Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Vem pra Minas Gerais.

Vem pra Minas Gerais.
Minas Gerais é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizada na Região Sudeste do país, sendo oquarto estado com a maior área territorial e o segundo em quantidade de habitantes. Limita-se ao sul e sudoeste com São Paulo, a oeste com o Mato Grosso do Sul, a noroeste com Goiás e Distrito Federal, a norte e nordeste com a Bahia, a leste com o Espírito Santo e a sudeste com o Rio de Janeiro. Seu território é subdividido em 853 municípiosa maior quantidade dentre os estados brasileiros.
topografia mineira é bastante acidentada, sendo que alguns dos picos mais altos do país encontram-se em seu território. O estado também abriga a nascente de alguns dos principais rios do Brasil, o que o coloca em posição estratégica no que se refere aos recursos hídricos nacionais. Possui clima tropical, que varia demais frio e úmido no sul até semiárido em sua porção setentrional. Todos esses fatores aliados propiciam a existência de uma rica fauna e flora distribuídas nos biomas que cobrem o estado, especialmente o cerradoe a ameaçada Mata Atlântica.
O território de Minas Gerais era habitado por indígenas quando os portugueses chegaram ao Brasil. Contudo, ocorreu uma grande migração para o estado a partir do momento em que foi anunciada a existência de ouro.
extração do metal trouxe riqueza e desenvolvimento para a então província, proporcionando seu desenvolvimento econômico e cultural. Mas o ouro logo se tornou escasso, provocando a emigração de grande parte da população, até que um novo ciclo (o do café) novamente traria a Minas projeção nacional e cujo fim levou ao processo de industrialização relativamente tardio. Minas Gerais atualmente possui o terceiro maior produto interno bruto do Brasil, sendo que grande parte do total produzido no estado ainda se deve a atividades mineradoras


Tal desenvolvimento também advém de sua notável infraestrutura, como a grande quantidade de usinas hidroelétricas e a maior malha rodoviária do país.
Em virtude de suas belezas naturais e de seu patrimônio histórico, Minas Gerais é um importante destino turístico brasileiro. O povo mineiro possui uma cultura peculiar, marcada por manifestações religiosas tradicionais e culinária típica do interior, além de importância nacional nas produções artísticas contemporâneas e também no cenário esportivo.
Boa parte da história do atual estado de Minas Gerais foi determinada pela exploração da grande riqueza mineral que se encontra em seu território. Seu nome, inclusive, provém da larga quantidade e variedade das minas presentes, que passaram a ser exploradas desde o século XVII e até os dias atuais movimentam uma fração importante da economia do estado.
Ocupação indígena
A região onde se encontra atualmente Minas Gerais já era habitada por povos indígenas possivelmente entre 11 400 a 12 000 anos atrás, período o qual estima-se ter se originado Luzia, nome recebido pelo fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas, achado em escavações na Lapa Vermelha, uma gruta na região de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na região dos municípios de JanuáriaMontalvâniaItacarambi eJuvenília, no norte do estado, escavações arqueológicas levaram a estimativas de que a ocupação inicial tenha ocorrido entre 11 000 e 12 000 anos atrás. Desse período, herdaram-se características culturais como o uso de peças de pedra ou osso, fogueiras extintas, criação de cemitérios, pequenos silos com sementes e pinturas rupestres. Mais tarde, há cerca de quatro mil anos, especula-se que tenha ocorrido o cultivo de vegetais, em especial o milho, e há dois mil anos já havia importante manufatura de produtos cerâmicos.
Mais de cem grupos indígenas habitavam o estado de Minas Gerais. A região foi ocupada, até o século XVI, por povos indígenas do tronco linguístico macro-jê, tais como os xacriabás, os maxacalis, os crenaques, os aranãs, os mocurins, os atu-auá-araxás e os puris.
 Algumas décadas após o Descobrimento do Brasil, no entanto, passaram a ser visados a servirem como escravos, sendo capturados pelos bandeirantes para os usarem em suas próprias fazendas ou serem vendidos durante séculos; os que se revoltaram eram exterminados, o que provocou uma grande redução na população indígena (restando atualmente cinco grupos: xacriabás, crenaques, maxacalis, pataxós e pankararus).
A corrida do ouro
Desde o início da colonização portuguesa, alguns colonos se embrenhavam nas matas em busca de metais preciosos, motivados por lendas sobre as possíveis riquezas do interior selvagem, mas raramente retornavam. Somente a partir do fim do século XVII foram registradas as primeiras evidências de que a região de fato possuía uma grande riqueza mineral, cuja descoberta atribui-se aos bandeirantes paulistas, em especial a Antônio Rodrigues Arzão, que inicialmente buscavam índios para servirem como escravos. Dentre as incursões que rumaram para o interior do estado, destaca-se a de Antônio Dias de Oliveira, em cujo assentamento aos pés do pico do Itacolomi viria se formar Vila Rica. A notícia da descoberta de ouro na região logo se espalhou, atraindo pessoas interessadas em adquirir riqueza fácil nas terras ainda a serem desbravadas. Inicialmente o ouro era extraído do leito dos rios, o que obrigava os garimpeiros a se mudar conforme o esgotamento do metal. Após algum tempo, a exploração passou a ser feita também nas encostas de montanhas, o que obrigava o assentamento permanente dos mineradores. Isso proporcionou o surgimento dos primeiros núcleos de povoamento.
