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SOBRE RELACIONAMENTOS

Eu nunca tive um namoro que durasse mais de 100 dias. Sempre tive a convicção de que quando ultrapasse a marca dos 3 meses é porque havia encontrado a pessoa com quem me casaria. E foi assim que aconteceu.

Mas, antes que você pense que este será um texto romântico, digo que esse sentimento não tem nenhuma relação com algo passional, nem mesmo com aquilo que chamam de “encontrar o amor da vida”.

Trata-se de pura implicância. Eu sou uma pessoa muito chata e 100 dias são mais que suficientes para eu listar (e potencializar) todos os comportamentos que me irritam em uma pessoa. Ou seja, uma risada estranha ou um posicionamento político diferente do meu, serviam de motivos para esfriar o namoro.

Eu sempre me apaixonei facilmente. Durante minha vida escolar, a cada bimestre estava perdidamente apaixonado por uma garota diferente. E, na maioria das vezes, elas nunca chegaram a ficar sabendo disso.

Eu conseguia a proeza de sofrer com as atitudes de alguém que não fazia a menor ideia que estava me magoando. Aquele relacionamento só existia em minha cabeça, portanto, inevitavelmente eu era o único que poderia sofrer com aquilo.

Depois de muitas frustrações, decidi ser sincero em meus relacionamentos. E a primeira coisa que fiz foi deixar de tentar ser aquele namorado que todo mundo queria ter. Nada de máscaras do tipo assistir um filme ruim sem reclamar só para não queimar o filme com a outra pessoa.

Assumi minhas chatices e expus para o mundo. Coincidência ou não, a primeira namorada que conheceu o meu “eu” mais honesto, também foi a mesma a conseguir ultrapassar a tal marca dos cem dias.

Casamos e dividimos o sofá da sala todas as noites para assistir séries na Netflix.

O fato é que não existe mágica. As coisas acontecerão naturalmente e você precisa ter consciência de que as pessoas não mudam suas essências. Ou seja, é sua decisão aceitar ou não os defeitos de alguém.

Mergulhar em um relacionamento que não te faz bem na esperança de que as coisas vão melhorar um dia ou que você pode “consertar” a outra pessoa, além de ser muita ingenuidade, é de uma prepotência absurda.

Com tantas pessoas no mundo, com diversas características e pensamentos, por que escolher alguém que precisa ser moldado para encaixar nos seus gostos? Deixe de ser egoísta e vá procurar uma companhia melhor para você.

Ninguém tem o direito de interferir na vida de outra pessoa a fim de mudá-la para sua conveniência. Com certeza existirá alguém que se enquadre mais em seu “modelo ideal” de companhia, então, que tal parar de dar murro em ponta de faca?

Outro grande problema – talvez seja o pior – é quando acontece o oposto do que relatei nos parágrafos anteriores: A própria pessoa se considera o problema da relação. Acha que não é boa o suficiente para alguém e, por conta disso, vive mudando de gostos, opiniões e comportamentos para se adequar aos caprichos do atual companheiro.

Nesse caso, a melhor coisa é deixar de se preocupar com o que os outros pensam. Principalmente aqueles que não fazem parte do relacionamento, mas, vivem dizendo o que dá certo ou errado.

Acontece que não existem experts nesse assunto, muito menos uma receita mágica para felicidade. É importante saber que ninguém é tão feliz quanto demonstra ser e que existem vários tipos de relacionamento, logo, não faz nenhum sentido achar que o aquilo que não deu certo para um, não vai dar certo para ninguém. E vice e versa.

É necessário se desprender das amarras culturais que, às vezes, nos obrigam a trilhar caminhos que não são os nossos. Muitas vezes não percebemos que nossa felicidade estará em um relacionamento aberto, onde a companhia e o sentimento são mais importantes do que a sensação de segurança que uma provável exclusividade pode proporcionar.

Pior que um simples tabu como esse é quando a dificuldade está em aceitar que você não nasceu para gostar de namorar aquele determinado gênero, e aí entra numa relação artificial e nociva para todos os envolvidos.

Isso para ficar em apenas dois exemplos, de tantos casos que podem acontecer. Portanto, a principal dica para se ter um relacionamento saudável é, antes de tudo, se aceitar independentemente de qualquer coisa.

Parando de tentar ser aquilo que te falaram que era bom, as chances de encontrar alguém que combine com você são, indiscutivelmente, maiores. E quando isso acontecer, as coisas fluem com a naturalidade de uma amizade, sem a pressão de manter-se fiel ao personagem criado e com a diferença de poder fazer coisas que, normalmente, não são feitas com seus outros amigos.


Tagged: comportamento, relacionamento


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