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Resenha: Os Senhores do Arco - Conn Iggulden


Título: Os Senhores do Arco
Original: Lords of the Bow
Série: O Conquistador/Conqueror #2
Autor: Conn Iggulden
Páginas: 420
Editora: Record (2009)

Sinopse: O grande Khan nasceu nas planícies da Ásia Central para unir as tribos mongóis divididas pela guerra. O maior dos guerreiros deseja criar uma nova nação nas planícies e montanhas da Mongólia. E contará com Seus irmãos Kachiun e Khasar para conquistar as ricas cidades do império Jin. E seus valentes e disciplinados guerreiros. Para atingir seus objetivos, ele precisa destruir o antigo inimigo, que manteve seu povo dividido, atacar suas fortalezas e cidades muradas e encontrar uma maneira de combatê-lo, enquanto lida com seus generais indomáveis, irmãos ambiciosos e os filhos crescendo.

Alguns meses após ter lido O Lobo das Planícies, primeiro livro dessa série do Conn Iggulden, consegui encaixar Os Senhores do Arco na lista infinita de leitura e afirmo: deveria ter lido antes!

Esse segundo volume começa alguns anos após o anterior, quando Temujin havia acabado de se anunciar como Genghis e começado a juntar as tribos em prol de um objetivo maior. Liderados por Genghis e seus homens de confiança, mais de 70.000 guerreiros mongóis atravessam o árido Deserto de Gobi em direção às terras chinesas, buscando vingança total contra os seus inimigos do passado.

E é nessa hora que a figura de Genghis faz uma tremenda diferença. Historicamente rivais, a maioria das tribos mongóis ainda possuem as suas desavenças, criando alguns conflitos aqui e ali que precisam ser resolvidos com a audácia e implacabilidade do grande khan. Um homem que não tolera traições, que fará de tudo para proteger seu povo e a sua ideia de uma nação mongol unida.

“Behold a people shall come from the north, and a great nation. They shall hold the bow and the lance; they are cruel and will not show mercy; their voice shall roar like the sea, and they shall ride upon horses every one put in array, like a man to the battle.”
“It is done. We are a nation and we will ride. Tonight, let no man think of his tribe and mourn. We are a greater family and all lands are ours to take.”

O discurso de Genghis Khan para os seus comandados no começo do livro é algo digno de se citar, acredito que todo leitor se arrepiará lendo as palavras do conquistador e a confiança que ele tem.

Nessa sequência, finalmente percebemos a importância do arco para as estratégias dos mongóis. Os guerreiros montados a cavalo, que aprendem a ficar firmes na sela e usar o arco mortalmente desde que são crianças, tornam-se uma força brutal nas fileiras do exército de Genghis, estraçalhando os inimigos mais fracos e que ainda não aprenderam a combater a eficácia da cavalaria mongol o suficiente para fazer frente ao avanço de Genghis. Cidade após cidade, os mongóis começam a devastar o território chinês e só param ao avistar Yenking (atual Pequim), uma cidade com muralhas grossas e altíssimas, tornando-se um obstáculo de peso para a nação mongol.

O inverno também está ali para atrapalhar e adiar um pouco o avanço dos mongóis, mas um plano de Genghis pode garantir uma vitória na Boca do Texugo, um desfiladeiro cercado dos dois lados por montanhas altíssimas e incapazes de ser escaladas, segundos os chineses. E é exatamente lá que os dois exércitos travarão uma batalha ferrenha, com algumas consequências para ambos os lados.


Focando um pouquinho mais nos dramas familiares de Genghis, percebemos também o seu escárnio com Jochi, filho mais velho e que parece não ser seu, fruto de um estupro que sua esposa Borte sofreu quando foi capturada pelos tártaros, que acabaram sendo dizimados pela fúria de Genghis.

Também deu pra perceber um leve toque "sobrenatural" nesse segundo volume de O Conquistador, com alguns shamans aparecendo e dando o seu toque de magia negra na trama, conquistando poder em meio à grande tribo e deixando alguns guerreiros apreensivos com o seu súbito crescimento. 

Genghis Khan está se tornando um dos meus personagens preferidos, e eu temo pelo dia que lerei as páginas dos próximos livros e terei que dar adeus a esse visionário. Os traumas de seu passado estão sempre presentes, principalmente o momento em que ele e Kachiun (na vida real foi Khasar) se juntaram para matar Bekter, o irmão mais velho que estava roubando comida da família e deixando-os passar fome. Vocês já pararam para imaginar a força de espírito que alguém precisa ter para fazer isso? Matar o próprio irmão! São atitudes como essa que moldaram a personalidade forte de Genghis e o fizeram ser conhecido até hoje como o maior conquistador de toda a História.


“What is the purpose of life if not to conquer? To steal women and land? I would rather be here and see this than live out my life in peace.”

Uma narrativa que é praticamente impossível não gostar, cheia de momentos tensos e frases impactantes, sem contar que Genghis Khan é um personagem fora de série, temido e impiedoso, mas cruel apenas com seus inimigos. Essa é uma daquelas séries que eu certamente lerei até o fim!

Avaliação final:

O Conquistador:

1º livro - O Lobo das Planícies
2º livro - Os Senhores do Arco
3º livro - Os Ossos das Colinas
4º livro - Império da Prata
5º livro - Conquistador


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