muito não se falavam,
Engoliram as diferenças e as rusgas que trocaram.
Um ser pequeno no tamanho, mas gigante na nobreza, extinguiu a tristeza.
No fim, o palhaço, pai e agora avô, estava certo
Sobre o espaço para o novo sentimento.
Havia um lugar em seu peito aguardando ser preenchido a qualquer momento.
Tudo em si estava repleto.
O velho palhaço sentia-se completo.
O espaço que tinhas para um novo sentimento, fora preenchido pelo amor de neto.
Além de tudo, o menino restaurou o equilíbrio familiar.
O elo rompido veio a se restaurar.
Hoje o palhaço faz sorrir, mas também permite se alegrar.
Silvio A. C. Francisco
Charqueada / SP
11.04.2016.
09:51h.
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