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Ela entrou finalmente no quarto. Sabia que o amaria naquele Momento. No sentimento. Mais um dia sem ele, é o que pensava consigo. E já sozinha no quarto podia despir a máscara, um Pouco da postura de alegria a força que encara a tudo, e tudo lhe parece tudo bem. Observou a cama, o armário, tudo igual, com a mesma monotonia que estava pela manhã, e um pouco bagunçado. 

Um suspiro para celebrar o momento, e já se largou a cama, sem saber se quereria acordar no dia seguinte. Mareou os olhos, um certo desânimo incerto. Uma certa falta de sentido, um desânimo concreto. E Pensou na falta que ele faz. Lembrou de algumas palavras, se deveria ter dito, se deveria querer alguma coisa, mesmo que daquele jeito dele, que não sabe bem o que quer. Mas repetiu pra sí, que não adiantava, que já havia tentado tantas vezes com paciência, esperar o tempo dele.

E pensou onde estaria ele agora, e se por acaso esquecesse dela, se não lembrasse mais, e entristeceu. E depois de tristeza pousada, ajeitou um pouco a cama, com preguiça, como querendo que o dia tivesse acabado as seis. E pensou que tinha que fazer coisas, e pensou se acaso ela esquecesse dele, se no vai e vem de tanto sentimento uma hora realmente passasse. E isto a assustou ainda mais, e chorou num embalo constante, de quem não vê ao certo um destino pras coisas, e se perde do sentido. 

Acordou de um leve cochilo, com o mesmo retumbante pensamento, ainda aqui, com a sensação de o que fazer, como se a vida tivesse peso. Como se só viver fosse dolorido, sempre. E não é que pensasse assim sempre, pelo contrário, o animo é de uma bandeira que carrega, a alegria e os sorrisos, que falei antes: que as vezes pesa, e num momento em que se permite entristece.

Despertou as oito, novamente, confusa, meio zonza O que ia fazer? se perguntou e já levantando arrumava as coisas, e se preparou ao banho. Passo a passo que dava o vazio e o motivo do vazio iam sumindo - o plano, a noite, o telefonema da amiga, os sons das estrelas, pouco a pouco preenchiam e uma noite de alegria aparecia, uma alegria ampla, quiçá até amanhã, quiçá pra um verão, quiçá até encontrar, quiçá até esquecer. Sem entender bem, secou os cabelos e a vida era outra. quiçá era só lembrança, ou imaginação.



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