Tentei escrever essa postagem umas três vez. E em todas elas eu caía na mesmice de falar sobre como o ano foi trágico, sobre o coronga, sobre as perdas e prejuízos que tivemos durante 2020. Ponto. Isso é o máximo que vou falar sobre acontecimentos globais e coisas negativas. De volta à programação normal que é falar sobre coisas leves, aleatórias e boas pra esquecer de tragédias (sim, sou dessas que prefere viver no mundo da fantasia).

Dezembro começou e continuou como todos os outros meses: trabalho, trabalho e mais trabalho. O que eu não reclamo porque percebi que é uma ótima distração e mantém meus dias ocupados. Aí chegou a última semana antes do Natal e eu resolvi decorar meu quarto pela primeira vez desde que me lembro por Gente. Obviamente eu não tinha muita coisa. Ficou singelo, mas me senti realizada.

Chegamos na semana do Natal e eu comecei a me desesperar (como acontece todo ano). O que vou fazer na ceia? E no dia? Pra onde vamos? Com quem vamos nos encontrar? E como sempre acontece aqui em casa, decidimos tudo na última hora. Passamos a véspera em casa, com minha irmã, sobrinhos e meus tios e priminha. Acabou Sendo mais legal do que eu imaginava. Fiz um brownie que virou um bolo duro. Mas minha tia e prima me conhecem tão bem que trouxeram sorvete pra comer junto. O que acabou salvando o tijolinho de chocolate.

 

Dia de Natal a gente sempre passa na chácara, com toda a família reunida. Com gente que vemos uma vez ao ano. Gente que eu nem conheço direito. Gente que eu nem lembro o nome. Enfim, é tanta gente que o almoço vira um banquete medieval. E tem mais prendas no bingo do que uma loja de brinquedos. Então foi muito estranho ir na chácara e ver meia dúzia de gatos pingados (praticamente as mesmas pessoas que vimos na véspera). Era tão silencioso. Parecia um domingo normal, um pré-natal, onde a gente estava se preparando pro evento do ano. E é triste perceber que esse evento nunca aconteceu.

O ano novo acabou sendo a parte mais normal. Depois de exatamente um ano, viajei pra Minas Gerais e foi tão bom poder sair sozinha pra fotografar. Ver o pôr do sol, pescar lambaris, aprender a jogar Minecraft com a minha priminha, que cresceu horrores!

Então colocando na balança eu só tenho que agradecer por ter uma família saudável, unida e que é sempre tão querida comigo, apesar dos meus altos e baixos. Às vezes eu queria dizer pra cada um o quão especial elas são. O quanto eu aprecio por estarem sempre dispostas a me ajudar e a não me julgar. Mas sabe, eu sou muito ruim com palavras. É por isso que eu escrevo aqui. Feliz ano novo.

Até a próxima ♥