Boa Tarde Leitores ! Como estão ? Espero que todos estejam bem !
Trago a resenha de um livro que me deixou muito impressionada com a história.
A história aborda duas Mulheres em diferentes que são obrigadas pelos costumes a compartilharem um destino de dor, sofrimento e opressão.
Ao conviver, até certa forma disputar espaço, em uma casa humilde com Duas Mulheres sendo esposa do mesmo homem intolerante, ríspido. As duas mulheres estão a determinado pontos unidas pelas circunstâncias.
Laila e Mariam, duas mulheres guerreiras, que enfrentam as dificuldades de ser mulher no Afeganistão. Com as perspectivas de vidas melhores, ambas sonham com um futuro onde as mulheres sejam muito mais que meros objetos para os homens, máquinas de realizarem desejos de maridos. Infelizmente, seus roteiros não são diferentes das demais mulheres do Afegãs, escondidas atrás de burgas, máquinas de reprodução humana, tábua de espancamentos.
Impossível conter as lágrimas ao imaginar o julgamento de Mariam, acusada de matar o marido em defesa da vida de outra mulher. A imagem da execução em um estádio é uma das cenas que mais me chocam.
Mariam viveu uma vida de sofrimento, filha de uma empregada doméstica com um rico empresário casado, uma "Harami" (uma bastarda), passa quinze anos da sua vida morando em uma tapera, perde a mãe que suicida-se, é forçada a casar com um homem trinta anos mais velho que ela, porque não podia viver na casa do pai com as três mulheres e os irmãos. A sorte não muda no casamento, pois as surras eram constantes, por motivos banais. O final feliz que era esperado não acontece, assim como nem sempre acontece na vida real. Mas em meio a tantos desalinhos, ao menos é amada por alguém, Laila e os filhos.
Para Laila o sofrimento inicia-se ao entrar no casamento, na verdade um pouco antes, ao perder os pais para a guerra. Apesar de apanhar muito, não dissipa suas esperanças de mudança, e pelo menos o seu final final feliz é encontrado, uma vida simples, ao lado do homem que sempre amou, cuidando dos filhos e fazendo caridade, transformando o mundo como era seu desejo de infância e almejada pelo pai.
É muito triste saber que Khaled, conhecedor do sofrimento das guerras no Afeganistão, já que deixou o país para fugir delas, descreve na ficção realidades da vida de pessoas reais. É indignante saber que mulheres passam por situações semelhantes a das personagens.
Assim como esperamos um final satisfatório em um livro, e também acreditamos em um mundo melhor um dia.
Uma história de submissão, luta e sacrifícios. Onde mulheres não tem direitos, onde parece impossível escolher o futuro e se deve aceitar o que vem. Vai nos emocionar e nos ensinar a dar valor a nossa liberdade.