Os paulistas se julgavam proprietários do ouro retirado das minas, alegando direito de conquista, e não queriam que outros se apossassem dessa riqueza. Com isso, em 1708, teve início o primeiro grande conflito da região, uma guerra na qual os emboabas ("aquele que ofende", em tupi) atacaram os paulistas. Estes saíram derrotados do conflito e passaram a buscar por ouro em outras regiões, e o encontraram onde hoje estão os estados deGoiás e Mato Grosso. A imposição da autoridade da Coroa Portuguesa também contribuiu para o fim do conflito, a partir da criação da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro em 1709 e da Capitania de Minas Gerais em 1720.
Coroa Portuguesa, então, passou a controlar com rigor a exploração de ouro nas minas, recolhendo vinte por cento de tudo o que era produzido, o que ficou conhecido como quinto. A população da capitania continuava a crescer, mas existiam até então somente pequenos cultivos agropecuários de subsistência, o que demandava a importação de produtos de outras regiões da colônia. Novos acessos a região passaram a ser criados e o fluxo de pessoas e mercadorias aumentou intensamente surgindo, assim, o primeiro grande mercado consumidor do Brasil. Ao longo desses acessos apareciam povoados, tendo, portanto, papel fundamental no povoamento da capitania. Dentre esses trajetos destaca-se o Caminho Novo, que ligava as regiões mineradoras ao Rio de Janeiro. A intensa mistura de pessoas associada a riqueza oriunda do ouro e a vida urbana proporcionaram a formação de uma nova sociedade culturalmente diversa, com vários músicos, artistas, escultores e artesãos. Dentre os movimentos culturais destacam-se o trabalho de Aleijadinho e Mestre Ataíde, dentre outros, que permitiram o florescimento do Barroco Mineiro.
No mesmo período, na região do vale do Jequitinhonha, ocorreu a descoberta do diamante, embora seus descobridores por décadas não reconheceram o valor desta pedra preciosa. Contudo, a Coroa Portuguesa, ao reconhecer a produção mineral da região, logo estabeleceu uma forma de cobrar impostos sobre a produção, de forma similar ao quinto do ouro. O principal núcleo de exploração dos diamantes era próximo de onde surgiu o Arraial do Tijuco (hoje Diamantina).
No auge da exploração do ouro, a mão-de-obra escrava era essencial para os grandes proprietários. Desta forma, intensificou-se o comércio de negros trazidos do continente africano para trabalhar nas minas. Muitos dos negros tentavam e conseguiam fugir, o que provocou o intenso surgimento de quilombos por todo o atual estado. Estima-se que durante o século XVIII surgiram mais de 120 destas comunidades por toda a capitania. Contudo, tais assentamentos não se encontravam tão afastados dos centros mineradores, o que facilitava a fuga de mais negros. Existia, ainda, o comércio de produtos de subsistência entre os negros e comerciantes, que tiravam vantagem do preço mais baixo oferecido pelos quilombolas.
Contudo, a partir da segunda metade do século XVIII a produção aurífera dava sinais claros de declínio. Para manter a arrecadação, a Coroa Portuguesa passou a aumentar os impostos e a fiscalização na colônia, além de criar a derrama, uma nova forma de imposto que garantiria seus lucros. As regiões auríferas passaram a ficar cada vez mais escassas, e os colonos não mais podiam arcar com tais impostos, levando o governo lusitano ao confisco de suas propriedades.
Tais ações consideradas abusivas trouxeram profunda insatisfação entre a população mineira. Então, influenciados pelos ideais do Iluminismo que surgira na Europa e se espalhavam pelo mundo ocidental, as elites mineradoras passaram a conjecturar um plano com o objetivo de criar uma nova república na região de Minas Gerais. A revolução estava marcada para acontecer em 1789, quando ocorreria uma nova cobrança da derrama. Dentre os líderes do movimento estavam os poetas Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, o padre Carlos Correia de Toledo e Melo, o coronel Joaquim Silvério dos Reis e o alferes Tiradentes. Contudo, a cobrança da derrama foi revogada pelas autoridades lusitanas. Ao mesmo tempo, havia a investigação por parte da coroa sobre o movimento de insurreição que estaria para acontecer. Em troca do perdão de suas dívidas, Joaquim Silvério dos Reis delatou todo o plano dos inconfidentes, o que levou à prisão de vários de seus companheiros antes que a insurreição acontecesse. Como boa parte dos membros dos movimentos tinham forte ligação com a elite, poucos foram de fato condenados. Como Tiradentes era de origem popular, toda a responsabilidade do movimento foi atribuída a ele. Como forma de reprimir outros movimentos, a Coroa Portuguesa realizou o enforcamento e o esquartejamento do alferes, e partes de seu corpo foram espalhadas por vias de acesso da capitania.
Até então a maior parte da população da capitania concentrava-se nos núcleos urbanos e nas proximidades da região mineradora. Contudo, o esgotamento das jazidas auríferas e de diamantes levou à diáspora da população urbana, que se deslocou para outras regiões. Os desbravadores passaram a criar novas fazendas por outras regiões do atual estado, erguiam capelas onde posteriormente surgiam arraiais e vilas. No início do século XIX, houve uma intensa criação de vilas, freguesias, distritos e municípios. Isto contribuiu para a expansão e povoamento do território mineiro, expandido suas fronteiras para o norte (adquirindo partes da província de Pernambuco), para leste (adquirindo áreas do Espírito Santo), para o oeste (anexando a região do Triângulo Mineiro, antes pertencente a Goiás). A população mineira passou a ser predominantemente rural, e as cidades do ouro ficaram cada vez mais vazias, o que teve grande influência na cultura e na política da província.
