Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Desencanto - Manuel Bandeira






Eu faço Versos como quem chora

De desalento... de desencanto...

Fecha o meu livro, se por agora

Não tens motivo nenhum de pranto.




Meu verso é sangue. Volúpia ardente...

Tristeza esparsa... remorso vão...

Dói-me nas veias. Amargo e quente,

Cai, Gota a gota, do coração.




E nestes versos de angústia rouca

Assim dos lábios a vida corre,

Deixando um acre sabor na boca.




- Eu faço versos como quem morre.


This post first appeared on Um Teto Só Meu, please read the originial post: here

Share the post

Desencanto - Manuel Bandeira

×

Subscribe to Um Teto Só Meu

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×