O movimento que defende os lesados dos incêndios de Outubro de 2017 pretende que as autoridades cumpram as promessas que foram feitas ao longos dos anos à população da zona centro em termos rodoviários. O Movimento Associativo de Apoio às Vítimas do Incêndio de Midões defendeu a conclusão das várias vias rodoviárias, começando no IC6 até ao IC37, numa altura em que destinam pelo menos 1,8 milhões de euros para um memorial às vítimas do incêndio que nesse ano de 2017 também atingiu Pedrogão Grande.

“Obviamente que não queremos desvalorizar o apoio a Pedrogão, mas e então onde fica toda esta região com mais de 28 concelhos afectados? São do Interior, do Litoral, são de Portugal”, refere a MAAVIM. Ainda hoje aguardamos pelos planos de recuperação anunciados, como é o caso do eixos da IP3 e IC6/IC7/IC37/IC12, que ligam as zonas mais afectadas pelos incêndios de Outubro de 2017 com o Litoral e Espanha. Continuam parados no meio da burocracia política da indefinição de apoios europeu”, frisa a MAAVIM em comunicado.

O IC 6 – Itinerário Complementar do Pinhal Interior Norte, recorde-se, é uma via que foi pensada para ligar Coimbra à Covilhã através do interior do distrito de Coimbra e da encosta sul da Serra da Estrela. Mas ficou parado no meio de um pinhal, no concelho de Tàbua. Já o o IC 7, que está por construir, tem por objectivo ligar Oliveira do Hospital a Fornos de Algodres. Daria continuidade ao IC 6 para leste e seguindo sempre próximo da Estrada da Beira servindo as cidades de Seia e Gouveia. Já o IC 37 ligaria Viseu e Seia. Do IC12, do qual existe um troço, de 21 quilómetros, entre Santa Comba Dão e Canas de Senhorim, concluído em 1998. Está previsto que o IC12 seja prolongado quer para oeste (até Mira), quer para este (até Mangualde).

Fonte: Correiro da Beira Serra