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Banda Melindra - Rock Autoral de qualidade (entrevista)

Tags: banda
Foto pertencente à Fan Page da Banda Melindra

Uma Banda de muitos riffs, letras interessantes e boas inspirações de fundo. Podemos considerar assim, resumidamente, a banda Melindra, de Porto Ferreira.
No entanto sabe-se que não é de uma hora para a outra que um grupo de amigos consegue chegar a um bom nível musical. Exige treino, experiência e muita história há por trás disso.

Portanto confira aqui um pouco sobre a história e entrevista com a banda Melindra, mas não antes de curtir a fan page da banda, pois estou certo que você vai curtir de fato o que esses caras fazem.


Entrevista Banda Melindra

E aí Banda Melindra. Tudo ok? Primeiramente queria dizer que sou um fã do trabalho de vocês principalmente por assumir o repertório próprio desde o começo quando ainda tinham outro nome, aliás, vamos começar por essa: Por que a banda mudou de nome? Há alguma diferença musical entre a Lenavus e a Melindra?
o R: Olá, bem antes de responder as perguntas queria parabenizar pelo trabalho de vocês, está ótimo, estão de parabéns. Então respondendo a pergunta, o nome Lenavus era um nome meio que escolhido ao acaso, não tinha sentido algum com nossas personalidades, e não era sonoramente impactante quando pronunciado, então quando percebemos que estávamos usando um nome que não significava nada pra nós, resolvemos mudá-lo. Então pela primeira vez vou realmente dizer o que significa Melindra (Risos). Melindra deriva de “Melindroso”, que ao contrário do significado real do dicionário, usávamos entre nós como piada ao referir-se a filmes pornôs, sem querer, essa gíria acabou pegando entre todas as pessoas que conhecíamos. “Melindroso” passou a significar agir de forma maliciosa sem que ninguém notasse, aí as derivações da palavra começaram a surgir junto com as novas zueiras entre a banda, Melindra era uma dessas derivações. Assim acabamos por fazer uma de nossas piadas internas de banda ser o nome atual da banda. Bem quanto à diferença musical entre Lenavus e Melindra é que Lenavus foi nossa base de experiência, como Lenavus aprendemos a como fazer, agir e pensar como uma banda de verdade, Melindra é o resultado de todas essas experiências. Explicando de forma simplificada e fazendo analogia a Pokémon, Lenavus é o Charmander e Melindra é o Charizard (Risos).

Uma das inspirações da Banda Melindra e de muitas outras,
Galera curtia um pornô nervoso.


Ainda falando de passado, vocês foram a primeira banda que eu vi ‘funcionar’ com a gravação de quatro singles em estúdio. Ainda há alguma música daquela época que persiste no repertório atual da banda?
o R: Com certeza, duas delas ainda podem ser encontradas no nosso novo CD, o “Antagônico”, porque suas letras ainda fazem muito sentido pra nós, são elas “seguindo suas Leis” e “Aquela mesma voz”. Existem várias outras músicas da Lenavus que ainda mantemos vivas, mas preferimos deixá-las fora de nosso repertório por demostrar um ponto de vista que não concordamos mais, ou por serem nossas primeiras composições, demostravam a nossa inexperiência em compor.

Tenho percebido que nos últimos tempos a banda deu uma amadurecida intensa, tanto nas músicas, quanto nas cores utilizadas nas fotografias, no estilo em si, a banda está com uma cara bem profissional. O que fez vocês amadurecerem tanto em tão pouco tempo em relação a outras bandas que estavam no mesmo patamar de vocês?
o R: O que nos fez amadurecer foi ter saído da cidade, ir tocar em outras cidades, ter contato com toneladas de bandas experientes, e ver o que elas faziam. Elas organizavam seus próprios eventos, gravavam seus CD’s e vídeos, enfim se tornaram independentes de quaisquer recursos, não dependiam de nenhum tipo de incentivo para poderem tocar. E isso inspirou muito a gente. Sentíamos que poderíamos fazer igual em Porto Ferreira, por isso criamos o Rota Underground, estamos tentando mostrar a todos como se faz o “Faça você mesmo”, tão falado entre os roqueiros por aí.

