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Westworld: O Estopim da Consciência Artificial

Antes de ler saiba que a matéria não segue exatamente o modo como a sequência de fatos se desenrolou na série. Para facilitar os contextos, eles foram apresentados e já concluídos, o que também impossibilitou de mantermos a sequência de modo que seguiu no seriado.

Contém SPOILER

A cada episódio que se passa a complexidade de Westworld aumenta. Mostrando a elaboração atenciosa sobre cada personagem e a face de um enredo bem coeso.

Seguindo nesta linha de complexidade e trabalhos bem feitos, podemos dizer que o terceiro episódio de Westworld serviu objetivamente para duas coisas, primeiro: Passar a origem de certos personagens, como Bernard com a morte de seu filho, e Arnold um antigo idealizador do Parque, cujo suas ideias podem ser um dos pontos chaves para a atual evolução da consciência do robôs. Segundo: O episódio serviu para mostrar a aproximação do advento Consciência Artificial que certos androides do parque gradualmente evoluem.

O episódio inicia num diálogo bem elaborado entre Bernard e Dolores, onde Bernard dá a androide um livro da Alice no País das Maravilhas que ele sempre lia para seu filho. Ao entregar ele pede que ela leia um certo trecho. As palavras que Dolores sibila, evidenciam todo o rumo da robô até agora na obra: Puxa! Puxa! Como tudo está tão estranho hoje.  E ontem as coisas estavam tão normais. O que será que mudou a noite?

Inicialmente pudemos ver Dolores submersa na sua existência artificial não perceptiva, onde ela seguia as narrativas como qualquer outro robô, porém uma má atualização, juntamente da descoberta de seu pai ao ver uma foto com imagem desconhecida, levam ela a buscar fragmentos de narrativas passadas, e como consequência, questionar a existência a qual foi submetida: Eu era a mesma quando acordei de manhã? Tenho a sensação de ter me sentido um pouco diferente. Mas se eu não sou a mesma, quem eu sou?

As frases que Bernard mandou Dolores ler, não apenas encaixam numa situação próxima da dela, mas é como se as palavras fossem a da personagem. Isso mostra a atenção e a minuciosa elaboração dos produtores com cada pequeno diálogo e a sua significância na trama.

Em outra área do parque temos a perspectiva de William que após salvar uma meretriz e matar um fora-da-lei descobre qual é o seu verdadeiro caminho no parque. O personagem até então não sabia o que fazer em Westworld, se via deslocado enquanto seu parceiro Logan se deleitava na maior do tempo. Após o ocorrido, William  decide que caçará bandidos nas montanhas durante a noite.

A decisão do personagem, foi de extrema importância para os contextos que se seguiram, pois nas cenas seguintes sua posição dentro do parque cruza com a de outra personagem, deixando um ar de suspense que poderá ser visto no quarto episódio.

Enquanto isso nos bastidores, a gerência do parque mostra um resquício de nervosismo quando Dr. Ford reserva uma área do parque visando encaixar uma nova narrativa, como consequência, outras diversas narrativas foram afetadas. Nesta estória de Ford, é incluso um novo anfitrião fora-da-lei chamado Wyatt. Além dele, na narrativa outro personagem foi inserido, e desta vez um bem importante na história central, Teddy.

No conto de Ford, o Caçador de Recompensas, – Teddy – terá de ir às montanhas caçar Wyatt, um bandido brutal que vem assolando os lugares por onde passa.  O novo personagem fora-da-lei de Ford, é tão brutal que o único homem que saiu vivo ao enfrentá-lo fora Teddy. 

Ainda nos bastidores do parque, um fato surpreendente vem à tona. Bernard e Elsie descobrem que um dos robôs – Walter – está monologando pedindo leite a um indivíduo que aparentemente não existe no parque, seu nome é Arnold. Revisando os atos passados deste mesmo robô, Elsie mostra a Bernard um vídeo onde Walter mata seis anfitriões e deixa três escaparem, aparentemente, esses seis que foram mortos, em narrativas passadas haviam matado o androide.

Ao questionar Ford sobre esse tal Arnold, Bernard descobre quem realmente foi o homem. Arnold havia sido sócio de Ford que desejava criar a consciência artificial, porém os robôs conscientes que ele criou, parte tornaram-se lunáticos e o restante, não era do interesse do parque que suas criações fossem conscientes. Muito mistério envolve esse novo personagem. Arnold morreu no parque, consumido pelo desejo da criação da consciência. Segundo Dr. Ford, ele somente conversava com os anfitriões. Não muito diferente de Bernard, que constantemente conversa com Dolores. Sabendo disso, Ford pede ao homem que não tenha a mesma atitude de Arnold.

