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Lá Vem Resenha - Notas de um Megalomaníaco Minimalista



Autor: Mateus Peleteiro
Editora: Giostri
Páginas: 83
Série: --/--
Sinopse: Uma novela, um romance, uma história de amor, ou um simples debate existencialista de caráter profundo e linguagem popular. São estas algumas das maneiras as quais pode ser denominada essa obra, que, na verdade, é muito mais que uma história, um relato, um desabafo. 
Uma história contada por um rapaz que discute sobre Tudo o que teme e lhe agrada, um relato sobre os seus egoísmos e suas formas de buscar a grandeza nas coisas mais simples, um desabafo aos ouvidos de uma moça que sorri e esbanja estilo enquanto tudo que deseja é perpetuar aquele momento.
Notas de um megalomaníaco minimalista é uma manifestação do Autor em torno das aflições contemporâneas e das suas próprias também. Ou, talvez, apenas um singelo registro do conjunto de inquietações de um mundo globalizado, sob a face de um rapaz e uma moça num dia ensolarado frente ao mar.

Hey amores! É sempre difícil falar sobre uma leitura em uma resenha. É sempre agradável poder dizer que um livro te encantou e te fez feliz, mesmo sendo difícil. Mas é quase impossível falar de um livro que te convida a pensar e em uma sentada só, te faz refletir sobre toda uma vida e o mundo em que se vive. 

Esse é meu primeiro contato com a escrita viciante e reflexiva do autor nacional Mateus Peleteiro. E já posso dizer, sou fã! Sabe aquela leitura que te prende, te fascina e te encanta, por motivos muito além do romance, cenários ou qualquer outra coisa que te cative nas obras contemporâneas? É o caso! 

Este sou eu, megalomaníaco, fissurado pela ideia
da grandeza e da imortalidade. Este sou eu, minima-
lista, buscando tudo isso na simplicidade da vida, e
nos detalhes que me fazem os olhos brilharem.

Em Notas de um Megalomaníaco Minimalista, conhecemos um rapaz extremamente introspectivo, que luta com sua própria mente cheia. O rapaz, que não nos conta seu nome, conhece a misteriosa Letícia em uma linda tarde ensolarada, onde ele sozinho, está apenas a observar a paisagem e pensar.

Letícia é uma incógnita. Inteligente, divertida, cheia de estilo e esbanjando simpatia, pode ser rapidamente confundida com uma personagem comum de histórias românticas. Mas a moça é a representação da intensidade. Devido a uma vida complicada e o sentimento de vazio deixado por alguns acontecimentos marcantes em sua vida, ela viaja sem rumo vivendo a vida de forma intensa. E nessa tarde, ela resolve fazer a diferença na vida do nosso protagonista.

O mundo é um círculo de injustiças cheio de bondade nas bordas.

Acho que o que mais gosto nesse livro, é o modo despretensioso como tudo acontece. Não há nada especial nas atitudes dos protagonistas, mas também não há nada de comum. No início, você até pode pensar que Letícia está sendo apenas gentil e puxando conversa com um estranho. Mas na verdade, creio, que essa mulher sabe exatamente cada passo que dá, cada coisa que diz, tudo milimetricamente bem organizado em sua mente ágil. Porém, ela tem a sutileza como sua aliada.

Muitos almejam a liberdade infinita o tempo inteiro, mas quando você tem, sente também uma incompletude, entende? Todos os objetivos que desejamos alcançar, eles nunca são exatamente o que queríamos quando alcançamos.

E assim, de forma sutil, porém, nada convencional, Letícia puxa conversa com o protagonista. Protagonista esse que pode representar tanto e tudo. Não tem como não se ver nele. Não tem como não se sentir como ele. E em algum momento, ser como ele. 

Quem sou eu para sopesar os defeitos e qualidades de outros indivíduos, sem saber pelo que passaram, tampouco o que os tornou quem são?

E uma das coisas que mais amei sobre essa história, é o fato do autor usar de metáforas em vários momentos para exemplificar os pensamentos dos protagonistas. Eu, como amante de metáforas, me vi no céu! rs. E diante de pensamentos e reflexões tão inteligentes, me senti inspirada por novas ideias.

O autor também utiliza de várias menções a filmes, como A Culpa é das Estrelas, e personalidades como John Lennon e Ghandi, para assuntar e exemplificar as teorias e pensamentos dos personagens. Nem preciso dizer que esse foi um detalhe que fez toda a diferença né? 

Eles não notaram Hazel Grace com vontade de viver intensamente os seus últimos dias, pois havia incrivelmente notado o que muitos sempre quiseram. Eles não notaram quando ela percebeu que não fazia sentido querer uma história para um futuro, já que tudo um dia teria um final, e nesse final, tudo iria se renovar, e nós nada mais seríamos. Ela queria viver o agora, só isso e nada mais.

Bom, Letícia e o Rapaz, passam a tarde e a noite a discutir sobre tudo e sobre nada. Assuntos supérfluos ganham um novo tom com as opiniões desses dois. Em vários momentos me vi revendo meus próprios conceitos. Concordando com um e discordando do outro. Concordando com os dois, mesmo que suas opiniões fossem divergentes. Discordando dos dois e dando minha própria opinião. Como veem, não tem como não se envolver e participar desse debate sobre a vida e a sociedade.

— É por isso que você sorri. Você não é tão diferente de mim. A diferença é que você sabe que as coisas são assim, carrega dores do mundo, e ainda assim sabe que a beleza está logo ali. Um sorriso no rosto é tudo o que nos separa.
— É o que nos encontra também. Quando eu me
sentei, você sorriu, acho que sabe tanto quanto eu que
a vida às vezes é bela.

E é disso que esse livro se trata. Uma crítica, uma conversa, um debate entre o leitor, Letícia e o protagonista misterioso, sobre a vida, o mundo, a política, a religião e a sociedade atual. O mais gostoso de tudo, é que o autor pincela toda sua história com romance e o reconhecimento entre duas almas pensadoras.  Um romance que logo de cara se vê fadado ao fracasso, mas que representa mais que uma vida inteira em apenas um dia. 

Encerro por aqui recomendando super essa leitura! Livro fluido, rápido e simplesmente contagiante. Você pensa nele por muitas horas depois de tê-lo terminado. E após essa leitura, tudo, é motivo de reflexão e pensamentos além da superfície. Uma crítica, uma poesia, um romance, uma história que te convida a pensar e repensar, em absolutamente tudo. 

Elas confundem Deus e o destino, essência e profissão. Por que não confundiriam o amor? Uma coisa de conceito tão amplo...

Espero que tenham gostado! Já leram? Querem ler? O que acharam? Deixo meu agradecimento especial ao autor pela gentileza de me conceder seu livro para leitura e a Cilene, que indicou o blog. 

Hey, não vá embora sem me contar o que achou! Sua opinião é super importante para mim. Ah, e não se esquece de se tornar um livreiro, seguindo o blog aqui do lado na sidebar e nas redes sociais! 😉


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Mil beijokas e até a próxima!! 💋👋


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