O período imperial
Durante o período imperial, houve duas mobilizações importantes da população. A primeira delas foi a Sedição Militar de 1833, um movimento sem consistência que queria o retorno de Dom Pedro I ao país, mas foi logo abafado pelo governo provincial. Outro grande movimento foi a Revolução Liberal de 1842. No Brasil Império as forças políticas estavam divididas essencialmente entre liberais e conservadores. Quando Dom Pedro II atingiu a maioridade em 1840, o Partido Conservador assumiu o poder, o que provocou a revolta dos liberais. Tiveram início, então, conflitos armados na província de São Paulo, que ganharam adesão dos liberais mineiros em 1842, com a participação inicial de quinze dos quarenta e dois municípios existentes na época. Para conter os revoltosos, o governo imperial enviou guardas nacionais e unidades do exército, que deveriam prender os líderes do partido liberal. Transcorreram vários conflitos durante mais de dois meses até que o movimento foi finalmente abafado por completo. Os líderes foram julgados e absolvidos seis anos depois.
Durante a segunda metade do século surgiram os primeiros avanços no setor industrial em Minas. No campo siderúrgicocomeçava a aumentar a produção e manufatura do ferro. Surgiram ainda várias fábricas de produtos têxteis, laticínios, vinhos, alimentos, cerâmicas e louças. Contudo as atividades agropecuárias dominavam a economia da época, sendo voltadas principalmente para subsistência, desfavorecendo o crescimento econômico da província. A mão-de-obra era predominantemente escrava, provenientes dos que restaram das atividades mineradoras. A produção de café voltada para a exportação chegou à província no início do período imperial e aumentou substancialmente até o fim do século. Contudo, a produção paulista sempre foi expressivamente maior e fatores administrativos, naturais e econômicos desfavoreceram o desenvolvimento da cafeicultura mineira na época.
Cafeicultura
Em 1889 tem início o período da República Velha no Brasil, que foi comandado inicialmente por presidentes militares. Somente em 1894 houve a eleição do primeiro presidente civil do Brasil, dando início ao período da República Oligárquica. Em Minas Gerais, surgiam os primeiros grandes barões do café, responsáveis por aumentar significativamente a produção do estado. As oligarquias cafeeiras tinham grande influência no cenário político nacional, a ponto de escolherem os representantes que iriam ocupar o cargo de presidente do país. Os dois estados mais populosos do país, então, firmaram um acordo em que os presidentes eleitos seriam alternados entre paulistas e mineiros, o que ficou conhecido como política do café-com-leite.
Houve, contudo, algumas divergências políticas entre os dois estados, o que permitiu a eleição de presidentes de outros estados, embora nunca deixassem de exercer influência sobre o processo eleitoral. Na década de 1920, vários fatores aceleraram o declínio do domínio oligárquico, como revoltas populares, movimentos tenentistas e a crise econômica do café, que se agravou ainda mais com a grande depressão. Mas a política do café-com-leite terminou de fato quando o então presidente paulista Washington Luís deveria indicar um mineiro para sucessão, mas indicou outro paulista, Júlio Prestes. Em oposição ao episódio, Minas Gerais se uniu à Aliança Liberal, que realizou um golpe de Estado em 1930 e instaurou uma nova república no Brasil, sob o comando de Getúlio Vargas.[28][30]
Industrialização
O ciclo do café no estado teve certas características particulares que desfavoreceram o crescimento econômico do estado. O lucro gerado pela cultura era em parte destinado aos portos de exportação nos estados vizinhos. Além disso, findo o período da escravidão, não houve a transição direta para o trabalho livre e assalariado nas lavouras, o que levou à menor circulação monetária. Outro agravante era a desarticulação entre as regiões do estado, que tinham mais relações econômicas com os estados vizinhos. Em reconhecimento a esta situação, as elites mineiras iniciaram uma tentativa de centralizar a economia estadual a partir de diversas iniciativas, dentre elas a criação de uma nova capital, Belo Horizonte, em 1897. Uma exceção ao atraso industrial foi a cidade de Juiz de Fora, que apresentou um surto de desenvolvimento industrial sustentado pela economia cafeeira aliado à proximidade com o Rio de Janeiro. Contudo, tal desenvolvimento durou até 1930, quando a competição com os outros grandes centros industriais do país levou à estagnação e posterior declínio do parque industrial da cidade.
O projeto de desenvolvimento mineiro estava pautado em duas orientações. A primeira delas incluía a diversificação produtiva, em que se pretendia a criação de uma forte agricultura capaz de sustentar o desenvolvimento industrial. A outra estratégia envolvia o aproveitamento dos recursos naturais do estado para realizar a especialização produtiva, com a produção de bens intermediários. Através das primeiras décadas do século XX o plano foi sendo gradualmente implementado com diversas iniciativas, como a criação da cidade industrial de Contagem em 1941. Contudo, o avanço foi prejudicado por conta de problemas logísticos como a falta de energia e de uma rede eficiente de transportes.
A partir do fim da década de 40 e ao longo da década de 50, entretanto, Minas passa por um importante processo de transformação, que visa sanar os problemas que barravam o desenvolvimento mineiro, principalmente durante o período do mandato de Juscelino Kubitschek como governador (1951-1955) e presidente da república (1956-1961). Foram criadas a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), várias usinas hidroelétricas e milhares de quilômetros de rodovias.[31]Um importante setor industrial que se desenvolveu neste período foi o metalúrgico, sustentado pela exploração do ferro na região central do estado. Contudo, a instabilidade econômica que se sucedeu durante a década de 1960 afetou a continuidade de tal crescimento, deixando o estado em defasagem.[31] Durante a ditadura militar, as federações de indústrias de Minas Gerais e importantes industriais mineiros apoiaram o regime.
