Enfim, deixo versos tímidos, mudos pra ti. dou-te nenhuma palavra e afinal, nem poderia dar.
criei algumas mentiras nossas, como sempre crio.
deixo os lírios, que eu não plantei. deixo-os expostos.
pego minha maquina de escrever, que afinal é um computador.
pego minhas verdades nas mãos, e se esmiuçar são pequenas mentiras. pequenas crenças.
e se for olhar bem perto de deus, o mundo todo é uma invenção. bendita mentira.
e se for olhar bem perto de mim, hoje, acho que é tristeza.
uma dor no fundo, algo de não conseguir, algo de nem ser.