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Eu li - Férias

Tags: rachel luke pois
Título: Férias
Original: Rachel's Holliday
Autor: Marian Keyes
Número de páginas: 560
Ano: 2009
Tradução: Heloisa Maria Leal
Editora: Bertrand Brasil

Rachel Walsh tem 27 anos e a grande mágoa de calçar 40. Ela namora Luke Costello, um homem que usa calças de couro justas. E é amiga - pode-se mesmo dizer muy amiga - de drogas. Até que a sua vida vai para o Claustro - a versão irlandesa da Clínica Betty Ford. Ela fica uma fera. Afinal, não é magra o bastante para ser uma toxicômana, certo? Mas, olhando para o lado positivo das coisas, esses centros de reabilitação são cheios de banheiras de hidromassagem, academia e artistas semifissurados (ao menos ela assim ouviu dizer). De mais a mais, bem que já está mesmo na hora de tirar umas feriazinhas. Rachel encontra mais homens de meia-idade usando suéteres marrons e sessões de terapia em grupo do que poderia supor a sua vã filosofia. E o pior é que parecem esperar que ela entre no esquema! Mas quem quer abrir as janelas da alma, quando a vista está longe de ser espetacular? Cheia de dor-de-cotovelo (o nome do cotovelo é Luke), ela busca salvação em Chris, um Homem com um Passado. Um homem que pode dar mais trabalho do que vale... Rachel é levada da dependência química para o terreno desconhecido da maturidade, passando por uma ou duas histórias de amor, neste romance que é, a um tempo, comovente, forte e muito, muito engraçado.

Rachel é a irmã do meio da família Walsh, uma irlandesa que mora em Nova York em um apartamento que divide com a amiga Bright. Sempre tentando provar para si mesma e o resto do mundo que não é uma fracassada, e para aguentar o emprego que odeia, ela usa medicação descontrolada, usa drogas ilícitas e bebe feito um gambá para conseguir suportar a barra. Mas, após sofrer uma terrível overdose e ter parado no hospital, o namorado Luke e a Bright chamam ajuda dois pais dela para resolver a situação, pois havia saído de controle.

A vida de Rachel vira de cabeça para baixo, pois ainda não havia se dado conta de que se tornara uma toxicômana. Abandonada pelo namorado e a amiga que não suportavam mais o seu comportamento, ela vai arrastada para o Claustro, uma clínica de reabilitação para viciados. A família só consegue realmente convencê-la depois de dizerem que o lugar era como um spa repleto de pessoas famosas. Ela resolve então encarar como um retiro de férias, fingindo que tudo não havia desmoronado bem na sua frente.

Logo ela acaba descobrindo que o Claustro é na verdade apenas um lugar com pessoas simples e desconhecidas, e que não é nada parecido com um spa, pois eles de fato fazem sessões de terapia, limpam a própria bagunça e preparam a própria comida.

Enquanto isso, Rachel vai recordando do passado mais recente, onde sua vida em Nova York parecia badalada e empolgante, até as mais remotas e dolorosas lembranças da infância, onde aparenta mostrar a fonte de seus vícios e a necessidade de suprir o sofrimento com alguma válvula de escape.

Lá ela faz novas amizades, conhece novas histórias, tenta paquerar um dos internos e passa por uma enorme fase de negação, pois busca se justificar a todo momento que não precisava estar ali.

Repleto de bom humor, e sempre procurando as celebridades dentro do Claustro, Rachel nos leva à loucura com sua teimosia e ideias mirabolantes para sair da condição em que se encontra.


A história é narrada em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Rachel. É perceptível como a personagem é bastante insegura consigo mesma, e em algumas vezes conseguimos conhecer a fundo a fonte de tal comportamento.

Para ela tudo estava uma porcaria, mas tudo ia se resolver num piscar de olhos, pois quando usava as drogas, a dor sumia e a alegria voltava, mesmo que por pouco tempo. Ela nem se dava conta de que a sua rotina baseada em substâncias tóxicas fazia maltratar as pessoas ao seu redor, tanto que, mais tarde, descobrimos isso através dos relatos de Luke e Bright.

De forma suave e cativante, a autora nos prende a cada situação vivida pela Rachel. É uma leitura que além de fazer rir, emociona bastante, uma vez que conhecemos também outras histórias dos demais pacientes do Claustro, mesmo que rapidamente.

Não nego que me dava muita raiva (um ranço bem grande, pra ser sincera) quando a Rachel era esnobe com os outros, principalmente com o Luke. Mas, compreendi depois que a maioria sofre com traumas bem graves na vida, e pode reagir de formas diversas diante de seus problemas. Todo mundo erra, mas há sempre chances para recomeçar.

O livro é o segundo volume da série "Irmãs Walsh" e cada obra traz a história de uma irmã diferente, mas é possível haver algum ou outro spoiler, caso seja lido fora da sequência.

Leitura mais que recomendada!




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