Na década seguinte, entretanto, Minas retoma sua trajetória de crescimento econômico beneficiado, sobretudo, pelo processo de descentralização industrial. Como resultado, o crescimento do produto interno bruto mineiro foi superior à média nacional por vários anos. Tal processo deveu-se ao incremento da produção industrial e fortalecimento da agricultura. Tal processo provocou ainda o aumento da porcentagem da população que vivia nas cidades, embora boa parte deste êxodo rural tenha motivado a emigração da população para os grandes centros urbanos de outros estados. Na década de 1980, o crescimento econômico mineiro sofre uma nova descontinuidade por conta da crise econômica generalizada pela qual o país passava. Mesmo assim, o crescimento mineiro ainda foi superior à média nacional. A partir da década de 90, o estado apresentou baixo dinamismo econômico, seguindo a tendência nacional. A partir de então, Minas se consolida na economia nacional com o terceiro maior PIB do país, e se mantém na posição até hoje.
Geografia de Minas Gerais
Minas Gerais é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizada na Região Sudeste do país, limitando-se com os estados de São Paulo a sul e sudeste, Rio de Janeiro a sudeste, Mato Grosso do Sul a oeste, Goiás e Distrito Federal a noroeste, Bahia (a norte e nordeste) e Espírito Santo a norte e leste, tendo um total de 4 727 km de linha fronteiriça.
 A área do estado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 586 522,122 km² e equivale a 6,89% do território brasileiro, sendo o quarto maior estado em tamanho territorial (depois de AmazonasPará e Mato Grosso), dos quais 2 525,8 km² estão em perímetro urbano. A distância linear entre os pontos extremos estaduais é de 1 248 km no sentido leste–oeste e 986 no sentido norte–sul.
Relevo
A maior parte do território mineiro apresenta altitudes que oscilam entre 900 e 1 500 metros, tendo predominância deplanaltos com escarpas e depressões, mais notáveis na região central. O ponto mais alto do estado é o Pico da Bandeira, situado na divisa com o Espírito Santo, com 2 891 metros de altitude (o terceiro maior do país), seguido pelo Pico do Cristal com 2 780 metros. Além da Serra do Caparaó, onde está o pico da Bandeira, outros maciços montanhosos merecem destaque no território mineiro, dentre eles a Serra do Espinhaço, que segue do centro em direção ao norte do estado até o limite com a Bahia. Ao sul, delimitando a fronteira com os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, está a Serra da Mantiqueira na qual situam-se alguns dos mais altos picos do país, como o Agulhas Negras com 2 787 metros de altitude. Outras cadeias montanhosas de menor porte espalham-se por todo o estado, dentre as mais notáveis a Serra da Canastra e do Lenheiro.
Oficialmente, as formas de relevo existentes no estado de Minas Gerais podem ser divididas nos seguintes tipos de unidades geomorfológicas: planalto Cristalino, serra do Espinhaço, depressão do rio São Francisco, planalto do São Francisco e planalto do Paraná. O planalto cristalino possui altitudes médias de 800 metros — sendo reduzida ao aproximar-se da Zona da Mata —, apresentando depressões onde originam-se os vales dos rios Jequitinhonha e Doce. A serra do Espinhaço possui altitude média de de 1 300 metros, relevando-se por dividir a bacia do rio São Francisco com as bacias hidrográficas costeiras. A depressão do rio São Francisco tem altitude média de 500 metros e está presente na parte oeste de Minas, em sentido norte-sul. O planalto do São Francisco tem altitude média de mil metros e é composto por chapadões acidentados entrelaçados por vales. Por fim, o planalto do Paraná tem altitude média de 600 metros e corresponde ao sudoeste mineiro, sendo cortado por rios como o da PrataTijuco e o Araguari.
Hidrografia
Na rede hidrográfica, entre os principais rios do estado de Minas Gerais estão o Doce, que nasce entre as encostas das serras da Mantiqueira e Espinhaço e percorre 853 km até desaguar no Oceano Atlântico, no Espírito Santo ; o Grande, cuja nascente está na Serra da Mantiqueira, no município de Bocaina de Minas, percorrendo 1 360 km até o Rio Paranaíba, formando assim o Rio Paraná (no estado de São Paulo) ; o Paranaíba, que nasce na Mata da Corda, em Paranaíba, e tem aproximadamente 1 070 km ; o São Francisco, que nasce na Serra da Canastra, percorre 2 830 km, cortando a Bahia e passando por PernambucoSergipe e Alagoas até desaguar no oceano, sendo suas águas essenciais para o turismo, lazer, irrigação e transporte em várias cidades, especialmente no norte mineiro e, por fim, o Jequitinhonha, que nasce na serra do Espinhaço, em Serro, e percorre 920 km até sua foz no Atlântico. Outros rios importantes do estado são o MucuriPardoParaíba do SulSão Mateus[49] e das Velhas.
 O Parque Estadual do Rio Doce abriga o maiorsistema lacustre do estado. Contudo, existem importantes reservatórios de usinas hidrelétricas, como a Represa de Furnasno sul e a Três Marias no centro do estado.