Eu gosto muito das partes instrumentais das músicas de vocês. Geralmente são frases de guitarra com a distorção no ponto certo na melodia certa. Como fazem isso? Como é o processo de composição das partes instrumentais das músicas de vocês?
o R: Bem as composições das melodias bases são feitas pelo Bruno Tomaiolo, quando chegamos ao ensaio ele nos mostra esse “esqueleto” do que seria a música, então sentamos e adicionamos as outras partes. Não há segredos, é apenas criatividade, funciona bem com a gente porque estamos entrosados como banda, é essa amizade que ajuda na química das novas composições.

O que falar do novo cd? Quais os aprendizados? Quanto tempo foi necessário para as gravações? O que pensar pra um próximo cd?
o R: Bem, o “Antagônico” é tudo que queríamos que ele fosse, planejamos cada pequeno detalhe, desde os textos do encarte, as artes, enfim tudo. Estamos muito orgulhosos do resultado final, não poupamos esforços pra que essa meta fosse atingida. Como dissemos anteriormente, aprendemos muito como Lenavus, e essa experiência nos ajudou muito nas gravações, mas mesmo assim ainda aprendemos mais coisas interessantes sobre a identidade da nossa sonoridade. Estamos sempre aprendendo coisas novas, sempre evoluindo. Bem, próximo CD? Ainda não temos nada em mente. (risos)

O Bruno, baterista tem uma performance sensacional. Nunca tive a oportunidade de falar isso para ele, mas é um fato. Desde as primeiras gravações percebi que mesmo nos ritmos mais picados a sincronia era mantida e dava base para que toda a banda pudesse tocar com segurança. Gostaria de saber: qual foi a rotina de treinamento para chegar a um nível tão bom de qualidade na bateria? O que esperar do futuro da Melindra nesse aspecto? Aumentar a velocidade das músicas ou diminuir a velocidade aumentando a complexidade das batidas?
o R: Acho que isso é uma característica própria dele, que ele acabou desenvolvendo baseado nos bateristas que influenciam ele, como Dave Grohl e Keith Moon, e em algum ponto ele achou sua própria sonoridade. Não foram tanto as rotinas de ensaio, mas as experiências adquiridas em apresentações, e vendo outras bandas tocando. Acho que talvez melhorar nos dois aspectos citados acima, velocidade e complexidade das batidas.

Bira,é uma característica sua os baixos mais presentes na banda, tocando notas mais altas. Acho isso legal. Eleva o instrumento nos ouvidos. Queria saber, na sua opinião, por que poucos baixistas atualmente se aventuram em notas mais agudas sendo que é algo tão interessante quando feito de forma inteligente.
o R: Então, na verdade quem gostava de usar notas agudas nas músicas era o nosso antigo baixista, com a entrada do Bira, acabamos por descobrir uma característica dele que acabou por melhorar ainda mais nossa sonoridade, o Bira toca de forma cadenciada, obedecendo as construções de riffs das guitarras, fazendo com que todas as notas soem claras, e junto com a bateria deixam uma base sólida para as guitarras poderem ter construções mais elaboradas.

Sobre o Gustavo, algo interessante que eu acompanhei no começo é que ele começou do zero e cresceu muito no instrumento em muito pouco tempo. Isso é impressionante. Você continua estudando a guitarra para aprimorar ainda mais as habilidades? Como é feita a divisão das guitarras entre você e o Bruno?
o R: Sim, Gustavo é o nosso gênio, ficamos impressionados até hoje com a capacidade que ele tem. Ele escuta muita coisa nova para poder se influenciar e se aprimorar. Geralmente o Gustavo tem prioridade nos solos mais complicados, enquanto o Bruno faz bases e riffs mais simplificados, pois ele tem que tocar e cantar, Mas nada disso é regra, às vezes os papéis se invertem. (risos)