Conforme os contextos vão se passando, Elsie vai até o parque para pegar um dos robôs que havia se deslocado para longe do habitual. É ao segui-los que Elsie junto de Stubbs, se debatem com um grupo de “homens” que estavam brigando para ver quem fazia o fogo. Com fogo eles conseguiriam se alimentar, porém nenhum dos homens se levantava e fazia… a explicação; por motivo de segurança, nenhum dos homens estava autorizado a fazer fogo.

Assim como muitos anfitriões não podem usar armas ou qualquer outro objeto que possa machucar um visitante, o único do grupo que poderia apanhar lenha e então fazer uma fogueira era o robô que justamente se deslocou para longe.

Quando Elsie e Stubbs o encontram já é noite. O androide havia caído em uma brecha entre as rochas, porém o fato surpreendente e que guarda um certo mistério, ocorre quando o Stubbs desce até o buraco e decide cortar a cabeça do robô por ser um método mais fácil de tirá-lo dali. É neste momento que o homem é agredido e o robô sai de onde estava e parte para cima de Elsie. Como dito anteriormente, a cena marca porque  no momento que o androide parece atacar Elsie, ele junta uma rocha, porém ao invés de matá-la o robô se auto agride, batendo o objeto contra sua própria cabeça até que seu pescoço é quebrado e ele caí desativado.

Esta foi uma das melhores cenas do episódio, pois muitos mistérios ainda envolvem as ações dos androides. Sabemos que eles não podem matar humanos, sequer feri-los, porém auto agressão com certeza é uma coisa que não está na lista de ações diárias dos personagens. Como dito lá no início, o episódio está mostrando com pequenos fatos a aproximação da Consciência Artificial que está se formando no parque. Poderia ser essa ação inusitada do robô, a então formação de uma consciência que o permitiu criar um livre arbítrio que o levou a decisão de não querer viver?  Bom, só esperando para ver as explicações que surgirão nos próximos episódios, mas dúvidas ficam…

No centro do parque Dolores fora abordada por um grupo de homens, para sua sorte, Teddy que posteriormente viria a partir, a salva e a ensina como atirar. Porém Dolores parece não conseguir, como se algo a impedisse. Então, o que soa é que Dolores ao tentar puxar o gatinho não consegue, como se houvesse códigos de programação impedindo-a de fazer o movimento.  Ainda não tem como saber se era realmente há um código de programação ou se ela simplesmente não queria atirar, porém na cena a “mulher” não completa sua tarefa.

É neste momento que Teddy é informado que Wyatt fora encontrado, então ele e sua equipe partem para as montanhas, deixando Dolores sozinha. Já nas montanhas Teddy, descobre que sua missão seria mais complicada do que imaginava. Pegos em uma emboscada ele e seus companheiros não conseguem escapar, e o grupo é reduzido sobrando poucos. Na tentativa de salvar sua companheira, Teddy tenta conter os inimigos, mas acaba que seu fim não fora dos melhores.

Beirando a conclusão do episódio, Dolores que seguia rumo a sua casa, após conversar com Bernard, se debate com os mesmos homens que haviam lhe abordado na cidade. Sem Teddy para protegê-la, Dolores é levada para o estaleiro. Ela havia tirado escondida a arma do seu atacante na cena anterior. Prestes a ser agredida ela vê a imagem do O homem de preto no lugar do real robô que a atacou. Ela então aponta a arma para o “homem” à sua frente, porém, desta vez sem hesitar Dolores atira. Desesperada ela corre até a sua casa, onde um dos integrantes do grupo dispara contra ela, só que o surpreendente acontece… O tiro que Dolores levou parece não tê-la machucado, assim como os tiros disparados por personagens do parque não afetam os visitantes.

Após abandonar sua casa e seguir sem direção, Dolores quase sem energia encontra uma fogueira na mata onde adentrou. Ao seguir até lá, vê William e Logan que haviam ido às montanhas para caçar foras da lei. Dolores então desmaia nos braços de William encerrando o terceiro episódio da série.

O terceiro episódio de Westworld foi recheado de ótimos contextos. Com o inexplicável acontecendo é certo que nos próximos episódios veremos a gerência do parque suar para resolver tantos problemas.

Westworld desde o seu anúncio foi uma série muito aguardada. Sua qualidade em torno do enredo surpreende a cada episódio. Com uma trama bem elaborada, seguida de ótimas cenas de ação e um monte de adicionais, West  é uma série que dará muito sucesso, não há como negar. A questão é… O que nos espera no próximo episódio?



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