Devido à grande quantidade de nascentes, o estado é conhecido como a caixa-d'água do Brasil, tendo muitos desses rios relevância energética, agrícola e turística, com grande presença de usinas hidrelétricas, canais para irrigação e atividades de lazer. 16 bacias hidrográficas compõem o estado de Minas Gerais, sendo a maior delas a do São Francisco, que abrange uma área de 2,3 milhões de km² no estado. Quatro regiões hidrográficas abrangem o território mineiro, sendo elas a do São Francisco (tendo como principais componentes, em Minas, os rios São Francisco, das Velhas e Paracatu), doAtlântico Leste (rios como São Mateus, Doce, Itaúnas e Itabapoana), do Atlântico Sudeste e do Paraná (composta pelas sub-bacias dos rios Paranaíba e Grande). Na estação das secas é observado um menor volume das águas, sendo que no norte mineiro alguns cursos chegam a secar nos períodos de estiagem. Já na estação das chuvas ocorre a cheia dos rios e, por vezes, enchentes.
Clima
No estado de Minas Gerais, predominam quatro tipos distintos de clima: o clima subtropical de altitude (Cwb, segundo aClassificação climática de Köppen-Geiger), que ocorre nas regiões mais elevadas das serras da Canastra, Espinhaço eMantiqueira e em pequenas áreas próximas às cidades de Araguari e Carmo do Paranaíba, tendo estiagens no inverno e temperaturas amenas durante o ano e cuja temperatura média do mês mais quente é inferior a 22 °C; o clima subtropical de inverno seco — e com temperaturas inferiores a 18 °C — e verão quente — temperaturas maiores de 22 °C — (Cwa), observado a norte das serras do Espinhaço e do Cabral; clima tropical com inverno seco (Aw), que predomina no Triângulo Mineiro, na Zona da Mata, Vale do Rio Doce e em quase toda a metade norte do estado, tendo estação seca no inverno e chuvas abundantes no verão, com precipitações anuais entre 750 mm a 1 800 mm; e o clima seco com chuvas no verão (BSw), que ocorre no norte mineiro, com precipitações anuais sempre inferiores a 1 000 mm e por vezes menores que 750 mm. Segundo a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o clima semiárido está presente em 88 municípios mineiros, todos no norte do estado, muitos dos quais estão em processo de desertificação.
O estado sofre influência de frentes frias durante todo o ano, no entanto no inverno a presença de um núcleo anticiclonesubtropical impede o avanço da umidade, mantendo os dias secos e ensolarados, e favorece a influência de massas de ar frio, configurando-se a estação seca. Entre o final da primavera e começo do verão (principalmente entre novembro e março), com o afastamento do anticiclone, as frentes frias atuam com maior intensidade e há uma intensa organização da convecção tropical, manifestada por uma banda de nebulosidade convectiva, as chamadas zonas de convergência— dentre as quais a zona de convergência do Atlântico sul (ZCAS) é a que mais afeta o estado, provocando dias seguidos de chuvas intensas em algumas regiões. Devido à nebulosidade, as chuvas causadas pelas ZCAS e por frentes frias são capazes de provocar quedas de temperatura, que normalmente fica elevada nessa época, devido à atuação de massas de ar quente continental.
Ecologia e meio ambiente
Originalmente, a cobertura vegetal de Minas Gerais era constituída por quatro biomas principais: cerradoMata Atlântica,campos rupestres e a mata seca. O cerrado é o bioma predominante, sendo observado em 50% do território mineiro, mais presente na porção oeste do estado. A vegetação é predominantemente rasteira, composta por gramíneas, arbustos e árvores, tendo como representantes da fauna tamanduátatuantajiboiacascavel e o cachorro-do-mato, além de espécies ameaçadas de extinção, como o lobo-guará, o veado-campeiro e o pato-mergulhão. A Mata Atlântica ocupa a segunda maior área de ocorrência em Minas Gerais, predominando nas regiões da Zona da Mata, Campos das Vertentes, Sul, Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do Rio Doce e Vale do Mucuri, no entanto foi fortemente devastada, ocorrendo atualmente em áreas restritas. A vegetação é densa e, devido ao elevado índice pluviométrico, bastante verde, sendo possível encontrar broméliascipóssamambaiasorquídeas e líquens e, na fauna, macacospreguiçascapivarasonças,araraspapagaios e beija-flores. Os campos rupestres possuem cobertura vegetal de menor porte e são típicos das terras altas do estado, tendo vegetação herbácea e poucas árvores, apresentando raposasveadosmicos, capivaras ecobras. Já a mata seca é uma fitocenose do cerrado e ocorre no norte do estado, no vale do rio São Francisco, apresentando plantas espinhosas e com galhos secos, dentre as quais destacam-se as barrigudas, os ipês e os pau-ferrosna flora e a ariranha, a onça, a anta, a capivara e a águia-pescadora na fauna.
Segundo o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o estado contava, em 2012, com onze estações ecológicas (que protegiam um total de 12 528,9812 ha.), nove reservas biológicas (16 977,35 ha.), onze monumentos naturais (8 581,8 ha.), quatro refúgios de vida silvestre (22 292,76 ha.), 16 áreas de proteção ambiental (APA — 2 154 705,71 ha.), duasflorestas estaduais (4 538,87 ha.), uma reserva de desenvolvimento sustentável (4 538,87 ha.), 182 reservas particulares do patrimônio natural (RPPN — 90 148,39 ha.), e 23 parques estaduais. Sete parques nacionais também estão situados em Minas Gerais: CaparaóGrande Sertão VeredasItatiaiaCavernas do PeruaçuSempre-VivasSerra da Canastra e Serra do Cipó, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[72] A Serra do Cipó é inclusive a maior comunidade vegetal em espécies por metro quadrado do mundo.
