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Resenha: Cidades de Papel por John Green

Li somente dois livros de John Green (adivinhem qual foi o outro?!) e o que me chamou atenção foi a simplicidade na escrita e a forma como ele aborda temas diversos. A personalidade dos seus personagens também é uma característica marcante nos seus livros, eles sempre tem características singulares de alguma maneira. Com Cidades de Papel não foi diferente, os seus personagens conseguiram conquistar o meu coração e eu acabei amando este livro.

Sinopse: O adolescente Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnifica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele é claro, aceita.
Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que paradeiro da sempre enigmática Margo tornou-se um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais distancia da imagem da garota que ele pensava conhecer.

Quentim é um adolescente como qualquer outro, com duvidas e expectativas que todos nós temos, principalmente pelo momento decisivo que ele está passando na vida dele. Então é um personagem que a maioria das pessoas conseguem se identificar e muito fácil de se gostar. Já Margo é literalmente louca, serio é muito louca, e bastante egocêntrica. Não posso culpá-la, acredito que seja parte da personalidade do personagem querer e ser o centro do mundo. Ela é a garota popular da escola, bonita, inteligente e instigante. Características que fazem com que Quentim faça  quase tudo por ela, afinal ele tem uma super queda pela Margo desde que se entende por gente. Na verdade ele tem uma queda por todo o mistério que Margo criou em torno de si mesma.

“Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensa que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um.” Quentim Jacobse, pág. 16, Cidades de Papel

Alguns fatores vão fazer com você não queira parar de ler o livro, o primeiro é que o autor consegue fazer com que você mergulhe no mistério de Margo. Você vai querer saber para aonde ela foi, qual a próxima pista e o que ela significa. Você vai querer decifrá-la assim como Quentim. E aos poucos você vai entrando na viagem que ela proporciona para ele, essa viagem misteriosa que faz com que ele mude drasticamente e perceba muitas facetas da vida. O segundo são os melhores amigos do Quentim, eles são MUITO engraçados! Ben ou Ben Mija Sangue é o nerd que quer ser aceito a todo custo, principalmente pelas meninas, e Radar tem os pais mais loucos do mundo, eles possuem a maior  coleção de ‘Papais Noéis’ negros do mundo. Podemos dizer que eles são os personagens que aliviam um pouco o peso da história e deixam tudo muito engraçado. Dei muitas risadas com eles!

Outro fator importante  é perceber a relação da história com o título “Cidades de Papel”. Você não vai descobrir a relação de cara, por tanto é necessário que você entre com tudo na história para entender qual o significado e o porque deste título. Percebi que é uma das características do John Green, livros com títulos super significativos dentro da história e que levam a grandes reflexões.

“Dou de ombros. Só quero me lembrar dela. Uma última vez, quero me lembrar dela enquanto ainda espero vê-la novamente.” Quentim Jacobse, pág. 332, Cidades de Papel

Eu recomendo muito essa leitura, mas não acho que seja um livro que agrade a todos. Eu de certa forma gostei da ambiguidade que existe entre Margo e Quentim e como eles se completam mesmo assim. E gostei da forma como os personagens secundários tem um papel importante na história e não ficam perdidos no meio do campinho. Muitas pessoas não gostaram do final do livro, mas eu achei que foi um final merecido e bastante realista. Talvez se fosse de outra forma o livro perderia um pouco do encanto e a própria personagem Margo perderia um pouco da sua personalidade.

“Aquilo tomou o restante do meu fim de semana: tentar encontrar Margo nos fragmentos do poema que ela havia deixado para mim. Eu não conseguia chegar a lugar algum com aqueles versos, mas mesmo assim continuava pensando neles, porque não queria decepciona-la. Ela queria que eu não perde-se o fio da meada, que eu achasse o lugar no qual ela esperava por mim, que eu seguisse a trilha de migalhas de pão até ela.” Quentim Jacobse, pág. 136, Cidades de Papel

É isso aí pessoal! Esta foi minha humilde resenha, deixem aqui nos comentários o acharam (o que deve melhorar e tudo mais). E se você já leu o livro o que achou e se não leu ainda leia!



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