Dr. Oscar Rodrigues começou afirmando que a Assembleia Legislativa do Ceará (Alce), está composta por deputados de altíssima qualidade intelectual que se dividem entre esquerda e direita, mas está preocupado com a ausência de grandes projetos para o estado. O deputado lembrou que a bancada da direita que faz oposição tem dificuldade de aprovar projetos por estar em desvantagem numérica contando com apenas 12 representantes, enquanto que a esquerda tem 34. “Há uma submissão muito grande ao governo. Meu medo é porque qualquer projeto que o governo coloque na Assembleia é aprovado. As discussões levantadas são boas, eloquentes, no entanto não há como reverter a situação (devido à desvantagem numérica da oposição). Somos 12, mas nos levantamos e brigamos, dizemos que está errado e o pessoal do governo simplesmente fica calado porque sabe que vai ser aprovado. Infelizmente essa situação na Assembleia Legislativa não é favorável para o desenvolvimento do Ceará”, disse Oscar Rodrigues.

O deputado afirmou que apesar de fazer oposição há projetos da situação que ele vota a favor por entender que é bom para o cearense e que vota de acordo com sua consciência apesar de ser questionado pelos colegas de bancada.

Sobre os comentários que surgiram de uma possível aliança entre as duas forças políticas sobralenses, Ferreira Gomes e Rodrigues, o deputado foi categórico ao afirmar que não há nenhuma possibilidade de acordo e que as falas que circulam nos bastidores são fake news. “Já pleiteamos duas vezes. Uma vez foi com Moses, a segunda foi comigo e vamos para uma terceira tentativa, uma quarta ou uma quinta. Acredito que os ventos estão soprando para o lado de cá. Há muito mais possibilidade que da primeira vez e segunda”, disse o deputado.

Sobre qual dos nomes (Moses ou Oscar) irá concorrer à Prefeitura de Sobral, Oscar Rodrigues disse que melhor seria o dele levando em consideração a comparação da verba que um deputado estadual tem direito por ano e a verba do deputado federal. De acordo com ele o deputado estadual tem uma verba de aproximadamente R$ 1,5 milhão por ano, enquanto o deputado federal tem R$ 39 milhões por ano. “Então, matematicamente o Moses continuando como deputado tem condições de enviar mais dinheiro para Sobral e ainda fazer articulações com os ministérios. Ele tem galgado postos importantes em Brasília. Se o Moses deixar de ser deputado federal para ser prefeito de Sobral, vamos perder mais do que sendo eu. Digo que sou melhor que ele nesse sentido para Sobral”, afirmou.

Apesar de afirmar que seu nome é melhor na questão de aquisição de verba para Sobral, o deputado disse que ainda vai ser discutido, pois serão feitas pesquisas que definirão os rumos a serem tomados. “Tenho a minha justificativa para ser meu nome. Em termos de família e pessoais tanto faz ser o meu nome como o dele, mas para Sobral o melhor é o meu porque a cidade vai ter uma pessoa arrecadadora de dinheiro em Brasília para investir em Sobral para não confiar somente nos cofres públicos” afirmou.

Sobre sua popularidade comparado à primeira vez que se candidatou o deputado afirmou que antes era uma pessoa muito presa entre quatro paredes dentro de uma instituição. “Como deputado tenho uma aproximação muito maior com as pessoas. Elas passam a nos conhecer como uma pessoa simples”, disse.

Durante a entrevista o deputado ainda respondeu perguntas feitas pelos ouvintes e internautas e ao final fez duras críticas à atual gestão quando afirmou que é um descaso para com o povo de Sobral.