Apesar da existência das áreas de preservação, o estado ainda apresenta consideráveis índices de desmatamento, encontrando-se com 9,84% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Outra situação grave é a da Mata Atlântica, cujo bioma perdeu um espaço de 10 572 ha. entre 2011 e 2012 em Minas Gerais, o que representa 44% do total desmatado em todo país. A Mata Atlântica, que já chegou a ser estender doRio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte de hoje, foi quase totalmente devastada, restando atualmente apenas 5% de sua vegetação original (cerca de 52 000 km²); em Minas Gerais, cobria cerca de 81,8% da área que corresponde ao atual estado, mas hoje esse percentual é de apenas de 7%, sendo os principais responsáveis pelo desflorestamento, no período colonial, a extração do pau-brasil e as plantações de cana-de-açúcar e café e, mais recentemente, a mineração e a agropecuária. Por outro lado, muitos projetos do governo e iniciativas privadas estão tentando reverter este quadro.
Demografia.
Minas Gerais é o segundo estado mais populoso do Brasil, com uma população estimada de cerca de 20,73 milhões de habitantes em 2014. A densidade demográfica do estado é de 33,41 habitantes por quilômetro quadrado. Ao longo do século passado, Minas tem sempre apresentado um crescimento populacional inferior à media nacional. O movimento da população rural em direção às zonas urbanas observado durante o mesmo período também foi acentuado, contudo bem abaixo da média nacional. Ainda durante o mesmo período, observou-se o intenso movimento emigratório da população mineira em direção a outros estados que se mostravam promissores durante seu desenvolvimento industrial, especialmente São Paulo e Rio de Janeiro. Especialmente durante a década de sessenta, mais de dois milhões de mineiros deixaram o estado. Ao longo das décadas seguintes, a população continuou a emigrar para outras regiões mas, devido às novas oportunidades que surgiam em Minas, essa taxa foi gradualmente diminuindo. Somente na década de 1990 o saldo migratório tornou-se favorável para Minas, ou seja, o estado possuía mais imigrantes do que emigrantes. A região central do estado, em especial a região metropolitana de Belo Horizonte, é a mais populosa e a que apresenta maior crescimento populacional em todo o estado. Logo a seguir encontram-se as regiões do Alto Parnaíba, Centro-Oeste, Sul e Triângulo. A região nordeste do estado, por sua vez, possui o menor contingente populacional do estado em virtude da probeza e estagnação econômica da região.
A população mineira era composta em 2012 por 49,2% de homens e 50,8% de mulheres. A taxa de fecundidade em 2012, ou seja, a quantidade média de filhos que uma mulher teria em média é de 1,7, pouco abaixo da média nacional que é 1,8. A mortalidade infantil no mesmo ano, por sua vez, ficou em 13,2 mortes por mil nascidos vivos, também abaixo da média brasileira de 15,7 mortes. Por fim, a esperança de vida ao nascer em Minas ficou em torno de 76 anos, sendo que para as mulheres esta expectativa é de 79 anos e para os homens é de aproximadamente 73 anos.   
Etnias
De acordo com o censo de 2010 do IBGE, pouco menos da metade (45,4%) da população mineira se autodeclaravabranca, enquanto uma parcela semelhante (44,3%) se autodeclarava parda e 9,2% se consideravam pretos. Uma pequena parcela, por sua vez, consideravam-se amarelos ou indígenas (1,1%).
A maior parte da população mineira é descendente de colonos portugueses originários do Norte de Portugal(particularmente do Minho) e de escravos africanos, sobretudo oeste-africanos e bantos, vindos durante a época damineração, no século XVIII e, após a decadência desta no século XIX, para trabalharem na produção agrícola. Além destes, contribuíram para a diversidade da população mineira imigrantes, sobretudo italianosDos pouco mais de trinta mil indígenas que habitam o estado atualmente, pouco mais de onze mil estão distribuídos entre doze etnias que pertencem ao tronco linguístico macro-jê. A maior reserva indígena do estado pertence aos Xacriabás, localizados nos municípios de Itacarambi e São João das Missões, com mais de oito mil integrantes.
Vários outros estudos genéticos já foram feitos contemplando diferentes grupos raciais e geográficos de Minas Gerais. De maneira geral, todos estes estudos concluem que a população mineira é intensamente miscigenada, sendo a ancestralidade europeia alta, seguida pela africana e, menos importante, a indígena. Um estudo genético realizado com pessoas de Belo Horizonte revelou que a ancestralidade dos belo-horizontinos é 66% europeia, 32% africana e 2% indígena. De maneira geral, os mineiros apresentam muito baixo grau de ancestralidade indígena, enquanto a ancestralidade europeia (principalmente portuguesa) e africana predominam. Isto se deve ao fato de que a população indígena foi exterminada, ao mesmo tempo que chegavam à região contingentes enormes de escravos africanos e colonos portugueses, diluindo a contribuição indígena na população. Em relação ao componente europeu (português), apesar de ter sido numericamente inferior ao componente africano, o primeiro acabou por predominar, devido às altas taxas de mortalidade e baixos índices de reprodução entre os escravos. A própria imigração de italianos e outros europeus para Minas Gerais no final do século XIX contribuiu para aumentar o grau de ancestralidade europeia. Em um estudo genético, 13,8% dos mineiros portadores de anemia falciforme testados tinham mais de 85% de ancestralidade europeia e 11,05% dos portadores de anemia falciforme tinham mais de 85% de ancestralidade africana. A maioria deles, 73,37%, apresentou níveis intermediários de mistura (entre 15 e 85%).De acordo com com um estudo genético autossômico realizado em 2013, a composição da população mineira´é a seguinte: 59,20% europeia, 28,90% africana e 11,90% indígena.
