Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Resenha: O Poço da Ascensão - Brandon Sanderson


Título: O Poço da Ascensão
Original: The Well of Ascension
Série: Mistborn #2
Autor: Brandon Sanderson
Páginas: 720
Editora: LeYa (abril de 2015)

Sinopse: A queda do Império Final trouxe a esperança. E despertou mistérios assustadores. Numa sucessão de golpes de sorte, Elend Venture subiu ao trono de Luthadel, a principal cidade do Império Final. Nos meses que seguiram a queda do Senhor Soberano e a dissolução de seu governo, o novo rei revolucionou as relações entre os skaa – a classe social mais baixa – e os nobres, atraindo a atenção dos diversos governantes das outras partes do grande império. Dentro das muralhas de Luthadel, o perigo espreita de todos os lados. Assassinos de aluguel alomânticos ameaçam a vida do rei, a desconfiança generalizada faz a população temer pelos rumos da cidade e desejar o retorno do Senhor Soberano, e um inverno inclemente se aproxima. Elend, Vin e o bando de Kelsier tentam manter o controle a todo custo, mas os piores inimigos ainda estão por vir. Fora das muralhas, arma-se um cerco militar gigantesco. À frente dele, Straff Venture, o pai de Elend, um tirano cruel e desesperado pelo poder, busca invadir Luthadel. E ele não está sozinho. Reviravoltas e surpresas marcam este segundo volume da trilogia Mistborn - Nascidos da Bruma. O destino de todo o Império Final está envolto nas brumas, e apenas uma força sobrenatural será capaz de desvendar os mistérios que assolam seus habitantes.

Contém alguns spoilers do livro anterior.

O Poço da Ascensão era um dos livros que eu mais esperava ler em 2015 e cá estou eu, escrevendo essa resenha após terminar de desbravá-lo algumas horas atrás. Enfim, vamos ao que interessa.

Como visto no primeiro livro, O Império Final, a supremacia do Senhor Soberano chegou ao fim, logo após ser morto por Vin, no evento que ficou conhecido posteriormente como O Colapso. Kelsier também se foi em meio à essa luta, mas todos sabem os reais motivos de sua morte e a necessidade dela acontecer para que o povo skaa se rebelasse contra a tirania imposta pelo Império Final.

Quem está no comando agora é Elend Venture, o nobre que não larga a mão dos seus livros e ainda por cima apaixonou-se por Vin. Mas eles descobrirão que, mais difícil do que conquistar uma cidade, é mantê-la depois. Os skaas ainda sentem a falta de Kelsier, o Sobrevivente, e a sua gangue de ladrões também, já que era ele quem comandava todas as ações.

Além disso, tudo pode piorar de uma hora para outra, mesmo que isso pareça impossível.

Caos e instabilidade, a bruma era os dois. Sobre a terra havia um império, dentro daquele império havia uma dúzia de reinos fragmentados, dentro desses reinos ficavam cidades, vilas, vilarejos, fazendas. E, acima de todos eles, dentro deles, ao redor deles, estava a bruma. Era mais constante que o sol, pois não podia ser ocultada pelas nuvens. Era mais poderosa que as tempestades, pois sobrevivia a quaisquer fúrias climáticas. Sempre estava lá. Mutável, mas eterna.

Diversos rumores sobre o comportamento das brumas começam a se espalhar por aí, como os que dizem que elas estão começando a cair durante o dia e atacando pessoas. Forças sobrenaturais parecem estar por trás disso, e resta a Vin e cia. aprender como lidar com as consequências.

Exércitos começam a aparecer ao redor de Luthadel para tentar tomá-la, visto que agora a instabilidade política é grande. Um desses exércitos é comandado por Straff Venture, pai do próprio Elend, que conta com uma carta na manga para conseguir o deseja: um Nascido da Bruma.

Outro dele é comandado por Cett, outro nobre que está querendo ficar com a cidade de Luthadel.

