A jovem trans Thallita Costa, de 21 anos, foi encontrada morta na quinta-feira (7) no bairro do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo.

O corpo foi encontrado pela polícia a poucos metros de onde ela morava, horas depois de a jovem ter saído de casa.

Os policiais militares registraram boletim de ocorrência no 37º DP do Campo Limpo depois de terem passado por outros dois distritos policiais. Segundo o BO, Thallita tinha lesões no rosto, no pescoço e nos ombros, além de várias queimaduras pelo corpo.

O caso foi registrado como homicídio. O boletim de ocorrência diz que os PMs, ao chegarem ao local, viram o corpo caído em via pública com marcas de sangue na boca e nariz. Não havia identificação, sabendo-se apenas se tratar de uma mulher transexual.

Parentes da vítima, no entanto, questionam como os agentes encontraram a casa de Thallita, já que ela estava sem documentos.

"Muito estranho que uma das policiais e um outro falou que não era pra falar que eles tinham ido na casa avisar. Até porque a Thallita saiu sem documento e a gente não sabe como eles acharam a mãe da Thallita. E falaram que a gente não precisava registra BO", diz uma pessoa próxima que prefere não ser identificada.

Um levantamento feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) revela que o estado de São Paulo lidera o ranking de assassinatos de pessoas trans no país. Entre 2017 e 2022 foram 116 mortes.

"Isso acontece por dia com diversas mulheres, simplesmente por elas serem quem elas são", diz Lari Figueiredo, amiga de Thallita.