Habitação

Em 2012, cerca de 84,5% da população mineira, o que representa mais de 16,7 milhões de pessoas, viviam nas cidades, sendo que a taxa de urbanização era ligeiramente menor que a brasileira (84,8%). Outros 2,9 milhões viviam nas áreas rurais do estado.
O estado de Minas Gerais possuía, segundo o censo de 2010, 6 028 223 domicílios, sendo 5 187 234 na zona urbana(86,05%) e 840 989 na zona rural (13,95%). Desse total, 5 358 704 eram casas (88,89%), 588 530 eram apartamentos(9,76%), 51 837 eram casas de vila ou em condomínio (0,86%), 28 988 eram habitações em casa de cômodos ou cortiços(0,48%) e 164 eram ocas ou malocas. Quanto à forma de ocupação, 4 358 203 domicílios eram próprios (72,30%), sendo 4 067 375 próprios já quitados (67,47%) e 290 828 em processo de aquisição (4,82%); 1 106 769 eram alugados (18,36%); 538 529 eram cedidos (8,93%), sendo 171 537 por empregador (2,85%) e 366 992 cedidos de outra forma (6,09%) e os 24 722 restantes eram ocupados sob outras condições (0,41%). No ano de 2010, o déficit habitacional, segundo os critérios elaborados pela Fundação João Pinheiro, ultrapassava 557 mil pessoas, dos quais mais de 507 mil estavam situados na zona urbana. Este indicador representa a parcela da população cujas moradias não apresentam o mínimo de infraestrutura necessária ou que pagam aluguel que compromete a renda familiar ou que moram em locais com uma quantidade elevada de pessoas.
Renda e desigualdade

O rendimento médio per capita de Minas Gerais é de 733 reais, de acordo com o censo realizado em 2010 pelo IBGE, encontrando-se abaixo da média nacional. Contudo, o estado apresenta uma grande disparidade entre suas regiões no que se refere ao desenvolvimento econômico e social. As regiões mais ricas do estado, como a Central e o Triângulo Mineiro possuem renda per capita de mais de novecentos reais, enquanto as áreas mais pobres localizadas no norte do estado, especialmente nos vales do Jequitinhonha e do Mucuri, este valor não ultrapassa quinhentos reais. Contudo, verifica-se o crescimento maior da renda das regiões mais pobres, motivados sobretudo pelo aumento do salário mínimo e pelos programas de transferência de renda do governo federal.
Índice de Desenvolvimento Humano, baseados em fatores como saúde, educação e qualidade de vida, revelam de forma ainda mais acentuada a desigualdade entre as regiões de Minas Gerais. O norte e nordeste do estado concentram a maioria dos municípios com baixo IDH, enquanto a região Sul, Triângulo e Alto Paranaíba que a situação é oposta. A região central do estado, embora seja rica, possui alto índice de desigualdade, ou seja, a renda não é igualmente distribuída entre a população. Cerca de seiscentos mil pessoas moram em aglomerados subnormais, dos quais pouco mais da metade estão na capital mineira. O maior aglomerado, contudo, localiza-se em Betim e possui mais de vinte e três mil habitantes. Coronel Fabriciano e Vespasianosão os que apresentam maior porcentagem da população vivendo nessas áreas (mais de 20%).

Religião
De acordo com o Censo 2010, a maior parte da população (13,8 milhões de pessoas) se consideram católicos, o que coloca o estado em nono lugar quando se considera a porcentagem da população pertencente a esta religião (73,32%). Embora o número de católicos venha apresentando gradual queda nos últimos anos, a religião ainda está fortemente enraizada na cultura mineira, especialmente nas áreas rurais e nas cidades do interior, onde são comuns celebrações e festejos organizados pelas paróquias das comunidades. Quase quatro milhões de mineiros pertencem a igrejas evangélicas das quais destacam-se, de acordo com o número de adeptos, a Assembleia de Deus (mais de setecentos mil seguidores), Igreja Batista (mais de quinhentos mil seguidores) e a Igreja do Evangelho Quadrangular (quase trezentos e cinquenta mil adeptos). Cerca de 420 mil pessoas no estado são adeptas do espiritismo, que teve como importante divulgador o médium mineiro Chico Xavier. Existem ainda várias outras minorias religiosas no estado, dentre elas aUmbanda e o Candomblé que juntas possuem menos de vinte mil adeptos e cujos rituais por vezes são confundidos com tradições folclóricas. Quase um milhão de mineiros, por sua vez, consideram-se sem religião dos quais cerca de setenta mil são ateus e pouco mais de sete mil são agnósticos.
Política
O estado de Minas Gerais, assim como em uma república, é governado por três poderes: o executivo, representado pelogovernador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e outros tribunais e juízes. Além dos três poderes, o estado também permite a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos. A atualconstituição do estado de Minas Gerais foi promulgada em 1989, acrescida das alterações resultantes de posterioresemendas constitucionais.
