O que produzimos pode tanto retratar quanto manchar; logo, na escrita, refletir é o que há.
A palavra é poderosa: pode tanto apagar incêndios quanto fazer o circo pegar fogo.
Não poderia ser por menos: o que consumimos - lemos - reflete no que escrevemos.
É preciso estar atento ao que nos chega ao prato:
há alimentos deveras indigestos.
Alimentos indigestos embotam os pensamentos. Fica difícil refletir.
Fuga não existe não: o processo de reflexão - digestão - geralmente implica em imersivo processo de solidão.
Por vezes é preciso se desconectar:
Mosca quando cai em teia, e nela permanece, acaba presa, sendo consumida.
É vital expandir os horizontes... Porque a vida é bem mais - e melhor - do que se nos apresenta(m).
A nossa realidade, em muitos casos, somos nós mesmos que esboçamos.
Quando enxergamos a vida desta forma, passamos a trilhar - e até mesmo a criar - os nossos próprios caminhos.
Então a vida adquire toda a Fluidez, naturalidade e beleza da música.
Os pesos impostos socialmente vão ficando para trás.
Só então, mesmo em meio às mudanças constantes, somos capazes de identificar, respeitar e abraçar as nossas verdadeiras prioridades - raízes.