Por Dan Cilva
Bati a cabeça, foi assim que me convenceram de que tudo aquilo que eu lembrava era apenas uma forma de lidar com a morte de Flora, que minha filha era invenção do estresse que sofri ao perder o controle do carro em alta velocidade na rodovia molhada.
Faz Pouco mais de um mês e ainda posso lembrar do toque de sua pequena mão sobre meus ombros pedido para dar mais uma volta no cavalinho, é quando me entrego às lágrimas e tenho que tomar o remédio para o coração que o doutor indicou após minha alta no hospital.
O agente do seguro trouxe fotos detalhadas do estado do carro e das várias garrafas de cerveja vazias debaixo dos bancos. Perguntei das coisas de Flora. Como se minhas palavras não tivessem saído de minha boca fui ignorado e por mais que eu puco me importasse a conclusão do seguro caiu no meu colo. Sem cobertura...
Eu mudei, o mês mudou, o ano mudou... eu mudei.
Todos os meus trabalhos faço de Casa, da cama. As janelas pouco abro e sair de casa tornou-se extremamente raro. Sempre que vou ao mercado ou ao médico, sinto os olhares das pessoas que me conhecem e que falavam comigo que por alguma razão que não vem ao meu conhecimento acham que sou algum tipo de lunático.
Minha casa agora com poucos móveis e muita sujeira, fico sentado em uma almofada com um surrado notebook no colo, sou designer e em um determinado job que estava travado, parei um pouco para procrastinar pela web.
E você sabe... acabei passando em um desses sites pornos mais conhecidos...
Havia uma foto em um banner da minha pequena Flora...
Desculpe, eu não posso prosseguir...