            O poder executivo está centralizado no governador do estado, que é eleito emsufrágio universal e voto direto e secreto pela população para mandatos de até quatro anos de duração, podendo ser reeleito para mais um mandato. O cargo tem sido ocupado por Fernando Pimentel, membro do Partido dos Trabalhadores(PT), sendo Antônio Andrade o vice-governadorOuro Preto foi a capital mineira entre 1721 e o final do século XIX, no entanto em 1897 a sede do governo fora transferida para a recém-criada cidade deBelo Horizonte, devido à antiga Vila Rica não comportar o crescimento econômico e populacional. Nesta mesma ocasião foi construído o Palácio da Liberdade, primeira sede do governo mineiro em Belo Horizonte, que desde 2010 funciona noPalácio Tiradentes, localizado na Cidade Administrativa de Minas Gerais.
poder legislativo mineiro é unicameral, constituído pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, que tem sede no Palácio da Inconfidência e é constituída por 77 deputados, que são eleitos a cada quatro anos. No Congresso Nacional, a representação mineira é de três senadores e 55 deputados federais. Já o poder judiciário tem a função de julgar, conforme leis criadas pelo legislativo e regras constitucionais brasileiras, sendo composto por desembargadoresjuízes e ministros. Atualmente, a mais alta corte do Poder Judiciário mineiro é o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o estado possuía, em novembro de 2013, 15 032 578 eleitores, o que representa 10,6% dos eleitores do país, sendo o segundo maior colégio eleitoral do Brasil.
Subdivisões
A primeira divisão feita no território mineiro foi feita em 1711, a pedido do então governador Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, após a área do atual estado desmembrar-se da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Neste ano, foram criadas a Vila Ribeirão do Carmo (atual Mariana, em 8 de abril), Vila Rica (atual Ouro Preto, em 8 de julho) e Vila Real de Nossa Senhora da Conceição de Sabará (atual Sabará, em 17 de julho). Atualmente, Minas Gerais possui várias subdivisões, baseadas em aspectos socioeconômicos, com fins estatísticos, principalmente. O estado é dividido em 853 municípios, que estão distribuídos em 66microrregiões e 12 mesorregiões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo elas: 
O estado também é dividido a partir da regionalização da Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG; antiga Secretaria do Planejamento e Coordenação Geral — SEPLAN), que vinha sendo elaborada desde a década de 1970 e hoje segue a divisão adotada em dezembro de 1995. Segundo a SEPLAG, Minas Gerais se divide em dez regiões de planejamento, a saber: Alto Paranaíba (31 municípios), Central (158), Centro-Oeste de Minas (56), Jequitinhonha/Mucuri (66), Mata (142), Noroeste de Minas (19), Norte de Minas (89), Rio Doce (102), Sul de Minas (155) e Triângulo (35).]

Oficialmente, também existem duas regiões metropolitanas no estado de Minas Gerais, sendo elas a de Belo Horizonte e do Vale do Aço,  além da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno, que tem sede em Brasília mas envolve os municípios mineiros de BuritisCabeceira Grande eUnaí. Uma região metropolitana ou área metropolitana é um grande centro populacional, que consiste em uma (ou, às vezes, duas ou até mais) grande cidade central, e sua zona adjacente de influência. Geralmente, regiões metropolitanas formam aglomerações urbanas, uma grande área urbanizada formada pela cidade núcleo e cidades adjacentes, formando uma conurbação, a qual faz com que as cidades percam seus limites físicos entre si.
Minas Gerais é o estado brasileiro que possui o terceiro maior produto interno bruto, que totalizava 351,38 bilhões de reais no fim do ano de 2010. Ao longo dos últimos anos, a economia mineira apresentou crescimento praticamente contínuo, interrompido somente durante a grande recessão entre os anos de 2008 e 2009 quando houve o decréscimo significativo do PIB mineiro. Contudo, posteriormente, a economia voltou a crescer em ritmo superior à media nacional. Das mesorregiões mineiras, a Região Metropolitana de Belo Horizonte concentra 45% das atividades econômicas do estado, e é também uma das regiões que apresenta maior crescimento. A capital mineira, por si só, possui 43% das atividades econômicas da região, seguida pelos municípios de Betim e Contagem. A seguir estão o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, o Sul e Sudoeste de Minas, Zona da Mata e Vale do Rio Doce que juntas correspondem a cerca de 40% do PIB mineiro. As mesorregiões menos desenvolvidas são os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri que juntas possuem 2,1% de participação no PIB estadual.
O estado, segundo dados de 2012, é o terceiro que mais exporta no país, sendo responsável por 12,78% dos produtos vendidos ao exterior, ficando atrás apenas de São Paulo (26,55%) e Rio de Janeiro (12,88%). A pauta de exportação do estado, no entanto, é muito concentrada e baseada em produtos primários, principalmente minério de ferro (43,15%), café (11,29%), ferro-ligas (5,86%) e ouro (5,15%). O volume total de exportações em 2012 foi de cerca U$D 33 000 000 000,00 (trinta e três bilhões de dólares).
Agropecuária

setor primário da economia mineira correspondeu a cerca de 8,7% da soma de tudo o que foi produzido no estado durante o ano de 2012. Das culturas do estado, o café foi o que teve a maior participação no que se refere ao valor da produção agrícola estadual, chegando a 40% em 2011. Minas Gerais foi a origem de 61,2% de todo o café produzido no país no mesmo ano sendo, portanto, o maior produtor do país. A região sul do estado &ea


This post first appeared on .::Força De Ler::., please read the originial post: here

Share the post

Vem pra Minas Gerais.

×

Subscribe to .::força De Ler::.

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×