Bruno, gostaria de saber se você chegou ao nível que queria chegar musicalmente falando na banda, ou se falta algo para atingir no conceito musical. A banda está pronta para crescer? O que falta para atingir um patamar maior de fama? Pegar mais estrada? 
o R: Ainda não chegamos a um nível ótimo musicalmente, sim melhoramos e muito comparado com o nosso inicio, mas estando sempre insatisfeito com nosso momento atual, nos permite estar sempre em uma evolução constante, assim jamais estacionaremos numa zona de conforto que é o que acontece com muitas bandas amadoras, até algumas consagradas. Melindra esta em uma ótima fase de crescimento, levamos muita surra no lombo, mas agora sabemos bater também (risos). Desde o início nos reunimos pra ter uma banda pra transmitir a mensagem em primeiro lugar, fama é consequência, se você deseja estar numa banda apenas pelo sucesso/fama/grana sinto muito em te dizer, mas o rock não vai erguer seu ego, ter uma banda de rock ainda mais nos dias de hoje você tem que vestir a camisa do seu time e dar o sangue por ele como se todo dia fosse uma final de campeonato. O rock para aqueles “alucinados pela mídia” pode estar morto, mas pra gente que está todo mês fazendo show nesse underground incrível do interior Paulista está mais vivo do que nunca. Enfim, se você tem uma banda, quer passar sua mensagem adiante? Se junte com outras bandas na principal Praça de sua cidade, faça um “mistão” de equipamentos de cada banda pra ficar um som legal para todas se apresentarem e faça do coreto um palco melhor do que um lollapalooza ou rock in Rio da vida (risos).

Vocês já gravaram alguns vídeos e a qualidade ficou interessante para uma banda em crescimento. Vocês acham que há espaço para crescimento nessa área como há em outros ritmos musicais? 
o R: Sim, a internet é uma grande ferramenta de divulgação, e vídeos não são tão complicados de serem feitos, basta organizar as ideias de forma coerente e ter atitude de fazer acontecer, não é preciso de uma equipe profissional e um estúdio para gravar um clipe interessante, basta ter uma boa ideia e correr atrás para fazer ele se concretizar. Estamos levantando a bandeira do “Faça você mesmo”. Então apenas faça.

Percebo em algumas de suas gravações que a voz muitas vezes acaba sendo ofuscada pelos instrumentos. Esse é um problema que muita banda tem, assim como as minhas já tiveram. É algo crucial para uma banda, pois algo essencial é que se entenda o que o cantor canta, certo? Como vocês lutam contra isso? Nos shows, como é o trabalho para deixar o que a banda toca audível a todos?
o R: Essa foi uma das principais preocupações e aprendizados da gravação do “Antagônico”, geralmente a voz é deixada de lado para se preocupar com o instrumental, mas a voz é o que causa a empatia entre público e banda, pois assim a mensagem da banda será entendida rapidamente. Então quando estávamos gravando redobramos nossas atenções em como as vozes soariam. E aprendemos muito com isso.

Existe algum espaço em que eu e outras pessoas possam baixar as músicas da antiga banda Lenavus? Onde comprar o novo cd?
o R: Infelizmente todo o material relacionado à Lenavus foi tirado do ar, pois como ainda estávamos aprendendo sobre a nossa sonoridade, a qualidade estava muito baixa. Vocês podem entrar em contato via facebook, ou com nós mesmo da banda, ou melhor, podem colar nas nossas apresentações, assistirem a gente ao vivo e comprar o CD. Bem, obrigado pela conversa amigável e a oportunidade de aparecer no blog de vocês, Estamos realmente agradecidos.


Após a entrevista vamos para mais alguns pontos que julgo importante mencionar:
  • A banda Melindra tem investido de forma acertiva nas mídias sociais com webclipes cada vez melhores.
  • A criação da "Rota Underground" é sem dúvida uma excelente iniciativa para as futuras gerações de rockeiros ferreirenses buscarem espaço para tocar e gente pra ouvir e não como as convencionais bandas que esperam por espaço e gente pra ouvir.
  • A estrada fez muito bem para a banda, que trouxe maturidade e uma característica única para a banda que cresceu exponencialmente e nós torcemos para continuar crescendo futuramente.
  • Eu insisti muito em falar da Lenavus porque eu de fato admirava o que a banda produzia e não há presente nem futuro sem o passado.

Portanto concluo esse post buscando encorajar outras bandas a ter o mesmo lema que a banda Melindra: Seja você mesmo que se você tiver um material de qualidade as pessoas vão reconhecer e gostar do que você faz.





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