Tyrion saiu da biblioteca, e do lado de fora encontrou Joffrey. O príncipe estava irritado com o barulho do lobo, e cogitou até matar o animal. Tyrion repreendeu o sobrinho, que também não havia ido ainda visitar o pequeno Stark. Tyrion ordenou ao príncipe que fosse naquele instante prestar suas condolências. Como Joffrey recusara o pedido, o anão esbofeteou o príncipe, que saiu correndo. Sandor Clegane, o Cão de Caça, disse que o príncipe se lembraria disso mais tarde. Tyrion respondeu que adoraria que o príncipe recordasse disso.

    Após isso, Tyrion foi até onde seus irmãos estavam tomando o café da manhã. Sua irmã o olhou com uma cara de desgosto, uma cara que o olhava assim desde o dia em que nascera. Tommem e Myrcella, filhos de Cersei, também estavam lá. Tommem estava lamentando o que tinha acontecendo com o seu amigo, e Tyrion observou que Tommem era uma pessoa muito melhor do que seu irmão.

    Eles estavam conversando sobre o que acontecera a Bran, e Tyrion falou que o menino poderia sobreviver. Cersei e Jaime trocaram um olhar que durou menos de um segundo, mas que Tyrion conseguiu captar.

    Após isso Tyrion declarou que estava indo para a Patrulha da Noite junto de Jon Snow e Benjen Stark, pois ele queria "subir ao topo da Muralha e mijar do limite do mundo". Após essa frase, Cersei e as crianças saíram. Jaime falou que se Bran fosse seu filho o mataria para evitar o sofrimento, pois a criança viraria uma aberração. Porém Tyrion respondeu: - Falando em nome das coisas grotescas - disse -, permito-me discordar. A morte é terrivelmente final, ao passo que a vida está cheia de possibilidades.

    Tyrion terminou a conversa desejando que o menino acordasse, pois queria muito ouvir o que o garoto tem a dizer. Jaime, que era a única pessoa que demonstrava um mínimo afeto a Tyrion, respondeu: - Tyrion, meu querido irmão - disse ele em tom sombrio -, há momentos em que você me dá motivo para duvidar de que lado esteja.

Everton Taveira