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A apresentação do clínico.


FICHAMENTO: SILVEIRA, Jocelaine Martins da. A apresentação do clínico, o contrato e a estrutura dos encontros iniciais na clínica analítico-comportamental.

            Os primeiros encontros na clínica são muito complexos, tanto para profissionais iniciantes como também para os mais experientes, isso segundo Silveira, é devido ao fato de que o profissional não tem informes suficientes para prever que reações o paciente terá. É corrente no senso comum que “a primeira impressão é a que fica”, esse entendimento também é evidenciado na prática da clínica, pois, são nos primeiros encontros que se têm informações sobre até mesmo sobre o resultado do tratamento e sua duração.
            Existem alguns aspectos que são fundamentais para a eficácia e bom andamento do tratamento, apontados pela autora: a) promoção do vínculo terapêutico; b) clareza no contrato; c) cuidados éticos; d) motivação na adesão do tratamento; e) fornecimento e acolhimento de informações. Estes elementos proporcionam ao Cliente esperança e conforto.
            O contrato: no que tange ao contrato, como qualquer outra relação de consumo importa consentimento e cumprimento das obrigações assumidas pelas partes. As normas estabelecidas devem ser respeitadas, como: cumprimento de horários, pagamento de honorários, garantia de sigilo etc. O contrato é adequado conforme o público ou cliente, por exemplo: no caso de um grupo de adolescentes com envolvidos com crimes pode-se confeccionar um quadro com regras da terapia e a mesma fica exposta na sala. O descumprimento destas representará o acréscimo de mais algumas.
            No contrato dispõe-se o serviço prestado, as condições de realização e os honorários. O contrato assemelha-se a uma contingência da vida em que o paciente se compromete a cumprir determinadas regras por um determinado período. Desta forma, um paciente que sua vida tenha-o motivado a se esquivar dos compromissos, pode se mostrar evasivo em sua resposta quanto à sua contribuição para o tratamento. Retomar o contrato tem um valor terapêutico, isso porque estabelece contingências para que o paciente expresse sobre suas atividades no processo terapêutico e engaje-se.
            Sigilo: no que diz respeito ao sigilo é importante para o terapeuta deixar claro o sigilo. De acordo com Silveira, atitudes como “vamos adotar uma atitude discreta se nos virmos no clube: vou acenar discretamente com a cabeça”. Este tipo de acordo quanto ao sigilo gera no paciente segurança para se expor e torna as sessões mais confiáveis, considera-se aqui um ganho terapêutico. O sigilo constitui-se como o principal elemento de estabelecimento de vínculo terapêutico.
            Periodicidade: no que tange a periodicidade, Silveira relata que o terapeuta tem uma flexibilidade horários que será estabelecido de acordo com sua disponibilidade e com o cliente. Normalmente a sessão dura 50 minutos. É necessário pontuar quanto à frequência e comparecimento no horário acordado.
            Apresentação do clínico. Silveira argumenta que o primeiro encontro gera impacto tanto no terapeuta quanto no cliente. Inicialmente o clínico apresenta-se como alguém que está disponível para responder aos questionamentos do cliente quanto a sua orientação teórica, sua formação, suas características pessoas etc. A curiosidade do cliente quanto a vida pessoal do clínico mostra-se um elemento surpresa para o terapeuta. O modo como o cliente enxerga e vê o profissional prediz seu engajamento no processo terapêutico. Desta forma, cuidados com a sua apresentação pessoal ao cliente: sua postura, gestos e como de interação expressam a segurança ou não, disponibilidade afetiva, sensibilidade, cordialidade etc.
            Estrutura Dos Encontros Iniciais. Nota-se que alguns elementos são indispensáveis nos primeiros encontros: a) acolhimento; b) promoção de confiança; c) criação de mecanismos que favoreçam a esperança no que diz respeito às possibilidades de mudanças. Nos encontros iniciais, de acordo com Silveira, tem-se uma noção dos riscos corridos pelo cliente e pessoas a sua volta, exemplo: tentativa e possibilidade de tentar o suicídio.
            Nos primeiros encontros proporciona-se um ambiente que facilita ao cliente a exposição de suas queixas. Outro elemento a ser considerado, de acordo com Silveira, é o envolvimento de outra pessoa na entrevista, por exemplo: “a avó, que passa boa parte do tempo cuidando da criança que foi lavada à terapia, poderá ser considerada”, isto no sentido de contribuir para o fornecimento de informações determinantes no processo terapêutico. Seguidamente, faz-se necessário a identificação de relações comportamentais mais ligadas ao sofrimento do cliente. O que finaliza a conclusão das sessões iniciais é o acordo expresso ou tácito com o cliente em que se demonstra a importância de uma atitude em relação ao problema. Em sua nas primeiras sessões verifica-se: a) queixa principal; b) sintomas; e c) o que ocorreu antes.


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