Por Dan Cilva
Minha esposa Amanda, é jornalista e aquela fome por estar sempre sabendo de tudo que acontece, por muitas vezes nos levou aos locais mais estranhos que você pode imaginar.
Meu nome é Roberto e estou gravando isso de um barracão. Para quem encontrar esse registro, saiba que no mundo nada é o que parece e que há recantos agrestes que permeiam apenas a mente criativa de algum insano.
Quando minha esposa me acordou a duas noites dizendo que tinha encontrado o furo da década eu deveria ter me preparado melhor. Escavar informações sobre Pedra do Candeeiro e tentar descobrir se no local havia alguma hospedaria ou borracharia. Verificar o step que lembro vagamente Amanda havia dito estar careca. Atentar-me as condições climáticas dos dias seguintes e a condição das estradas bem castigadas favoreceu o que nos levou até este momento incrível.
Quando minha esposa me acordou a duas noites dizendo que tinha encontrado o furo da década eu deveria ter me preparado melhor. Escavar informações sobre Pedra do Candeeiro e tentar descobrir se no local havia alguma hospedaria ou borracharia. Verificar o step que lembro vagamente Amanda havia dito estar careca. Atentar-me as condições climáticas dos dias seguintes e a condição das estradas bem castigadas favoreceu o que nos levou até este momento incrível.
Usar a palavra "incrível" nesta situação não é algo bom como na maioria das vezes que e usada e não reflete a gravidade do que está acontecendo nessa região.
Viajamos por horas até encontrar algum rastro de civilização. Era um pequeno rancho a beira da estrada, não haviam animais e o único som que se ouvia era do vento sobre a mata e as gordas gotas de Chuva a tamborilar no externo de nosso carro. Com as vastas nuvens preenchendo todo o céu de nuvens não era possível precisar a hora sem um relógio, tudo estava com aspecto de cinco horas da tarde. Paramos em frente ao portão principal do rancho de onde era possível ver a placa com o nome do local.
Sítio Boa Esperança não era um local tão acolhedor quanto seu nome mas mesmo assim pusemos as botas na lama e caminhamos debaixo de chuva até a porta da grande casa de madeira gasta.
Era composta com duas grandes janelas cobertas por cortinas desbotadas e um segundo andar com cômodos menores mas também possuindo janelas com as de baixo.
Procuramos pelo senhor Ademir, o suposto dono do local que havia nos ligado a respeito de fachos de luz que sombem da mata em direção ao céu em dias chuvosos como este.
Batemos a porta, ninguém atendeu. Rodeando a casa procurando talvez uma porta dos fundos aberta.
O som da água drenada de um poço nos fundos sendo despejada em um tipo de lago artificial trazia a tona um relaxamento até surreal principalmente ao encontrar o senhor Ademir de cócoras junto ao monte de água. Parecia estar com a mente longe e acariciar a superfície da água devia ser algo até tranquilizador.
"A chuva está levando todos eles "
As palavras daquele velho homem foram precurso do bizarro quando olhamos para a mata ao longe do sítio de onde subiam vapores luminecentes arrancando de nós um misto de espanto e inquietude.
Precisávamos ir até lá...