Já o terceiro exército está sob comando de um conhecido de Elend Venture e conta com alguns guerreiros muito singulares: koloss. Criaturas que estavam sob o comando do antigo Senhor Soberano e que possuem diversas formas, desde uma mais simples, parecida com os humanos normais, até uma forma gigantesca, de quase 4 metros de altura, olhos avermelhados, com espadas monstruosas às costas e possuidoras de uma pele azul totalmente esticada a ponto de se romper em várias partes. Quanto maior o koloss, maior o problema enfrentado pelo inimigo. Como alguém consegue controlar um exército desse tipo? Só lendo para descobrir a resposta...


Aliás, teve uma só coisinha que me incomodou (levemente) durante a leitura: o mimimi exagerado da Vin e do Elend em alguns momentos da narrativa. Parecia coisa de adolescente!! Um achava que o outro não o merecia por ser bom demais, o outro achava que precisava de alguém melhor, e assim por diante. Enfim, coisas desse tipo, mas nada a ponto de estragar o andamento das coisas. Acho que o Brandon se utilizou disso mais pra desenvolver o relacionamento de ambos, tornando essas partes um pouco "necessárias" para entendermos melhor o contexto.

Aproveitando o embalo dos "incômodos", faltou a LeYa caprichar um pouquinho mais na revisão. Dezenas de palavras escritas de forma errada, parece até que não tomaram todo o cuidado necessário pra uma obra desse nível. Obra essa que demorou mais de 1 ano pra ser lançada, por sinal. Vamos acelerar isso aí, queremos o 3º livro logo!

Não posso esquecer de comentar também sobre o desenvolvimento do Elend em outro aspecto: a parte política. Agora que é o rei, suas atitudes deverão mudar, não podendo depender só dos livros para fazer o que precisa. Achei essa questão bem aproveitada durante a narrativa, com vários personagens sendo introduzidos e tornando-se importantes para o reinado do nobre Venture.

Outro ponto que ganhou bastante destaque nessa obra é a noção cada vez mais aprofundada que a Vin tem dos seus próprios poderes, que parecem ser ilimitados. De uma simples ladra das ruas até se tornar uma poderosa Nascida da Bruma, Vin cada vez mais aprende que, para uma Mistborn, não existem limites. Ainda mais quando ameaçam os que estão do seu lado.

"- Ele ameaçou tudo que amo - ela sussurrou. - Logo ele saberá que existe algo neste mundo mais mortal que seus assassinos. Algo mais poderoso que seu exército. Algo mais aterrorizante que o próprio Senhor Soberano. E eu estou indo buscá-lo."

Ah, aproveitando a imagem, finalmente descobri o porquê dessas espadinhas gigantescas que eu via toda hora nas fan arts espalhadas por aí. São de dar medo, literalmente! Sem contar o estrago que as coitadinhas podem fazer nas mãos de uma alomântica poderosa como Vin.

Explicando um pouco o título da obra, o tal Poço da Ascensão refere-se a um local que, segundo as lendas, foi onde o Senhor Soberano adquiriu os seus poderes e, ao invés de renunciá-los para o bem da humanidade, resolveu aproveitar-se deles para escravizar todo mundo e assim ficar no poder.

As primeiras partes do livro são um pouco mais lentas, devido às intrigas decorrentes do golpe de estado realizado pela equipe do Kelsier, digamos assim, já as partes finais são mais aceleradas, bem ao estilo do Brandon Sanderson, trazendo o que ele tem de melhor para essa obra.

O Poço da Ascensão é um livro essencialmente político, focado na disputa pelo poder e nas tramas por trás disso. Mesmo que isso torne a leitura um pouquinho mais lenta, me vi voando nas páginas finais, de tanta coisa alucinante acontecendo ao mesmo tempo, tantos segredos sendo revelados e novas perspectivas sendo apresentadas. Leitura obrigatória para os fãs da série, não perca seu tempo, avive logo o seu peltre e vá correndo até a livraria mais próxima da sua casa.

Avaliação final:

Mistborn: 

1º livro - O Império Final
2º livro - O Poço da Ascensão
3º livro - The Hero of Ages (sem previsão de lançamento)


This post first appeared on Desbravando Livros, please read the originial post: here

Share the post

Resenha: O Poço da Ascensão - Brandon Sanderson

×

Subscribe to Desbravando Livros

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×